Mostrar mensagens com a etiqueta Beneditinos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Beneditinos. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 26 de julho de 2013

domingo, 14 de outubro de 2012

Trabalho

Vereis por vós próprios que se pode tirar mel da pedras e azeite dos rochedos mais duros.

Bernardo de Clavaral

sábado, 28 de julho de 2012

Anselmo Borges: "A monja e o capitalismo não ético"

Ir. Teresa Forcades

Texto de Anselmo Borges no DN de hoje. Aqui.

Nasceu em Barcelona em 1966. É doutorada em Medicina e em Teologia. Muito conhecida pelas suas posições feministas e pelas críticas às multinacionais farmacêuticas, Teresa Forcades é uma monja beneditina do Mosteiro de Sant Benet de Monserrat.

Conheci-a em Julho de 2011, em Santander, num Congresso de Teologia e Ética, e a impressão que me ficou foi a de uma mulher séria e agradável, descontraidamente inteligente e interventiva.

Foi recentemente convidada para a conferência inaugural de um encontro de empresários, talvez o mais importante da Catalunha, com a presença de umas seiscentas pessoas.

Ela é absolutamente favorável ao empreendedorismo. Quereria que isso fosse uma possibilidade para todos, pois isso significa realizar possibilidades e ter iniciativas próprias. Mas põe em causa o empresariado baseado numa relação contratual num quadro capitalista sem ética. Por três motivos.

É uma mentira o mercado que se diz livre. De facto, ao longo da história, o mercado nunca foi livre. "Foi sempre regulado a favor de certos interesses: da realeza, interesses proteccionistas, da classe dominante, do parente dos governantes de turno." Mercado livre é "uma hipocrisia, uma falácia".

Depois, a lógica do capitalismo, no quadro do mercado global, quer "o máximo lucro". Ora, é aberrante, do ponto de vista antropológico e humano, pensar que a melhor maneira de incentivar as pessoas, a sua criatividade, a actividade económica e, em última análise, o crescimento, seja o lucro máximo. Satisfeitas as necessidades básicas, "o que me estimula não é o dinheiro", mas a curiosidade intelectual, o desafio de descobrir potencialidades e encontrar quem ajude a realizá-las, o apreço dos colegas, a valorização do trabalho que faço, ver que o trabalho das pessoas transforma de modo positivo as suas vidas. Porque não criar uma sociedade fundada no que verdadeiramente nos dá gosto e nos realiza? E o direito à alimentação, à educação, à saúde, à reforma tem de estar acima do mercado e do lucro.

Portanto, o capitalismo não lhe parece ético. E assume a crítica marxista da mais-valia, dando um exemplo: no mosteiro, temos uma pequena empresa de cerâmica e há uma pessoa de fora que lá trabalha; se lhe pagarmos um euro e ganharmos mil, o capitalismo dirá: que bem! "Mas isto é indigno, pois vai contra a dignidade do trabalho." Há diferenças aberrantes: num contrato, "talvez esteja bem que eu ganhe um e tu ganhes quatro ou até dez, mas mil não pode ser de modo nenhum".

É, pois, claríssimo que temos de pensar e organizar uma alternativa. "Quem nos ensinou a não confiar que não nos podemos organizar melhor, ao constatarmos, como constatamos, que o modo actual é tão claramente contrário aos interesses da maioria?" O bloqueio da imaginação é um sinal de alarme. É como se se tornasse não possível para mim, que sou monja e prefiro esta vida, imaginar para mim própria uma vida fora do mosteiro. "Se já nem sequer posso imaginar uma alternativa, creio que isso é um sinal de alienação mental."

O que é e aonde leva a especulação? Eu compro todo o trigo e guardo-o. As pessoas vão morrendo, mas, quando os preços subirem, vendo pelo dobro. "Isto aconteceu, e estes senhores do Goldman Sachs sentam-se nas primeiras filas dos convénios e recebem prémios, mas deviam estar na cadeia." São responsáveis por mortes. Jean Ziegler, das Nações Unidas, diz que isto é assassínio organizado. Presentemente, produzem-se alimentos para 12 mil milhões de pessoas, mas há mil milhões com fome. Cada dia morrem 26 mil crianças de fome.

