quinta-feira, 11 de maio de 2017
Fátima ou a confissão de José Manuel Fernandes
sábado, 12 de maio de 2012
Morrer ou matar Jesus
Dietrich Bonhoefer
terça-feira, 1 de maio de 2012
Sobriedade da Ressurreição
Os evangelistas não caíram na tentação de dizer que «viram a Ressurreição», o que dado o seu afã apologético, teria sido quase compreensível (e a prova é que alguns Evangelhos chamados «apócrifos» caíram nessa tentação fácil). Os evangelistas limitam-se a dizer que o Ressuscitado «se lhes manifestou». Deste modo tornam as coisas mais difíceis para nós na hora de acreditarmos. Mas talvez ganhem respeito por causa da própria sobriedade do seu testemunho.
González Faus
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Intriga internacional
Timothy Radcliffe, "Ser cristão para quê?" (ed. Paulinas), pág. 304
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Ele disse isto?
João Crisóstomo (349-407)
terça-feira, 31 de maio de 2011
O refugiado que deu bispo
sexta-feira, 27 de maio de 2011
O padre do 11 de Setembro
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Engenheiro que resgatou chilenos vai ser ordenado diácono
Como não creio que se trate de proselitismo, até porque quem põe a questão da fé é o apresentador da Fox, vale a pena ouvir o testemunho do dono da empresa que elaborou o "Plano B" e que resgatou os mineiros chilenos (no vídeo, a partir dos 4 minutos e 20 segundos).
Greg Hall é católico e vai ser ordenado diácono permanente no próximo ano. Fala da eficiência técnica e do mais que pode ser a oração. Numa televisão europeia tal testemunho sobre o poder da fé e da oração, muito provavelmente, não teria lugar.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O Papa escreve aos candidatos a padre

terça-feira, 12 de outubro de 2010
Mandela diz que não é santo, o que é típico dos santos

«Não devemos esquecer que um santo é um pecador que não cessa de se esforçar». Esta é a frase que fica, neste livro, como principal mensagem de uma vida, diz Ana Dias Cordeiro, no “Público” (aqui), sobre a autobiografia de Nelson Mandela, que hoje (12-10-2010) foi lançada mundialmente e aparecerá em Portugal, a 8 de Novembro, com o título “Arquivo Íntimo” (título original: “Conversations with Myself”). No livro, Mandela diz que não é santo, o que é típico dos santos. "Dignidade por fora, dignidade por dentro", disse dele o historiador Tim Couzens.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Como era complicado ser católico no Reino Unido

Um texto curioso sobre o complicado que era ser católico na velha, hoje já não tão pérfida mas ainda frequentemente sarcástica, Albion. Em dia de início da visita papal.
Ainda hoje, a 5 de Novembro, data em que se recorda o atentado do católico Guy Fawkes ao Parlamento no séc. XVII, em Lewes, no sul do país, é queimado na fogueira um boneco vestido de papa. Nenhum católico foi chefe do governo e é proibido por lei o casamento de um herdeiro ao trono com um católico, pois ainda existe entre alguns a suspeita de que a sua lealdade ao Vaticano teria mais peso numa decisão de Estado do que a sua lealdade à pátria. Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Governo Britânico, só se converteu ao Catolicismo depois de sair do poder embora fosse regularmente à missa com a sua mulher e os seus filhos, todos católicos.
É difícil para um católico português compreender o que foi ser católico em Inglaterra até há poucas décadas. (…) Durante séculos a população católica resumia-se a várias famílias denominadas “recusants” por se recusarem assistir aos serviços religiosos anglicanos. Maioritariamente viviam no norte do país e, até princípios do séc. XIX, eram perseguidos, multados, acusados de criminosos e alguns martirizados. Vários seminários, financiados por estas famílias, foram fundados na Europa continental um dos quais em Lisboa, o Colégio dos Inglesinhos, no Bairro Alto, que só fechou em fins do século passado. Os padres formados aí voltavam clandestinamente para Inglaterra e viviam escondidos. Membros destas famílias casavam entre si e, sendo esta a minha herança materna, ouvi sempre durante a minha juventude “Tens que casar com um católico. Temos que manter a fé”. Do lado paterno soube que o meu bisavô tinha sido deserdado por se ter convertido ao Catolicismo. No grande hospital londrino onde tirei o curso de enfermagem só no fim dos anos sessenta foi permitido a uma católica ser chefe de serviço. Até à data da Emancipação Católica em 1829, a missa era celebrada na clandestinidade.
Texto de Mary Anne Stilwell d’Avillez. Pode ser lido na íntegra na Agência Ecclesia.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
A fé aumenta a consciência

