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sábado, 14 de novembro de 2015

Pacto das Catacumbas

A editora Paulinas apresenta no dia 16 de novembro, às 18h30, na Capela do Rato, em Lisboa, o livro "O Pacto das Catacumbas". Vai lá estar D. Manuel Clemente.

Da sinopse:

No dia 16 de novembro de 1965, quando o Concílio Vaticano II já se aproximava do fim, 40 bispos reuniram-se nas catacumbas de Santa Domitila, em Roma, para celebrar a Eucaristia e assinar um documento em que expressavam o seu compromisso pessoal com os ideais do Concílio: viver um estilo de vida simples e a exercer o seu ministério pastoral de acordo com critérios evangélicos. O Pacto das Catacumbas é, sem dúvida, um compromisso pessoal de cada um daqueles bispos, mas é também, simultaneamente, um desafio para toda a Igreja e um instrumento para aferir a sua fidelidade ao Evangelho.

Bento Domingues escreveu há tempos sobre este pacto. Ler aqui.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mesa redonda à volta de livro de Timothy Radcliffe

Um debate à volta de um dos melhores livros que li este ano e do qual tantas passagens copiei para este blogue só pode ser, passe lá o adjectivo tão desinteressante, interessante.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O cheiro de Deus

Introdução a Mestre Eckhart
Michael Demkovich
Paulinas
200 páginas

“No seu tempo, [Mestre Eckhart] teve muita fama como teólogo e como místico. Depois, durante séculos, foi grandemente esquecido. Agora é um mestre espiritual que é apreciado por cristãos, budistas e outros crentes, por intelectuais e por pessoas que desejam simplesmente chegar mais perto de Deus ou descobrir o Deus que já está no centro das nossas vidas”, escreve Timothy Radcliffe, antigo geral dos dominicanos, no prefácio desta obra.

Mestre Eckhart (1260-1327), teólogo, filósofo e pregador dominicano. Nasceu na região da Turíngia, no centro da Alemanha, e terá morrido em Avinhão, França, mas não se sabe onde foi sepultado.

Neste livro, Michael Demkovich, também ele membro da Ordem dos Pregadores (dominicanos), traça uma biografia do místico medieval: a sua educação, o ensino em Paris e Estrasburgo, a direcção de uma comunidade de frades, o julgamento das suas doutrinas, em Avinhão, consideradas heréticas.

Na segunda parte, “Sobre a Alma (De Anima)”, desenvolve uma espécie de “conhece-te a ti mesmo” seguindo as intuições do frade alemão patentes nos seus sermões.

A última parte recolhe dez exemplos, isto é, imagens, comparações, alegorias, da pregação de Eckhart. O intelectual da Universidade de Paris, que era o grande centro cultural da Idade Média, pregava as mesmas ideias ao povo que nunca estudara filosofia. Jesus tinha as parábolas. Eckhart tem os “exempla”. Radcliffe revela os seus dois preferidos: “O primeiro descreve como necessitamos de algum ponto estável nesta vida turbulenta: somos como pessoas levadas pela corrente, rio abaixo, que, quando querem dormir, deitam a âncora para poderem ficar tranquilas. O segundo compara a pessoa que anda em busca de Cristo ao cão de caça que apanhou o faro de um coelho. Se o cão passa à frente ou ao lado do coelho, perde o cheiro”. No desenvolvimento do exemplo, Eckhart observa que há cães que em vez de seguirem o cheiro, seguem o cão que vai à frente. Não vão longe. Demkovich explica: “Tão frequentemente as pessoas procuram Deus da maneira como vêem outras pessoas procurar Deus, mas nunca apanharam realmente «o cheiro de Deus»”.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Leituras nocturnas: Sobre o Pai-Nosso – 1

“Pai nosso”

Não nos dirigimos a uma divindade geral ou a uma entidade superior, incompreensível, mas, como cristãos, atrevemo-nos a dialogar com Deus como Pai e, através desta palavra, exprimimos a ânsia que temos de uma relação pessoal com Deus.

Há muitas mulheres que sentem a falta de um lado feminino no Pai-Nosso. No entanto, na palavra «abba» está sempre implícito, e de maneira igual, o Deus paternal e maternal. Não é um Deus severo, mas sim um Deus amável. Deus é ao mesmo tempo pai e mãe. Como pai, é aquele que nos apoia, que nos dá coragem para viver, que está do nosso lado e a quem podemos recorrer. É alguém em que se pode confiar, forte e, simultaneamente, amável. Como mãe, Deus oferece-nos protecção e amor. Sentimos que Ele nos leva ao colo. Junto dele, estamos em casa. Ele envolve-nos com a sua amável presença.