A conversão fundamental é, na nossa visão do mundo, a da passagem da relação sujeito-objecto para uma relação sujeito-sujeito, substituindo assim uma relação de dominação por uma relação de jogo de subjectividades, no qual entram dignidades.

Se continuarmos nesta "alienação mental", neste bloqueio da renovação social, porque os políticos só pensam nas próximas eleições, sem capacidade para criar uma alternativa, a nossa situação pode piorar e podemos assistir a um fascismo social e político e até a uma guerra.

domingo, 13 de maio de 2012

13 de maio de 1024. Nasce Hugo de Cluny


Hugo é o da esquerda. Os outros são Henrique IV e Matilde

Hugo de Cluny, nascido num 13 de maio, foi o sexto abade de Cluny, até morrer, em 1049. Faltavam 94 anos para Portugal ser fundado.

Este abade era descendente dos duques da Borgonha. Era da mesma família em que nasceria o conde D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. (O “Público” de hoje dedica uma página a Henrique da Borgonha, nos 900 anos da sua morte – finais de abril de 1112).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Trabalhar no campo ao menos é uma coisa bíblica

Rafael Arnáiz
Hoje fomos atar feixes de trigo... Fazia bastante calor, e o lugar do trabalho encontra-se a um par de quilómetros do mosteiro...
Uma coisa é comer pão e outra é andar entre os trigais, no mês de Agosto. São tão grossos os nossos hábitos...
Com umas calças brancas e uma camisa, talvez estivesse bem..., claro que à sombra e a tomar refrescos...
Isto do Sol..., das "messes doiradas"..., do humilde segador..., é muito bonito para que haja versos de Gabriel y Galán..., e lê-los logo, à fresca sombra de um choupo... 
Caramba..., caramba com as "messes doiradas". Enfim, menos mal que tudo isto do trigo e dos feixes é uma coisa muito bíblica..., e sempre é uma consolação.


Desabafos do monge cisterciense Rafael Arnáiz (1911-1938), espanhol de Burgos, canonizado por Bento XVI em 2009.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Há mil anos a fazer (e beber) boa cerveja



Li há dias numa revista de fim-de-semana que a cervejaria mais antiga do mundo é a de Weihenstephan, criada em 1040. A cervejaria fica em Freising, uma terra ligada ao actual Papa, Bento XVI, e é dos beneditinos.


Mas o Papa nunca apontou esse motivo para escolher o nome de Bento (coincidência: li hoje que não há certezas de que S. Bento tenha alguma vez sido ordenado padre. Monge, sim; padre, não se sabe).


Weihenstephan tem página aqui. E um hino. É só imaginar os bávaros a cantar com altas canecas na mão. Incluindo monges.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Senta-te e fecha levemente os olhos

A palavra que leva ao silêncio
John Main
Ed. Pedra Angular
108 páginas

John Main morreu em 1982, em Montreal (Canadá), aos 56 anos. Nascido em Londres, no seio de uma família católica de origem irlandesa, esteve em contacto com as espiritualidades orientais quando foi colocado pelo Serviço Britânico dos Estrangeiros na Malásia, após a licenciatura em Direito. No regresso, tornou-se monge beneditino em Londres. Viveu os últimos anos no Canadá, onde fundou um mosteiro beneditino, para monges e leigos, dedicado ao ensino da meditação cristã.

“A Palavra que leva ao Silêncio” (“Word into Silence”, no título original) é a sua obra mais conhecida. Nela, o monge expõe o significado da oração cristã e propõe “Doze passos para os que meditam”. “Senta-te. Senta-te, tranquilo e direito. Fecha levemente os teus olhos. Senta-te descontraído mas atento…”

Pode-se ler o prefácio do autor no sítio do SNPC (aqui).