“Se a fé aumenta a nossa consciência, não é porque, em primeiro lugar e principalmente, por testemunho autorizado, nos ensina verdades objectivas; mas porque ela nos faz simpatizar, real e profundamente, com um ser, enquanto nos une à vida de uma pessoa, enquanto nos inicia, por meio do pensamento amante, a outro pensamento e a outro amor”.
Citação de Maurice Blondel lida na página 92 de “A Fé como resposta de Sentido” (ed. Paulinas), de Rino Fisichella.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Um padre e uma freira na cidade mais violenta do mundo

Peter cresceu na Chicago de Al Capone. Foi piloto na II Guerra. Sobrevoou Nagasáqui. Depois tornou-se padre carmelita e conheceu todas as revoluções da América Latina com Betty, freira e enfermeira. Agora, num dos bairros mais violentos de Juárez, vivem o que realmente se passa na guerra do narco.
Texto de Alexandra Lucas Coelho, em Ciudad Juárez, no "Público" de ontem, para ler aqui.
Um excerto:
(...) Em 1973, começaram uma pequena comunidade católica em Washington, e em breve recebiam refugiados do golpe de Pinochet, missionários que já não podiam trabalhar lá e chilenos que tinham estado no Governo de Salvador Allende. "A nossa casa tornou-se um lugar onde chegava gente vinda do Chile, da Argentina, da Bolívia, a fugir de ditaduras que os EUA apoiavam."
Pelo meio, Peter e Betty ou viajavam pelos EUA a falar sobre a América Latina, ou viajavam pela América Latina, a "tentar ver em que lugares os EUA não estavam a fazer coisas boas". E do Chile ao Paraguai, passando pela Argentina, o que pensavam era: ""Mas isto são governos fascistas. E os EUA apoiam estes governos. Então devemos ter fascistas no nosso governo." Voltámos com essa mensagem."
Fizeram orações de protestos e uma invasão pacífica da Casa Branca.
Os EUA mandavam dinheiro a Somoza, o ditador da Nicarágua. Reagan dizia que os sandinistas eram marionetas da URSS. E entretanto desaparecia gente na América do Sul. E eram mortos padres na América Central.
Betty, que tem estado a ouvir suspensa como se fosse a primeira vez, conta um diálogo que tiveram na fronteira para entrar em El Salvador. "Perguntaram a Peter: "É padre?" Ele respondeu: "Sou professor." O que não era mentira. E eles disseram: "Ainda bem, porque aqui os padres estão a ser mortos.""
sábado, 5 de junho de 2010
Duas historias sobre o que é acreditar, uma católica e outra judaica
Contou Pedro Lamet, jesuíta biógrafo do superior-geral dos jesuítas Pedro Arrupe (1907-1991), que, quando este pregava no Japão, julgo que em Hiroshima, todos os dias assistia às pregações um homem de idade avançada. Estava sempre muito atento, mas nunca falava. Vem-se depois a saber que era surdo. E perguntam-lhe (não sei os pormenores, nem se era mudo), por isso, por que é que assistia às pregações, se não conseguia perceber o que pregador dizia (provavelmente não sabia ler nos lábios; e mesmo que soubesse, o japonês do basco não seria dos mais fáceis). O velho respondeu: “Não sei o que ele diz. Nem sei no que ele acredita. Mas vejo que ele acredita”.
Outra história, esta contada pelo Rabi Levi Yitshaq de Berditchev.
- O que é que tu aprendeste com o rabi Schmelke?
- Aprendi que Deus existe.
- O quê? Mas isso toda a gente sabe!
- É verdade, mas será que toda a gente o soube aprender?
segunda-feira, 22 de março de 2010
22 de Março de 1946. Morre D. Clemens August von Galen, opositor ao nazismo

Clemens August von Galen (nome completo: Clemens Augustinus Joseph Emmanuel Pius Antonius Hubertus Marie Graf von Galen), de origens nobres, nasceu em 1878, estudou nos jesuítas, e foi ordenado na diocese de Munster, em 1904.
Bispo desde 1933, ano da ascensão de Hitler, opôs-se ao nazismo, tendo participado na redacção da encíclica de Pio XI “Mit brennender sorge”. As homilias deste bispo que ficou conhecido por “o Leão de Munster”, principalmente contra o programa de eliminação de portadores de deficiência, levaram Hitler a suspendê-lo bem como ao envio para os campos de concentração de dezenas de padres e religiosos da sua diocese.
Depois da guerra, foi feito cardeal por Pio XII, em 18 de Fevereiro de 1946, cerca um mês antes de morrer. Bento XVI beatificou-o no dia 9 de Outubro de 2005, em Roma.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
12 de Janeiro de 1944. Morre Nicholas Bunkerd Kitbamrung

