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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bispos católicos poluem mais do que protestantes - na Alemanha


Deixem esse e tragam outro que polua menos. Karl Lehmann

Os carros dos bispos católicos poluem mais do que os dos bispos evangélicos (169 gramas de emissões de CO2 por quilómetro dos católicos contra 140 dos evangélicos).

Dos 47 que responderam ao inquérito de uma associação ambientalista, apenas cinco, todos eles protestantes, respeitam o limite europeu de emissões que é de 130. 19 apanham com o “cartão amarelo” e 23 recebem o “vermelho”.

O menos poluidor é Jochen Bhol, da Igreja Evangélica da Saxónia. Anda de Mercedes Classe E híbrido. 

Dos 23 "reprovados", dois provêm da Igreja Evangélica, 21 da Igreja Católica. O último da lista é o cardeal Karl Lehmann, bispo de Mainz e ex-presidente da Conferência Episcopal da Alemanha. O seu Mercedes Classe R a diesel emite 223 gramas de CO2 por quilómetro.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Decrescimento contra a religião do crescimento

No "Público" de hoje vem uma entrevista a Serge Latouche, economista francês que tem vindo a defender o decrescimento económico, que consiste em trabalhar menos, produzir menos, gastar menos e ter o mesmo nível de vida. Parece-me salutar.


Diz o professor da Universidade de Paris XI a certa altura:
O decrescimento é um slogan que fomos forçados a utilizar para romper com o "ramerrão" do discurso desenvolvimentista, que fala em crescimento, crescimento, crescimento e que nos conduzirá a uma catástrofe. Claro que é uma palavra provocadora, polémica... e até blasfema, porque temos uma relação quase religiosa com o crescimento. Podemos mesmo falar de uma religião, um culto do crescimento. Falar de decrescimento cria um efeito de estupefação. Decrescer por decrescer seria absurdo. Mas crescer por crescer é absurdo e ninguém se dá conta disso, porque estamos envolvidos nessa religião.
Aqui encontra-se uma entrevista on line ao professor francês. E aqui um caderno em PDF em que o próprio expõe as suas ideias. Mais estimulante do que simplesmente dizer mais do capitalismo.


Leonardo Boff, no seu blogue, por estes dias, propões algo em consonância:

Há uma ética subjacente à cultura produtivista e consumista (…), a da maximização de tudo o que fazemos: maximizar a construção de fábricas, de estradas, de carros, de combustíveis, de computadores, de celulares; maximizar programas de entretenimento, novelas, cursos, reciclagens, produção intelectual e científica. A roda da produção não pode parar, caso contrário ocorre um colapso no consumo e nos empregos. No fundo, é sempre mais do mesmo e sem o sentido dos limites suportáveis pela natureza. 
(…) Devemos caminhar na direção de uma ética diferente, a da otimização. Ela se funda numa concepção sistêmica da natureza e da vida. Todos os sistemas vivos procuram otimizar as relações que sustentam a vida. O sistema busca um equilíbrio dinâmico, aproveitando todos os ingredientes da natureza, sem produzir lixo, otimizando a qualidade e inserindo a todos. Na esfera humana, esta otimização pressupõe o sentido de auto-limitação e a busca da justa medida. A base material sóbria e decente possibilita o desenvolvimento de algo não material que são os bens do espírito, como a solidariedade para com os mais vulneráveis, a compaixão, o amor que desfaz os mecanismos de agressividade, supera os preceitos e não permite que as diferenças sejam tratadas como desigualdades. 
Talvez a crise atual do capital material, sempre limitado, nos enseje viver a partir do capital humano e espiritual, sempre ilimitado e aberto a novas expressões. Ele nos possibilita ter experiências espirituais de celebração do mistério da existência e de gratidão pelo nosso lugar no conjunto dos seres. Com isso maximizamos nossas potencialidades latentes, aquelas que guardam o segredo da plenitude, tão ansiada.
Ler tudo aqui.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Anselmo Borges: Ética ecológica

Texto de Anselmo Borges no DN de hoje:

É significativo que, até pela via etimológica, ética e ecologia estão relacionadas. De facto, ética vem do grego êthos, que significa costumes e morada; ecologia provém de duas palavras gregas (oikos, casa, e lógos, razão, discurso) e significa tratado da casa, também em conexão com economia (oikos e nómos, lei), a lei da casa.