John Main (1926-1982)

domingo, 19 de junho de 2011

Sabedoria beneditina

Pedro, o Venerável (1092-1156), prior de Cluny, dizia: "Pode-se obter mais de um homem tolerando-o, do que irritando-o com queixas".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os rivais amigos

Bernardo de Claraval (1090-1153) dizia de Pedro, o Venerável: "Homem importante, ocupado com afazeres importantes". Pedro, o Venerável (1096-1156), dizia de Bernardo: "Lanterna da Igreja", "coluna forte e maravilhosa da ordem monástica e de toda a Igreja". Ambos filhos de São Bento. Mas Pedro era cluniacense, enquanto Bernardo era cisterciense.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de Abril de 1342. Morrre Bento XII, o Papa que disse ser um asno

Bento XII (Jacques Fournier, 1280-1342) morreu no dia 25 de Abril de 1342. Foi Papa de 22 de Dezembro de 1334. Era monge cisterciense (ramo dos beneditinos), pelo que escolheu no nome do fundador da ordem. Viveu em Avinhão. Em 1335, comunicou a decisão de regressar a Itália, a Bolonha, mas não chegou a concretizar a ideia.

Durante o seu pontificado promoveu reforma das ordens religiosas, nomeadamente os beneditinos e franciscanos, e, contra o espírito da época, recusou qualquer forma de nepotismo.

Consta que ao ser eleito, este Papa proclamou: “Acabais de eleger um asno”.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem levou mais parisienses ao cinema em Setembro? Angelina Jolie ou Leonardo di Caprio?


Nem o actor de “A origem”, nem a actriz de “Salt”. Os dois filmes foram batidos por "Des hommes et des Dieux" [“Homens e Deuses”], de Xavier Beauvois, que mais do que triplicou o público dos dois grandes filmes norte-americanos, chegando aos dois milhões de espectadores.

“Des hommes et des Dieux” baseia-se na história real do sequestro de sete dos nove (dois conseguiram esconder-se) monges cistercienses trapistas, de um mosteiro argelino, entre 26 e 27 de Março de 1996. No dia 30 de Maio seguinte, as suas cabeças são encontradas, mas não os seus corpos.

“O filme relata os últimos meses de vida dessa comunidade religiosa e, justamente porque o realizador se define como irreligioso, consegue comunicar também, ou principalmente, a quem não crê o mistério insondável da fé. A Argélia está em plena guerra civil, porém os monges vivem em tranquilidade e auto-suficiência o dia de oração, de cantos, de leituras, de trabalhos agrícolas e domésticos: a sua ordem não prevê o proselitismo, portanto há harmonia, respeito e fraternidade com os habitantes do pequeno vilarejo muçulmano.

O velho padre Luc (Michael Lonsdale) é médico e recebe gratuitamente até 150 pacientes por dia. O prior, padre Christian (Lambert Wilson), que conhece de cor o Alcorão e lê os floreios de São Francisco, leva o mel do convento ao mercado. Todos juntos participam da festa pela circuncisão de um pequeno e ouvem as palavras do imã, que parecem muito semelhantes às do Evangelho. A paisagem que circunda o mosteiro é paradisíaca, imensa, intacta e leva a sentir aquele sentimento inquieto de encanto que obscuramente aproxima a um mistério, talvez justamente o da fé”.

O filme ganhou o Grande Prémio em Cannes, com um júri internacional presidido “pelo muito bizarro Tim Burton”.

As informações e citações deste texto foram retiradas daqui.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Monges, whisky e maçonaria

Ruínas da Abadia de Lindores, na Escócia, onde se destilava whisky

No “Exchequer Rolls” [suponho que seja uma espécie de inventário do Tesouro ou das Finanças na Escócia] de 1494–95, vol X, p. 487, diz-se: “Ao monge John Cor, por ordem do Rei, para fazer oito «bolls» de aqua vitae de malte”. Não sei como se traduz «bolls», mas leio que corresponde a 140 libras. Sendo a libra equivalente a 453 gramas, temos que o rei James IV (ou Jaime) pediu ao monge João qualquer coisa como 507 litros de “água da vida”, isto é whisky (se um "boll" leva cerca de 63 litros, talvez possa traduzir-se por “barril”).

