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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Papa fictícios

No romance "Lázaro", de Morris West, o Papa Leão XIV sucede a Gregório XVI, que tinha sucedido a Cirilo I. Alguém conhece outros papas fictícios, da literatura (além do Celestino VI)?

domingo, 15 de novembro de 2015

O fim da papolatria?

Dizem-me que a papolatria, que denunciei várias vezes nestas crónicas, morreu.

Bento Domingues na crónica de hoje. Mas penso que, na realidade, a papolatria não morreu. Um certo tipo de papolatria morreu. Outro apenas adormeceu. Mas também há papolatria em relação a Francisco.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Frargentina contra Bentalemanha

A Renascença compilou imagens sobre a final do mundial e os dois Papas (prefiro insistir dois bispos de Roma; um é emérito). Ver aqui.



Mas não está lá esta.


sexta-feira, 28 de março de 2014

Três Papas


Legendas. Diz o maior para o mais pequeno:
1 – Calma, somos só nós dois. O Bento não conta.
2 – Quando andaste vestido de CR7 e de Homem-Aranha não choraste tu…
3 – Vais-te rir o resto da vida por causa desta fotografia.
4 – Com o que é que a tua mãe lavou a tua roupa, que está a ofuscar a minha?
5 – Preferias a sede gestatória, é?

domingo, 12 de janeiro de 2014

Bento Domingues: "Um papa anticlerical?"

Texto de Bento Domingues no "Público" de hoje.


1. A religião é uma das grandes dimensões mentais e culturais dos seres humanos. Hoje, no Ocidente, é uma realidade controversa, mas não apagada. O acolhimento ao Papa Francisco não resulta apenas, nem sobretudo, de qualquer estratégia publicitária. Nele, as pessoas vêem uma das expressões mais genuínas da atitude de Jesus Cristo, no meio do seu povo.

O divórcio entre as Igrejas e o mundo moderno não foi provocado, apenas, pela má vontade dos incréus e dos anticlericais. O anticlericalismo foi, muitas vezes, o reverso do clericalismo. Nasci numa zona do país em que não se podia viver sem padre, desde o baptismo ao funeral. Passava-se o tempo a dizer mal deles por causa do seu autoritarismo e da arbitrariedade ameaçadora dos seus comportamentos pouco pastorais. Não eram especialmente maus, mas apenas o resultado da formatação recebida.

Hoje já não se repetem estas palavras de Pio X (1), mas elas modelaram gerações: “só na hierarquia reside o direito e a autoridade necessários para promover e dirigir todos os membros para os fins da sociedade. Em relação ao povo, este não tem outro direito a não ser o de se deixar conduzir e seguir docilmente os seus pastores”.

A Civiltà Cattolica (2), na época da definição da infabilidade do papa, escrevia: “a infabilidade do papa é a infabilidade do próprio Jesus Cristo […]. Quando o papa pensa, é o próprio Deus que pensa nele”.

2. O Vaticano II ainda estava longe. O século XX, sobretudo em alguns países, foi um tempo de grandes movimentos de renovação do catolicismo: missionário, ecuménico, bíblico, teológico, social, litúrgico, laical, etc. Foi, também, uma época de condenações, sobretudo das experiências mais arrojadas, como por exemplo, a suspensão dos padres operários e dos teólogos que trabalhavam em diversas frentes culturais do mundo moderno.

O Concílio alterou, profundamente, as concepções eclesiológicas que justificavam o autoritarismo da hierarquia. Dizia-se mesmo que a eclesiologia se tinha transformado numa hierarquiologia. Agora, o papa, o bispo, o padre deixavam de ser considerados uma hierarquia de poderes sobre a Igreja, mas de serviço às comunidades. Estimular a sua criatividade, na diversidade dos seus carismas e funções, era a principal tarefa dos ministérios ordenados que, por sua vez, deviam suscitar iniciativas, segundo as necessidades de tempo e de lugar. Eram bons princípios, boas práticas, mas sem meios, nem vontade, de organizar a vida da Igreja, segundo essas orientações. Veio, depois, um longo inverno na Igreja e foram ressuscitados modos de agir autoritários que paralisaram reformas urgentes.