Retirado de:

Anselm Grün, O Pai-Nosso. Uma ajuda para uma vida autêntica, Ed. Paulinas, pág. 20

domingo, 18 de julho de 2010

Ciência e religião em conflito na Idade Média


Alexandre Dorozynski
O Papa, o Bispo e o Filósofo. Conspiração e morte na Sorbonne
Paulinas
222 páginas

O filósofo é Siger de Brabante, professor na Faculdade de Artes (isto é, Humanidades e Filosofia) da Universidade de Paris. Para a história ficou conhecido como “averroísta”, ou seja, seguidor do filósofo muçulmano Averróis. Este, apoiado em obras aristotélicas, afirmava a eternidade do mundo, inclusive da humanidade. No romance, Siger de Brabante diz que apenas quer divulgar o que pensa o filósofo grego, sem entrar em contradição com a fé, mas, na história da Filosofia, o professor medieval é tido como defensor da “dupla verdade”. A “ratio” (a razão, a investigação do intelecto humano) podia chegar a conclusões diferentes do dogma cristão. Os dogmas eram “verdadeiros” (por exemplo, a criação do mundo a partir do nada, como nas primeiras páginas da Bíblia), enquanto as conclusões racionais, ainda que contraditórias, eram “necessárias” (eternidade do mundo, porque, como se dizia, do nada nada pode vir).
O bispo é Estêvão Tempier, de Paris, que em 1277 condena 219 proposições dos professores de Paris, sendo algumas delas de Siger de Brabante e outras de Tomás de Aquino (falecido em 1274). Como é sabido, mais tarde a filosofia de Tomás de Aquino, que consegue de forma magistral harmonizar a fides (fé, revelação divina) e a ratio, que não podem contradizer-se porque afirmam a mesma e única verdade, é reabilitada e torna-se filosofia oficial da Igreja católica.
O Papa é João XXI, o erudito Pedro Hispano, o único papa português. Segundo a história, também terá estudado em Paris, podendo ter sido colega de Tomás de Aquino e de Siger de Brabante. Certo é que, provindo da ciência (além de Teologia, era formado em Filosofia e Medicina e dominava a Óptica e diversas outras áreas científicas), não julgava que o conhecimento da razão (hoje diríamos científico) pusesse em causa a fé cristã. Pelo contrário, defendia um diálogo possível e necessário, como prova a carta dirigida ao bispo Tempier, que nunca obtém resposta. O Papa morre em 1277, vítima de um desmoronamento do Palácio de Viterbo, em obras. No romance, o acidente deve-se a um dos primeiros usos de pólvora, sendo perpetrado por uma espécie de irmandade que teme que o avanço das ciências ponha em causa a revelação cristã.
Este romance de ideias, com meia dúzia de assassínios pelo meio, apesar de algumas incongruências – por que é que o narrador, o jovem João Boulanger, não tenta libertar o seu mestre, Siger de Brabante, aprisionado após a morte do Papa português? – dá uma sugestiva panorâmica da Filosofia e Teologia na Idade Média.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Textos de Bento XVI em Portugal em livro


Bento XVI em Portugal. Discursos e homilias
Paulinas
120 páginas




Bento XVI e Portugal. Contigo caminhamos na esperança
Paulus
184 páginas
Com a rapidez que se impunha, as duas principais editoras católicas portuguesas publicaram os discursos da viagem de Bento XVI a Portugal. Apesar de ambos os livros conterem os discursos e homilias de Bento XVI, há algumas diferenças entre eles. O primeiro a aparecer, da editora Paulinas, mais pequeno (120 páginas), além dos textos papais, inclui as saudações dos bispos portugueses proferidas nos diversos momentos e as palavras de Manoel de Oliveira no encontro do Centro Cultural de Belém.
O segundo, da editora Paulus (184 páginas), inclui o texto do decano dos cineastas mas não os dos bispos portugueses. Por outro lado, traz uma série de imagens, um DVD sobre os dias 11 a 14 de Maio e duas conferências preparatórias da visita, uma de D. João Lavrador (“A Bem-Aventurada Virgem Maria no pensamento do Papa Bento XVI”) e outra do P.e Luciano Cristino (“De Bento XV a Bento XVI: oito Papas na História de Fátima”).
A escolha certa: O livro das Paulinas. Tem o que interessa, os textos papais, e o que lhes dá contextos, os textos dos bispos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sonho de um cardeal numa noite de Natal

DIONIGI TETTAMANZI
Não há futuro sem solidariedade.
Paulinas
240 páginas


Na Missa do Natal de 2008, o cardeal Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão, dirigiu aos fiéis uma questão que no seu espírito era cada vez mais pertinente: “Neste Natal, já marcado pelas primeiras vagas de uma grande crise económica, há uma interrogação que me atormenta: o que posso fazer como arcebispo de Milão? O que podemos fazer como Igreja ambrosiana? (…) Gostaria que cada um conservasse no coração esta pergunta e que se deixasse inquietar e converter por ela: O que posso eu fazer?”

O cardeal pôs as mãos à obra e criou o “Fundo Família-Trabalho”, para ajudar quem na área da diocese de Milão perde o posto de trabalho. O Fundo foi inicialmente constituído por um milhão de euros de provenientes dos impostos que os cidadãos podem destinar a obras de caridade (como em Portugal, na declaração do IRS), das ofertas “para a caridade do Arcebispo”, de “opções de sobriedade da diocese” e também do dinheiro do próprio Dionigi Tettamanzi. Em Apêndice publicam-se os Estatutos do Fundo.

