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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dois textos de João César das Neves

João César das Neves escreveu na segunda-feira, no DN, sobre "A festa dos cinco papas", os quatro da canonização do dia 27 mais um outro.
Ontem foi um dia especial. Dois papas vivos declararam perante o mundo que dois papas mortos estavam na vida plena. A canonização de João XXIII e João Paulo II pelo Papa Francisco, na presença do papa emérito Bento XVI, constitui um acto único na história do mundo. Será que interessa ao mundo?
Ler tudo aqui.

Oito dias antes, JCN escreveu um conto de Páscoa.

O meu amigo fora claro: o seu prédio ficava entre a igreja e a livraria. Cedinho nessa manhã de Páscoa ali estava eu totalmente perdido, apesar das indicações. Ele dissera que não havia nada que enganar, porque a grande cruz no cimo da torre se via à distância. Além disso eu visitara-o há uns anos e esperava reconhecer o local. Apesar disto, não fazia a menor ideia onde me devia dirigir. Estava totalmente perdido.
Ler tudo aqui.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

E eu que pensava que a declaração de santidade de João Paulo II tinha que esperar...

Em Julho, o Papa já tinha confirmado os processos de João Paulo II e de João XXIII. A dupla canonização está marcada para 27 de Abril de 2014, dia em que será comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II.

No Público de hoje. E eu que pensava que a declaração de santidade de João Paulo II tinha que esperar, sei lá, uns 20 aninhos...

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Baptista-Bastos é capaz de ir à missa de Francisco

Mais um franciscólogo instantâneo, Baptista Bastos, no DN de hoje.

Comecei a contar as asneiras - factuais, teológicas, de interpretação, ideológicas - e desisti na dezena. É ler para ver. E rir. Lá para o fim há coisas mais acertadas.

Ele até regressou ao "Por que não sou cristão", de Bertrand Russell, um livro (sim, li-o em adolescente e foi das primeiras obras que me fez tomar consciência de que para ser ateu culto é preciso estar informado sobre religião) que tem argumentos contra o cristianismo deste calibre: O cristianismo não pode ser divino porque Jesus disse aos discípulos que voltaria antes de eles chegarem aos confins de Israel. Ora, eles demorariam quando muito um mês a cumprir tal tarefa e Jesus ainda não voltou.

Estou a citar de cor, mas não estou a inventar. O argumento vem lá, em Russell, matemático de grande nível, sem dúvida, e insólito Nobel da Literatura. Mas o melhor é ler o senhor do laço.


domingo, 23 de junho de 2013

Bento Domingues: "O Pacto das Catacumbas"

Início do texto de Bento Domingues no "Público" de hoje:

João XXIII, um mês antes da abertura do Concílio Vaticano II, na radiomensagem de 11 de Setembro de 1962, espantou os próprios católicos com a declaração: “Hoje, a Igreja é especialmente a Igreja dos pobres”. Em número, esta afirmação não podia ser mais exacta. Por que terá, então, levantado tanta celeuma? Creio que, passados cinquenta anos, continua a ser estranha. O Papa Francisco acaba de surpreender muita gente, com gestos e atitudes, que já deveriam ser uma prática corrente. É certo que o Vaticano II alterou uma eclesiologia piramidal. Mas não podia mudar a mentalidade e representações que foram cimentadas ao longo de séculos. Ainda hoje, quando se fala de Igreja não pensamos logo em comunidades cristãs. Pensamos em padres e na hierarquia eclesiástica presidida pelo Papa, rodeado por um conjunto cardeais, com sede no Vaticano. Essa não é a imagem mais directa da pobreza. Verdadeira ou falsa, não é apenas a propaganda anticlerical a dizer que a Igreja é rica e está ao serviço dos ricos e poderosos.

O resto, aqui, amanhã.

sábado, 15 de junho de 2013

Anselmo Borges: "O Papa Francisco, um novo João XXIII"

Texto de Anselmo Borges no DN de hoje:

1. Quando naquele dia 28 de Outubro de 1958 Angelo Giuseppe Roncalli foi eleito papa, escolhendo o nome de João XXIII, pensou-se que, atendendo à idade, seria um papa de transição. Rapidamente, porém, os mais atentos se aperceberam de que ele chegara para renovar a Igreja. Concretamente, convocando o Concílio Vaticano II, um dos acontecimentos decisivos na história do século XX - houve quem o considerasse até o acontecimento mais importante do século -, operou uma verdadeira revolução na Igreja Católica, com consequências fundamentais para o mundo inteiro.

Era um homem bom, generoso, simples, cristão. Próximo das pessoas - na noite da abertura do Concílio Vaticano II, em 11 de Outubro de 1962, observou que até à Lua o acontecimento não passara indiferente e saudou a todos, solicitando que fôssemos bons uns para com os outros e pedindo aos pais que levassem um beijo do papa para os filhos -, era ao mesmo tempo um conhecedor do mundo: a carreira diplomática levou-o, em tempos conturbados, à Bulgária, Grécia, Turquia e França.