3. Veio o Papa Francisco. Como já disse noutras ocasiões, não apareceu com o Direito Canónico na mão, para dizer o que era para continuar na mesma e o que era para reformar, como se fosse um burocrata. Veio participar numa reforma que envolvesse a Igreja toda, embora destacando responsabilidades e neutralizando forças de obstrução. Não no estilo de mandar fazer. Começou por ser ele a agir conforme aquilo que depois tem vindo a propor, em diversas circunstâncias. A perspectiva geral foi dada na Exortação Apostólica e em várias entrevistas. Não se pode esquecer a forma como respondeu às perguntas dos Superiores Maiores das Congregações Religiosas. Destacou a importância da qualidade e do estilo da formação dos jovens religiosos. Em todas as ocasiões denuncia o clericalismo, com expressões tais que levam alguns a julgar que pertence a uma organização anticlerical! O Papa perdeu a devoção aos monsenhores. Pobres daqueles que já se julgavam na calha.

Nesse Encontro, a convicção mais abrangente é esta: as grandes mudanças da história acontecem quando a realidade é vista, não a partir do centro, mas da periferia. Trata-se, para o Papa, de uma questão hermenêutica: a realidade não se compreende a partir de um centro equidistante de tudo. Para a entender bem, é preciso mover-se da posição central da tranquilidade, da zona de conforto, para as zonas agitadas das periferias. Este é o melhor caminho para escapar ao centralismo e às focagens ideológicas. Os temas do citado diálogo com os superiores das congregações religiosas foram os da coragem, da profecia, do clericalismo e dos conflitos. Nada poderá substituir a leitura da gravação feita pela Civiltà Cattolica (3).

Dirigindo-se à Comissão Teológica Internacional (06.12.2013), em vez de lhes recomendar cautela e ortodoxia, incitou os teólogos a serem pioneiros do diálogo da Igreja com as culturas; a situarem-se como profetas nas fronteiras e não ficando para trás, na caserna. O magistério e os teólogos devem estar atentos às expressões autênticas do sensus fidelium.

A sensibilidade cristã dos fiéis não é só dos homens. As mulheres são sempre as esquecidas. O jornal L’ Osservatore Romano acaba de lançar um suplemento sobre Mulheres, Igreja e Mundo, de circulação mensal, de quatro páginas a cores. Mais vale tarde do que nunca.


1) Cf. Ramon Maria Nogués, Dioses, Creencias y Neuronas, Fragmenta Ed., 2011, pg. 280
2) Ibid. pg 281
3) http://www.laciviltacattolica.it/ ; tradução em http://www.ihu.unisinos.br/noticias/526950-qdespertem-o-mundoq-o-

domingo, 20 de outubro de 2013

Bento Domingues: "De quem é a doutrina social da Igreja?"

Conclusão do texto de Bento Domingues no "Público" de hoje:

Ao regressar à eclesiologia do Vaticano II, o Papa Francisco não se cansa de repetir que a Igreja somos todos nós. Sendo assim, a DSI terá de resultar das respostas que a pluralidade das comunidades cristãs, situadas em culturas diferentes, souberem dar a antigas e novas perguntas: que fizeste do teu irmão? Que economia é essa que tem no centro o culto idolátrico do dinheiro e exclui os doentes, os idosos, os jovens e as crianças? Que religião é esta que reza o Pai-Nosso e tem uns irmãos à mesa e outros à porta? 
E se trocássemos umas ideias sobre isto? 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Papa não trocou nada os sapatos Prada. Não eram Prada. Eram de um sapateiro de uma esquina romana


Ok, frei Ventura. Mas tinha obrigação de saber que os sapatos de Bento XVI não eram nada Prada. Isto saiu no DN de 4 de outubro de 2013. Só li agora. E achei que pode ser partilhado. Em baixo, o tal sapateiro peruano em Roma.

domingo, 29 de setembro de 2013

O Papa das frases coordenadas sucede ao das subordinadas

Diz o cardeal Ravasi que enquanto Bento XVI usava mais frases subordinadas, Francisco usa mais coordenadas. 

Por outras palavras, Bento era mais "que", já Francisco é mais "e". Compreende-se. Um era da escrita; o outro, da oralidade. Um era mais racional; o outro é mais emotivo. O primeiro era mais tímido; o de agora é mais expansivo. Onde um hesitava, o outro é mais direto. Um preferia livros, o outro prefere pessoas. Bento era o intelectual, preferido de professores, filósofos e jornalistas; Francisco é o pastor, preferido de cidadãos em geral, políticos e ateus hesitantes.

