quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Mas não sobre a minha pessoa
Abbé Pierre em 1992
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Prémio "Árvore da Vida" para Nuno Teotónio Pereira
O arquiteto Nuno Teotónio Pereira é a personalidade escolhida pela Igreja Católica em Portugal para receber o «Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes» de 2012, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC).
(…) Os responsáveis pela entrega do galardão entendem que o trajeto de Teotónio Pereira, de 90 anos, oferece “uma luz oportuníssima para pensar o lugar e o modo da Arquitetura reinscrever-se no presente e no futuro”, destacando a "arte e a dimensão moral" do seu percurso de vida.
Da Agência Ecclesia
sexta-feira, 9 de março de 2012
Capela "Árvore da Vida" vence prémio popular de arquitetura
No "Correio da Manhã" de hoje. Ver no SN da Pastoral da Cultura mais fotografias, texto e vídeo sobre esta capela do Seminário Conciliar de Braga.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Três igrejas portuguesas num concurso internacional de arquitetura
Entre os 48 edifícios serão escolhidos cinco (a votação para as nomeações termina hoje, aqui), que irão depois novamente a votos, nos próximos 15 dias.
Os três edifícios portugueses que podem ganhar a nomeação são:
Igreja da Boa Nova, no Estoril
Capela de Santa Ana, em S. Pedro de Canedo, Santa Maria da Feira
Capela Árvore da Vida, no Seminário de Braga.
sábado, 18 de junho de 2011
Composição de Eurico Carrapatoso: "O vos omnes"
Tolentino Mendonça: A música de Deus
Eurico Carrapatoso
A música é uma grafia da alma, mais do que uma técnica. Não é ao silêncio que a música se opõe, mas ao ruído.
A Igreja portuguesa premeia um maravilhoso criador contemporâneo, o compositor Eurico Carrapatoso. Na próxima sexta-feira [ontem, 17 de Junho], em Fátima, D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, entregará o galardão "Árvore da Vida/Padre Manuel Antunes" a um dos nomes mais importantes da nossa cena musical.Eurico Carrapatoso tem assinado um reportório de invulgar qualidade, num país como o nosso que valoriza ainda pouco o grande contributo cultural e humano que as artes, e nomeadamente as artes musicais, representam. É de toda a justiça iluminar um percurso que, além do mais, sempre tem tentado um diálogo com o nosso cancioneiro tradicional e tem procurado, de forma inspirada, a voz de poetas emblemáticos Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner ou António Manuel Pires Cabral.
Acho que todos podemos perceber alguma razão na sentença célebre de Friedrich Nietzsche: "Sem música, a vida seria um erro". De facto, há dimensões da verdade do homem que a música ilumina melhor do que outras linguagens. Na música, na grande música, percebemos como o Ser Humano só realmente se entende na abertura ao universal, na vizinhança do mistério e do infinito. A música é uma grafia da alma, mais do que uma técnica. Não é ao silêncio que a música se opõe, mas ao ruído. A música toma como matéria o silêncio e entreabre-o, e transfigura-o até ele ressoar, em puro fulgor.
Num discurso em louvor de Mozart, o Papa Bento XVI dá um testemunho cabal do que a música pode representar na celebração dos mistérios cristãos: "Quando, nos dias festivos, se interpretava uma Missa de Mozart na nossa Igreja Paroquial de Traunstein, eu, um simples rapaz do mundo rural, sentia que o Céu se abria em nosso redor. Nuvens de incenso elevavam-se em frente ao presbitério, nas quais o Céu se reflectia; sobre o altar realizava-se um acto sagrado, o qual - bem o sabíamos - permitia para nós a abertura do Céu. Do coro ressoava uma música que só podia provir do Céu, uma música na qual se revelava o júbilo dos anjos à beleza de Deus. Havia algo desta beleza no meio de nós. Tenho de confessar que sempre senti tudo isto ao escutar Mozart".