John Cor era monge (será mais correcto do que frade) da abadia de Lindores, na Escócia. Trata-se de uma casa da Ordem de Tiro, que surgiu em França, em 1109, perto de Chartres. Os monges desta ordem eram os “cinzentos”, por causa do hábito que trajavam (os beneditinos ainda são os “negros”; os cistercienses, os “brancos”).

Surgida em França, a ordem rapidamente se propagou para o norte: Inglaterra, Irlanda, Gales e Escócia, desaparecendo com a reforma anglicana (na Inglaterra) e protestante (na Escócia). Em França, foram reintegrados noutra derivação da ordem beneditina.

Curioso é que uma das abadias escocesas desta ordem, a de Kilwinning, está na origem da maçonaria escocesa.

Terão os monges criado a maçonaria sob a influência do whisky?

quarta-feira, 17 de março de 2010

17 de Março de 1628. Nasce Daniel van Papenbroeck, destruidor de lendas

Daniel van Papenbroeck (ou Papebrochius, em latim, ou Papebroch, em inglês) nasceu no dia 17 de Março de 1628, em Antuérpia, e morreu no dia 28 de Junho de 1714. Colaborou com Jean Bolland na publicação da “Acta Sanctorum” (“Actos dos Santos”), série de volumes sobre a vida dos santos que procurou destrinçar a história do mito, da lenda e da fábula no que diz respeito vida dos santos.

A ideia da obra partiu do jesuíta Heribert Rosweyde, mas após a morte deste, em 1629, foi Jean Bolland (1596–1665) que organizou o grupo de investigadores que desenvolveu e concluiu a obra. "Acta Sanctorum" começou a ser publicada em 1643. Papenbroeck era um destes que ficaram na história como “bolandistas”.

Os bolandistas deram um contributo importante para a ciência (crítica documental e paleografia) ao examinarem criticamente documentos antigos, discernindo fontes e distinguindo dados históricos dos lendários.

Papenbroeck, enquanto investigava a vida dos santos, chegou a entrar em conflito com os beneditinos por ter considerado falsa a doação de Dagoberto I (629-639, dos merovíngios) tido como pai de santa Irmina (ou Irmine), quando, na realidade, o pai da santa era Dagoberto II (676-679). A falsidade de tal documento implicava a falsidade de outros que se seguiram. Na sequência, o beneditino Jean Mabillon escreve em 1681 uma obra intitulada “De re diplomatica”, que pretendia estabelecer as regras da autenticidade dos actos escritos, estudando aspectos como o suporte, a tinta, a língua, a pontuações e os selos, entre outros. “Diplomática”, vem nos dicionários, quer dizer, precisamente, “ciência auxiliar da história, que se ocupa dos documentos antigos, em especial dos diplomas”.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Os mestres" de Paulo Varela Gomes

No “Público” de sábado passado (13 de Fevereiro), um artigo de Paulo Varela Gomes (que não conheço, mas cujos textos aprecio imenso) sobre uma obra que deve ser excepcional. Quando eu for a uma das quatro bibliotecas portuguesas que a têm, tentarei pôr-lhe os olhos em cima.

Escrito por beneditinos (paciência de beneditino!), o "Dicionário de Arqueologia Cristã e de Liturgia" consta de 30 volumes e foi publicado em Paris entre 1903 e 1940. E não havia Google, nem computadores.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

26 de Janeiro de 1108. Morre Alberico de Cister

Biblioteca da Abadia de Cister (Cîteaux)

Alberico foi um dos fundadores da Ordem de Cister, com Roberto de Molesmes (primeiro abade da nova ordem) e Estêvão Harding (terceiro abade), no dia 28 de Março de 1098.