Logo pela etimologia se vê a importância decisiva do tema, pois é da nossa casa e do cuidado por ela que se trata. O debate tem-se tornado premente por causa da crise ecológica: alterações climáticas, contaminação do ar, do solo e da água, desertificação, extinção de espécies.


A responsabilidade ética é evidente, mas não é fácil responder a perguntas que se colocam neste domínio. Por exemplo: como se fundamentam os nossos deveres para com a natureza? Somos obrigados a cuidar dela por causa de nós ou porque ela tem valores objectivos?

Ler tudo aqui.

domingo, 25 de abril de 2010

A união faz a força pela criação

A Criação. Um apelo para salvar a vida na terra
E.O. Wilson
Gradiva
230 páginas

Este livro lê-se como uma grande carta de um cientista, notável biólogo da universidade de Harvard (EUA), a um qualquer pastor baptista. E resume-se a um apelo: vamos juntos trabalhar pela salvação da natureza/Criação.

O tom da obra de E.O. Wilson é ligeiramente desadequado ao panorama português, mas o livro é útil para ficar a conhecer mais de biologia por um grande divulgador. Se ninguém pode amar aquilo que não conhece – dizia Aristóteles – talvez após a leitura deste livro o leitor se torne adepto da conservação da natureza. Mas a desadequação ao panorama português vem do seguinte facto: E.O. Wilson fala para baptistas, que nos Estados Unidos são um grupo significativo e têm grande influência, principalmente no sul do país. Ora, os baptistas são criacionistas, tanto teológica como cientificamente. E tendem a ler as primeiras páginas da Bíblia o mais literalmente possível. A teoria da evolução através da selecção natural está excluída à partida.

É para esses que o cientista com grandes certezas quanto à teoria da evolução escreve. No fundo, diz: mesmo que discordemos sobre a origem da natureza, tenha sido Deus o criador ou tenha sido ela gerada por si mesma através de mutações aleatórias e da selecção natural das moléculas codificantes, podemos estar unidos na mesma causa.

Ora os católicos, ainda que haja excepções, já não sentem que o evolucionismo traga grandes complicações. É uma teoria científica. E a Bíblia não é um livro de ciência. É um livro sobre o sentido das coisas. Coisa que a ciência não pode dar. Daí que os católicos (mas também os anglicanos, os metodistas, os luteranos, de um modo geral) coabitem bem com o evolucionismo científico e o criacionismo teológico. São campos diferentes que explicam níveis diferentes da realidade. Não se espere da ciência que ela venha falar de Deus. Nem o contrário. Mas no essencial, a mensagem do livro vale: “Se a religião e a ciência se pudessem reunir sob o tecto comum da conservação biológica, o problema seria rapidamente resolvido” (pág. 14).

sábado, 5 de dezembro de 2009

O poder deles e o nosso




Nem sempre concordo com as campanhas e projectos da Greenpeace.

Ouço os cientistas cépticos sobre as alterações climáticas (principalmente os que dizem que os países mais pobres têm direito ao desenvolvimento) e interrogo-me se não terão razão.

Não sei se em 2020 já estarão assim tão envelhecidos.

Mas mesmo que não houvesse alterações climáticas, os nossos comportamentos depredatórios deveriam mudar. Devem mudar. É também uma questão moral e religiosa.

"Desculpe. Poderíamos ter detido as catastróficas alterações climáticas... Mas não o fizemos". Isto é com cada um de nós.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...