José Tolentino Mendonça
Fonte: Ecclesia
Ouvir aqui composição de Carrapatoso.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
"Nobel" da Teologia para González de Cardedal, Maximilian Heim e Manlio Simonetti
quarta-feira, 18 de maio de 2011
"À noite com Job, sob o céu de Calar Alto", poema de Manuel António Pina
quarta-feira, 2 de março de 2011
Óscares: Ganhou o cinema espiritual
sábado, 27 de novembro de 2010
27 de Novembro de 1895. Alfred Nobel assina o testamento
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No dia 27 de Novembro de 1895, no Clube Sueco-Norueguês de Paris, Alfred Nobel assina o seu testamento, instituindo um prémio de atribuição anual sem distinção de nacionalidade. O Nobel morreu no dia 10 de Dezembro de 1896, em San Remo (Itália).
Diz a história que Alfred Nobel instituiu o prémio para que, sendo o inventor da dinamite e tendo feito fortuna com uma invenção que por vezes é usada para destruir vidas humanas, visse o seu nome associado a algo de positivo.
Isto aconteceu na sequência da morte do irmão. Em 1888, Ludvig Nobel morreu ao visitar Cannes. Um jornal francês, julgando que tinha morrido Alfred, publicou um obituário dizendo que “o negociante da morte morreu” (“le marchand de la morte est mort”). Alfred ficou abismado com tal notícia e arranjou uma forma bem mais positiva para ser recordado. Em boa hora.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
A surpreendente relação dos símbolos nos quadros
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Hilary Mantel e os prémios literários - 2
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Em 1994 publiquei um livro chamado «A Change of Climate», que foi seleccionado para um pequeno prémio concedido a livros com um tema religioso. Era a primeira vez que o livro meu ia tão longe e fiquei surpreendida comigo própria, com a minha contenção. As principais personagens do livro eram missionários cristãos, mas quando o seu Deus permaneceu impassível perante as provações por que passaram, provações que abalariam qualquer fé, a sua religião tornou-se não mais do que um hábito, um conjunto de tiques comportamentais. Na ausência de crença num universo benigno, as personagens continuariam tristemente a tentar ser bons principalmente porque não sabiam fazer nada de outra maneira.
O vencedor devia ser anunciado numa reunião algo discreta numa editora fora de moda, perto do Museu Britânico. Eu nunca tinha estado numa festa literária parecida. Alguns dos convidados pareciam estar a tomar, com sorrisos envergonhados, a sua primeira bebida alcoólica do ano. Manter uma conversa era uma verdadeira luta; tudo o que tínhamos em comum era Deus. Depois de não ter ganho, abandonei a sala, enfrentei a bela luz da tarde e chamei um táxi. Tudo o que sentia era aquele habitual esmagamento próprio de quem desperdiçou um dia.
Mas, à medida que enfrentávamos o tráfego comecei a reagir. Estava revoltada, possuída por uma vontade de fazer qualquer coisa de perverso, qualquer coisa que me expusesse como uma amante da torpeza moral e me excluísse de ser novamente seleccionada para aquele prémio. Mas o que é que eu podia fazer no banco de trás de um táxi a caminho de Waterloo? Desejando despejar o cálice do diabo pela boca abaixo de toda aquela gente simpática, não me veio qualquer ideia à cabeça. Podia pôr a cabeça de fora da janela e fazer caretas aos peões, mas eles não tinham maneia de saber que era a minha cara odiosa. Podiam pensar que eu era sempre assim.
Hilary Mantel em "De Olhos Postos no Prémio", na revista "Intelligent Life" de Outono
Hilary Mantel e os prémios literários – 1
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Uma vez, vinha a andar com dificuldade depois de ter falhado pela segunda vez o prémio Sunday Express Book of the Year, no valor de € 24 000, quando um rapazito que eu conhecia surgiu repentinamente na varanda do seu apartamento e me perguntou:
«Então, ganhou?»
Abanei a cabeça.