A nova ordem, fundada em Cister, perto de Dijon, viria a ter muita influência no Portugal medieval (a região do Oeste, à volta de Alcobaça, é também referida por região de Cister). Alberico foi o seu segundo abade (Roberto regressa ao convento beneditino de Molesmes), morrendo no dia 26 de Janeiro de 1108. Durante o seu abadado, Alberico mandou que se revisse a Bíblia latina (em ordem à reforma litúrgica), mesmo consultando rabinos. O trabalho foi continuado por Estêvão e ficou conhecido por “Bíblia de Santo Estêvão Harding”, a melhor edição da época.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

13 de Dezembro de 1294. Celestino V deixa de ser Papa

Coroação de Celestino V. Obra do séc. XV (autor desconhecido)

No dia 13 de Dezembro de 1294, após cinco meses de papado, Celestino V resigna para voltar a sua vida de eremita.

Pietro Angeleri (1215-1296) era um humilde beneditino. Foi eleito Papa após um período de dois anos em que os doze cardeais eleitores não se decidiam.

Eleito finalmente no dia 5 de Julho de 1294, deixou a sua caverna do monte Mailla e entrou triunfalmente em Roma, montado num burro. Abdicou no dia 13 de Dezembro, forçado pelo cardeal Benedicto Caetani, que no dia 24 de Dezembro de 1294 seria eleito Papa (adoptou o nome de Bonifácio VIII).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A eloquência de cortar feno

Quem, até ao séc. XIV, deu à Igreja 24 papas, 200 cardeais, 7000 arcebispos, 15 000 bispos e 1500 santos?

Resposta: Os beneditinos.

É quase impossível não ficar a admirar esta ordem da Igreja após a leitura dos primeiros capítulos de “O que a Civilização Ocidental Deve à Igreja Católica”, de Thomas E. Woods Jr., na Aletheia. (Declaração: não tenho qualquer comissão na venda do livro.)

E porque falamos de beneditinos, que tinham e têm como lema “ora et labora”, “reza e trabalha”, aponto esta pequena história (pág. 38):

“O papa São Gregório Magno (590-604) conta-nos uma história significativa acerca do abade Equício, um missionário do século VI de notável eloquência. Chegou ao mosteiro de Equício uma enviado papal, que se dirigiu imediatamente ao scriptorium para falar com ele, pois esperava encontrá-lo entre os copistas. Mas o abade não estava ali; como lhe explicaram os caligrafistas, com toda a simplicidade: «Está lá em baixo, no vale, a cortar feno»”.

Os beneditinos foram essenciais para que a Europa assumisse a dignidade do trabalho braçal.

domingo, 20 de setembro de 2009

Leitura de domingo - 4

Há dias perguntei ao P.e João Caniço, jesuíta com origens em Aveiro, por que é que a Companhia de Jesus nunca teve grande presença na cidade, ao contrário dos dominicanos e dos franciscanos. E ele respondeu que os jesuítas sempre se dedicaram a cidades maiores. Ao longo dos séculos, Aveiro, com apenas 250 anos de cidade, foi sempre uma pequena povoação.

Agora leio no livro “Torna-te aquilo que és”, do jesuíta James Martin (pág.s 100-101), o seguinte:

“Quando eu estava a estudar teologia, a nossa comunidade jesuíta tinha um pequeno poster na parede da nossa sala de estar com a seguinte frase, acerca de quatro grandes fundadores de ordens religiosas:

Bernardus valles,
Colles Benedictus amavit,
Oppida Franciscus
Magnas Ingatius urbes.

Ou seja:

Bernardo amava os vales,
Bento os montes,
Francisco os pequenos povoados
E Inácio as grandes cidades”.


Não imaginava que tinham territórios tão demarcados. E note-se a ausência de Domingos no poster da casa jesuíta.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...