Quando Bento foi eleito, comentei com amigos que era um erro eleger um intelectual para Pastor da orbe. Bento nem se saiu mal e eu emendei-me, continuando, no entanto, a criticar a ratzingerização da teologia. Quanto a Francisco, só lhe peço que não faça teologia, coisa que deve estar bem longe dos seus planos. Outros a farão a partir do que ele diz e faz.

domingo, 23 de junho de 2013

Bento Domingues: "O Pacto das Catacumbas"

Início do texto de Bento Domingues no "Público" de hoje:

João XXIII, um mês antes da abertura do Concílio Vaticano II, na radiomensagem de 11 de Setembro de 1962, espantou os próprios católicos com a declaração: “Hoje, a Igreja é especialmente a Igreja dos pobres”. Em número, esta afirmação não podia ser mais exacta. Por que terá, então, levantado tanta celeuma? Creio que, passados cinquenta anos, continua a ser estranha. O Papa Francisco acaba de surpreender muita gente, com gestos e atitudes, que já deveriam ser uma prática corrente. É certo que o Vaticano II alterou uma eclesiologia piramidal. Mas não podia mudar a mentalidade e representações que foram cimentadas ao longo de séculos. Ainda hoje, quando se fala de Igreja não pensamos logo em comunidades cristãs. Pensamos em padres e na hierarquia eclesiástica presidida pelo Papa, rodeado por um conjunto cardeais, com sede no Vaticano. Essa não é a imagem mais directa da pobreza. Verdadeira ou falsa, não é apenas a propaganda anticlerical a dizer que a Igreja é rica e está ao serviço dos ricos e poderosos.

O resto, aqui, amanhã.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Do argumento das nódoas da Igreja


Há aquele velho argumento de que conhecendo as sujidades da Igreja temos que admitir que se a Igreja continua é porque é obra divina. Mutatis mutandis, o mesmo se pode dizer de Portugal, neste dia dele e do seu anjo, tendo em conta os sucessivos governos. Quem diria que os países também têm um anjo.

Mas quem usou pela primeira vez o argumento das nódoas? Até os Padres da Igreja o conheciam, visto que alguns deles aplicaram profissões pouco recomendáveis à Mãe Igreja. Mas não sei se alguém o levou tão a sério como Ludwig von Pastor (1854-1928). Escreveu 16 volumes (na edição inglesa, disponível online, são 40, cada um com cerca de 400 a 600 páginas, o que dá cerca de 20 mil páginas) sobre os Papas (título original: “Geschichte der Päpste seit dem Ausgang des Mittelalters”), mas só dos finais da Idade Média até Pio VI, que morreu em 1799.

O que aconteceu a von Pastor? Converteu-se ao catolicismo. E com fervor. Não por causa das glórias dos Papas, mas por causa dos crimes, das infidelidades, dos pecados. Se a Igreja sobrevive apesar de tudo, só pode ter origem divina.

Consta que , no leito de morte, von Pastor pediu: "Digam ao Papa que a última batida do meu coração é para a Igreja e o Papa". Não sei o que pensou ou respondeu Pio XI.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Já toda a gente tinha reparado, mas ainda ninguém lhe tinha dito

O Bispo de Bérgamo, diocese-natal de João XXIII, disse ao Papa Francisco: “Permita-me que faça uma confidência. Para muitos de nós parece que há [em si] uma semelhança nos gestos, na linguagem, na atitude, na paixão evangélica, na abertura para todos com João XXIII”.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Três papas no Vaticano


A gente pensa que há dois Papas e aparece sempre mais um. O Papa dos Coptas. Três no Vaticano. Notícia na Ecclesia. O da direita é aquele de cuja eleição se falava neste texto.

P.e Calado Rodrigues: "Ordenação de mulheres"


Texto do P.e Calado Rodrigues no "Correio da Manhã". Boa síntese do que os Papas dizem sobre a ordenação das mulheres. E como a questão não está fechada. Já agora, na imprensa de hoje, no "Público" em concreto, há uma peça sobre as freiras dos EUA, que, como se sabe, estão em conflito com o Vaticano. Ainda não li o texto. Depois disso, talvez o copie para aqui.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Humor pontifício - 2

Como é agora?

- Ir a Roma e não ver os Papas?
- Ir a Roma e não ver um Papa sequer?
- Ir a Roma e não ver qualquer Papa?

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Encíclica de Francisco escrita por Bento?