«Deixe lá», disse ele, como aliás toda a gente diz. E, contrariamente a toda a gente, acrescentou:
«Se quiser pode vir brincar com o meu ratinho de estimação».
Hilary Mantel em "De Olhos Postos no Prémio", na revista "Intelligent Life" de Outono
Hilary Mantel dá cabo de Thomas More?
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Hilary Mantel ganhou o Man Booker Prize no ano passado com “Wolf Hall”. O livro está publicado em Portugal pela Livraria Civilização Editora e recebeu rasgados elogios de Vasco Pulido Valente na última página do “Público”, há semanas.
No romance, diz Maggie Fergusson, na “Intelligent Life” deste Outono, que “a autora estava a ser conduzida pelo desejo de pôr os pontos nos ii, de corrigir as ideias erradas que têm definido Thomas Cromwel como um vilão-fantoche e de mostrar que Thomas More era muito mais fraco e menos santo do que seríamos levados a crer depois da leitura de «A Man for all Seasons», de Robert Bolt” – o que consiste um excelente incentivo para ler a obra, digo eu.
Hilary Mantel conta nas páginas da mesma revista – só essas seis páginas já valem os 4,90 euros da revista – como é receber prémios. Não resisto a contar duas dessas histórias de um texto entremeado de ironia e aparentemente ingenuidade, mas memorável. Virão a seguir.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Somos todos judeus
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“The Finkler Question” (Booker Prize deste ano aqui; e neste blogue aqui) é uma" tragicomédia judaica que narra as desventuras de Julian Treslove, um falhadíssimo produtor da BBC que morre de inveja de um seu bem-sucedido amigo dos tempos do liceu, Sam Finkler, a ponto de desejar ser, tal como ele, judeu".
Diz o autor, Howard Jacobson, citado pelo “Público” (aqui):
"Não sou, de modo nenhum, um judeu convencional".
"O que creio é que tenho uma mente judaica, uma inteligência judaica, e sinto-me ligado a outras mentes judaicas do passado".
"Aquilo que um judeu é foi feito por cinco mil anos de experiência, que moldaram o sentido de humor judaico, como moldaram a tenacidade dos judeus".
Os cristãos são todos judeus porque usufruem de pelo menos de três mil daqueles cinco mil anos. E nos outros dois mil nem sempre se portaram bem.
Humor judaico ganha Booker Prize 2010
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* Howard Jacobson é judeu e escreve sobre judeus. Humor, portanto. O júri diz que o romance é “sobre o amor, a perda e a camaradagem masculina, e aborda o que significa hoje ser-se judeu”. Todos os romances de judeus sobre judeus no meio de gentios são bons.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Cavaleiro da Ordem Piana
domingo, 13 de dezembro de 2009
Mário Cláudio sobre D. Manuel Clemente
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Mário Cláudio (também ele Prémio Pessoa) sobre a atribuição do Prémio Pessoa 2009 a D. Manuel Clemente, na última edição do "Expresso":
"[É]Muito importante por se chamar a atenção para a necessidade de estabelecer uma ponte entre a igreja e a cultura, sobretudo a cultura mais recente. (...)
[D. Manuel Clemente] move-se num quadro cultural absolutamente contemporâneo e é ele mesmo produto da cultura moderna".
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
D. Manuel Clemente é Prémio Pessoa 2009
Prémio João Paulo II de Direitos Humanos para Glucksmann
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André Glucksmann (Boulogne-Billancourt, França, 1937), filho de judeus da Áustria, um dos “novos filósofos”, ganhou o prémio "João Paulo II" de Direitos Humanos da Academia de Oswiecim (Polónia). O filósofo “tem-se destacado ao longo dos últimos anos como expoente no debate internacional, tratando temas de direitos humanos e desenvolvendo um pensamento de combate à «desumana crueldade e ao poder político que não respeita o homem», diz a Rádio Vaticano.
Sinodalidade e sinonulidade
Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...