Mas este livro não é sobre o Fundo. É sobre a crise económica e a ajuda da Igreja. O cardeal parte do “sonho de uma noite de Natal” (cap. 1) para falar da “solidariedade e o seu fundamento” (cap. 2), notar que a sobriedade é virtude esquecida (cap. 3), lembrar a doutrina social da Igreja (cap. 4), e mostrar como pode acontecer solidariedade no mundo da finança (cap. 5), na família (cap. 6), na empresa (cap. 7), para com os migrantes (cap. 8). Antes da conclusão (“Como o Bom Samaritano”), o cardeal ainda troca algumas cartas com jovens em que o assunto principal é, naturalmente, a solidariedade (cap. 9).

O prefácio desta obra é assinado por Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, cristão e homem de cultura, que explica com eficácia e simplicidade a génese da crise que ainda estamos a atravessar e realça que, contra ela (e para evitar futuras crises), são necessárias três grandes virtudes sociais: justiça, solidariedade e sobriedade.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Semeando Primavera em pleno Verão

Escreve Roberto Carneiro na contracapa: “António rego semeia Primaveras. Por onde passa deixa um ramo de amendoeira… em flor. Oferece a marca de água da sua esperança cristã”. Quem lê as crónicas do P.e António Rego nas páginas on-line da agência Ecclesia ou, por vezes, na imprensa regional, sabe bem que é mesmo de Primavera que se trata. A Primavera, como a amendoeira do profeta Jeremias, que podemos imaginar em flor, comporta a esperança do fruto, da colheita. Os textos do padre, jornalista da TVI, consultor do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, comportam a capacidade de ver mais longe, de não ficarmos pela epiderme dos acontecimentos.

“Por mais avassalador que seja o volume de informação que diariamente ingerimos, nunca saberemos o suficiente sobre o que se passa no mundo. Por mais compêndios que estudemos acerca de história, ciências e artes, sempre ficará por compreender, no seu todo, o incomensurável mistério do homem”, escreveu no Natal de 2005. Mas, há que dizê-lo, os textos agora reunidos em livro (de Novembro de 2003 a Maio de 2009), são uma janela para vislumbrar em doses digeríveis ora o tal “mistério incomensurável” ora o facto do dia-a-dia, que tanto pode ser a paixão pelo futebol como a “geração mp3” ou o exercício do poder.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Para terminar o dia

"Os rituais não requerem muito tempo. Posso transformar o decurso de um dia de trabalho normal num ritual, como, por exemplo, o levantar-me, o lavar-me, o pequeno-almoço, a ida para o trabalho. Se transformar estas pequenas acções num ritual, elas acabam por divertir-me e eu passo a viver com base nelas. Os rituais tornam-se pontos de paragem no tempo. Durante os rituais, o tempo pára. Termina aí a caracterização do tempo orientada por um objectivo. Concedo-me a honra de ter um ritual. Entro em contacto comigo mesmo. Consigo respirar".

Anselm Grun, "Ao ritmo do tempo dos monges" (Ed. Paulinas), pág. 137

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Clássicos 2 – “Tratado da Oração, do Jejum e da Esmola”, de Frei Luís de Granada


"Para conclusão desta obra [o Livro da Oração], pareceu-me necessário tratar, no final, dos frutos e proveitos da oração, para mover os corações dos leitores para o exercício desta virtude e para os trabalhos que, na sua continuidade, se hão-de passar. Porque assim como os que pregam jubileus e indultos apostólicos procuram declarar e encarecer as graças e os favores que neles se concedem, para que não recusem os homens fazer o que para isso se lhes pede, dado o muito que se lhes promete; assim também, como no exercício da oração, que aqui se pede, haja trabalho e dificuldade – como logo diremos -, é necessário adoçar esta purga com algum mel, pondo ante os olhos os frutos e os grandes efeitos desta virtude; para que, com este gosto e esperança, se esforcem os homens para querer tomar esta purga. E chamamo-la purga porque, como disse um daqueles insignes Padres do Deserto, uma das coisas mais trabalhosas que há na vida espiritual é o exercício contínuo da oração, o qual veremos claramente pelas seguintes razões".

Tratado da Oração, do Jejum e da Esmola | Frei Luís de Granada | Paulinas, 2006, 254 páginas

Luís Sarria nasceu em de Granada, em 1504. Vem para Portugal em 1550-51 e vive em Lisboa, no convento de S. Domingos (Rossio), até à morte, no dia 31 de Dezembro 1588. Este “Tratado…” é uma parte do “Livro de la Oración y meditación”, obra que suscitou a oposição da Inquisição e do grande teólogo (e confrade de Frei Luís) Melchior Cano. A principal crítica que lhe faz é que Frei Luís propõe um “caminho de perfeição comum e geral a todos os estados”.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...