Amanhã, dizem, Bento XVI volta ao Vaticano, para habitar no mosteiro Mater Ecclesiae. Entretanto, são várias as vozes que dizem que Francisco pode lançar a sua primeira encíclica lá para o outono. Paolo Rodari, no "La Reppublica" (copiei daqui; em italiano aqui), diz que ela já está mais que mais escrita por… Bento XVI.
Os dois irão se encontrar? Bergoglio, quando sentir a necessidade disso, irá deixar a residência de Santa Marta para ir para o outro lado dos jardins vaticanos para encontrar o seu antecessor? É difícil responder. O que é certo é que uma certa colaboração entre os dois já começou, ao menos no plano teológico. 
De fato, assim como Ratzinger escreveu a sua primeira encíclica, a Deus caritas est, no Natal de 2005, remodelando um texto sobre o qual o seu antecessor, João Paulo II, já estava trabalhando, assim também o Papa Francisco poderia logo entregar à imprensa – diz-se até no próximo outono europeu – a sua primeira carta encíclica, intervindo em um esboço dedicado ao tema da fé que Bento XVI lhe entregou durante o seu último encontro ocorrido em Castel Gandolfo no dia 23 de março.

Se a publicação ocorrer, poderia ser o início de uma colaboração, ainda que discreta, também sobre outras questões. Ratzinger, de fato, do Mater Ecclesiae, estará bem preparado para dar conselhos até mesmo teológicos ao seu sucessor.

O "esboço Ratzinger" dessa nova encíclica, um texto de cerca de 30-40 pastas, teve uma gênese meteórica. Em outubro passado, Bento XVI, abrindo um ano dedicado à fé, pediu que o escritório doutrinal do ex-Santo Ofício trabalhasse em um primeiro esboço que tivesse no centro o tema da fé à luz das suas intervenções a esse respeito, não somente os textos papais, mas também os livros, acima de tudo o livro de 1968 Introdução ao Cristianismo.

Os teólogos vaticanos, depois de algumas semanas, lhe enviaram um texto que ele enviou de volta, pedindo mais trabalho. O segundo esboço lhe foi entregue cerca de um mês antes do anúncio da renúncia ao sólio de Pedro. Ratzinger o manteve consigo, para depois entregá-lo a Bergoglio, dizendo-lhe para decidir o que fazer com ele. Dizem do outro lado do Tibre: "O texto está completo. Doutrinariamente é impecável e bem feito".

A fé foi o tema principal do pontificado de Ratzinger. "Onde Deus está, lá há futuro", foi não por acaso o título que ele quis dar à sua terceira visita à Alemanha em 2011. O programa do pontificado tinha em seu centro a tentativa de reaproximar as pessoas a Deus. Mas o desafio dizia e diz respeito também à Igreja, na consciência mais de uma vez explicitada de que a crise profunda da Igreja hoje "é uma crise de fé". 
Acima de tudo, foi a Igreja que perdeu a bússola, quase não conhecendo mais o ABC da fé. Por isso um ano dedicado ao tema. E por isso uma encíclica agora nas mãos de Bergoglio que, depois de um discurso seu, poderia torná-la pública.

sábado, 30 de março de 2013

Pelos pecados de todos

A propósito da falsa surpresa de o Papa Francisco se ter deitado de bruços no chão da Basílica de S.Pedro, uma leitora, a Teresa, informou que a Ecclesia ilustrou uma notícia com Bento XVI prostrado. Do leitor e amigo Luís Manuel, recebi a mesma foto com a indicação de que se trata da Sexta-feira Santa de 2007. Agradeço aos dois.

Bento XVI na Sexta-feira Santa de 2007

segunda-feira, 18 de março de 2013

Em primeira mão: quem vai ganhar o mundial de 2014

É a Itália, por uma questão de papas. E a Argentina fica em terceiro.

Reparemos.

No mundial de 1982, em Espanha, o primeiro de João Paulo II (houve mundial em 1978, mas o Papa ainda era Paulo VI), ganhou a Itália, onde estava o Papa, e ficou em terceiro a Polónia, país natal do Papa.

No mundial de 2006, na Alemanha, o primeiro de Bento XVI, ganhou a Itália, onde estava o Papa, e ficou em terceiro a Alemanha, país natal do Papa.

No mundial de 2014, no Brasil, o primeiro de Francisco, vai ganhar a Itália, onde está o Papa, e ficar em terceiro a Argentina, país natal do Papa.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...