Nicholas Bunkerd Kitbamrung, padre tailandês, foi preso no dia 12 de Janeiro de 1941, quando tocava o sino que convocava para a missa. Aos olhos do governo tailandês, os católicos eram vistos como não-patriotas. O padre foi acusado de espiar para os franceses.
Na prisão, baptizou pelo menos 68 presos. Morreu de tuberculose, no dia 12 de Janeiro de 1944, aos 51 anos, precisamente três anos após o aprisionamento. Por ser católico, foi-lhe negado o tratamento hospitalar.
Bunkerd Kitbamrung é o primeiro padre mártir da Tailândia. Foi beatificado por João Paulo II em 5 de Março de 2000.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
O homem por quem Kolbe deu a vida

terça-feira, 28 de julho de 2009
A história do velho Jim

“Ali houve dias em que, reduzido ao maior cansaço, à doença, não consegui rezar uma única oração!
Vem-me à lembrança uma história, a do velho Jim. Todos os dias, às doze horas, Jim entrava na igreja, não mais do que dois minutos, depois saía. O sacristão era muito curioso e, um dia, deteve Jim e perguntou-lhe:
- Porque vem aqui todos os dias?
- Venho para rezar.
- Impossível! Que oração você pode fazer em dois minutos?
- Sou um velho ignorante, rezo a Deus à minha maneira.
- Mas o que é que você diz?
- Digo: Jesus, eis-me aqui, sou o Jim. E vou-me.
Passam os anos. Jim, sempre mais velho, doente, entra no hospital, na enfermaria dos pobres. Parece que Jim vai morrer depressa. O padre e a freira enfermeira estão perto de sua cama.
- Jim, diga uma coisa: porque é que, desde que você entrou nesta enfermaria, tudo mudou para melhor, e as pessoas ficaram mais contentes, felizes e amigas?
- Não sei. Quando eu posso caminhar, vou aqui e ali, visitando a todos, saúdo toda a gente, chamo toda a gente, faço-os rir, faço-os felizes. Com o Jim estão todos sempre felizes.
- Mas porque é que você é feliz?
- Vocês, quando recebem uma visita todos os dias não se sentem felizes?
- Certamente. Mas quem é que o visita? Nunca vimos ninguém.
- Quando entrei nesta enfermaria pedi duas cadeiras: uma para você e outra para o meu visitante, não vêem?
- Quem é o seu visitante?
- É Jesus. Antes eu ia à igreja visitá-lo, agora já não posso. Então, às doze hoiras, Jesus vem.
- E o que é que Jesus lhe diz?
- Diz: Jim, eis-me aqui, sou Jesus…
Antes de morrer, vimo-lo sorrir e fazer um gesto com a mão em direcção à cadeira próxima da sua cama, convidando alguém a sentar-se. Sorriu de novo e fechou os olhos”.
Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, “Cinco pães e dois peixes” (Ed. Paulinas), pág. 32-34
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Clássicos 17: “O Caminho da esperança”, de Francisco Xavier Nguyen Van Thuan

(Primeiras palavras:) “Se ainda estás amarrado com uma corrente de ouro, ainda não estás preparado para este caminho.
1. O Senhor conduz-te por este caminho para que tu possas «ir e dar fruto, um fruto duradouro» (cf. Jo 15,16).
O caminho chama-se «O CAMINHO DA ESPERANÇA» porque é belo como a esperança que o ilumina. Porque não havias de ter esperança, se te pões a caminho com Jesus, em direcção ao Pai?”
O Caminho da esperança | Il Cammino della speranza | Francisco Xavier Nguyen Van Thuan | Paulinas, 2007, 220 páginas.
Francisco Xavier Nguyen Van Thuan (Vietname 1928 – Roma 2002), nomeado bispo em 1967, passou 13 anos da prisão, logo após a nomeação como bispo coadjutor de Saigão (Ho Chi Minh). Este clássico da espiritualidade contemporânea, feito de 1001 pequenos textos (transcreveu-se o primeiro), foi escrito durante os 13 anos de cativeiro.
terça-feira, 21 de julho de 2009
No que acredita o Trabalhador Católico

O Trabalhador Católico acredita
no personalismo dócil
do catolicismo tradicional.
O Trabalhador Católico acredita
na obrigação pessoal
de atender
às necessidades do seu irmão.
O Trabalhador Católico acredita
na prática diária
das Obras de Misericórdia
O Trabalhador Católico acredita
nas Casas de Hospitalidade
para o imediato alívio
dos que passam privações.
O Trabalhador Católico acredita
nas quintas comunais,
onde cada um trabalha
segundo a sua capacidade
e obtém segundo a sua necessidade.
O Trabalhador Católico acredita
na criação de uma nova sociedade
no seio da antiga
com a filosofia da nova
que não é uma nova filosofia
mas uma filosofia muito antiga
uma filosofia tão antiga que parece nova.
Peter Maurin
Sinodalidade e sinonulidade
Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...