Na inauguração do Concílio, tinha dito que "devemos discordar dos profetas de desgraças, que anunciam acontecimentos sempre infaustos, como se estivesse iminente o fim do mundo". A Igreja, que quer servir a humanidade com a luz de Cristo e aprender a discernir "os sinais dos tempos", "prefere nos nossos dias usar mais o remédio da misericórdia do que o da severidade: julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez da sua doutrina do que condenando erros".

Seis meses depois dessa abertura e quando já se encontrava gravemente doente, publicou, com a data de 11 de Abril de 1963, a encíclica Pacem in Terris, considerada por alguns como a mais importante da história, com imenso eco na opinião pública mundial. Nela, proclama-se a exigência da paz, fundamentada no reconhecimento da dignidade inviolável e dos direitos inalienáveis de todos os seres humanos.

Pelo seu sorriso, bondade, humildade, simpatia, capacidade de renovação a favor da liberdade, verdade e dignidade, ficou conhecido como o "Papa bom". Morreu no dia 3 de Junho de 1963 - neste ano de 2013 celebra-se o cinquentenário da sua morte e da publicação da Pacem in Terris - e foi chorado por todos, crentes e não crentes, políticos e intelectuais de várias ideologias e gente do povo.

2. Quando no passado dia 13 de Março o Papa Francisco apareceu à multidão, simples, quase tímido, inclinando-se e pedindo a bênção e a oração dos fiéis, muitos pensaram que podia vir aí um novo João XXIII. E não têm faltado sinais a confirmar a intuição. Ficou na Casa de Santa Marta, evitando os apartamentos pontifícios; não se esquece dos pobres; anuncia sem cessar o amor, a misericórdia e o perdão de Deus; quer a transparência na Igreja; critica o carreirismo eclesiástico; beija as crianças e os deficientes; recebe sem pompa e senta-se no meio do povo, depois de celebrar a Missa; lavou os pés a mulheres, incluindo uma muçulmana... Pela simplicidade, cordialidade, serviço, Francisco conquistou a simpatia de todos, crentes e não crentes. O Evangelho avança como notícia boa e felicitante.

Mas a Igreja, uma estrutura complexa, também precisa, e urgentemente, de reformas. E Francisco está na disposição de implementá-las, apesar das dificuldades. Os media fizeram-se eco da notícia em todo o mundo. "Reflexión y Liberación", esclareceu entretanto que as declarações atribuídas ao Papa podem não ser completamente textuais, mas exprimem "o seu sentido geral". Numa conversa cordial com a Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosas e Religiosos (CLAR), Francisco disse o que já se sabia, mas agora é dito por ele: "Na Cúria há gente santa, mas também uma corrente de corrupção. Fala-se do lóbi gay, e é verdade: está aí." E advertiu contra certos grupos restauracionistas. "A reforma da Cúria romana é algo que quase todos os cardeais pedimos, nas congregações que precederam o conclave. Eu também a pedi. A reforma não posso fazê-la eu." Mas confia na comissão de oito cardeais de todo o mundo, nomeada por ele: "Vão levá-la por diante."

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Já toda a gente tinha reparado, mas ainda ninguém lhe tinha dito

O Bispo de Bérgamo, diocese-natal de João XXIII, disse ao Papa Francisco: “Permita-me que faça uma confidência. Para muitos de nós parece que há [em si] uma semelhança nos gestos, na linguagem, na atitude, na paixão evangélica, na abertura para todos com João XXIII”.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

João XXIII morreu há 50 anos


João XXIII morreu há 50 anos. O historiador António Matos Ferreira fala deste Papa na Ecclesia. Na imagem, quando ele, o Papa, esteve em Fátima. Era então Patriarca de Veneza.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O livro sublinhado de João XXIII


João XXIII - daqui a dias faz 50 anos que ele morreu - foi núncio em Paris até 1953. Dizem que, apreciando o nível cultural do clero francês e não por ironia, um dia afirmou: "Nenhum padre francês se dá por satisfeito enquanto não fizer gemer as prensas com um livro seu".

Na realidade, lia os autores franceses. Mais tarde foi encontrado entre os seus haveres um livro intitulado "Verdadeira e falsa reforma na Igreja", sublinhado e anotado, publicado originariamente em 1950. Autor: Yves Congar, o teólogo mais influente no II Concílio do Vaticano.

domingo, 19 de maio de 2013

Bento Domingues: "Celebrar a subversão"

Dois parágrafos do texto de Bento Domingues no "Público" de hoje:

No campo católico, a reforma litúrgica do Vaticano II, sem perder o sentido plural da ritualidade, tentou vencer a doença da obsessão ritualista. O fundamentalismo de uns, a incultura de outros, a preguiça e a mediocridade geral têm dificultado os caminhos de uma genuína criatividade. Em nome da ortodoxia e da piedade, está a ressurgir, em alguns grupos e paróquias, a mentalidade restauracionista.
...
O mundo não parou em 1965. Para se tornar católica, a Igreja no seu devir na história humana tem de rever, continuamente, as suas posições. Não pode dizer que não há alternativas. As configurações actuais dos ministérios ordenados já não correspondem ao que deles se deve exigir, para estarem abertos às surpresas do Espírito de Cristo, que não é exclusivo dos homens. A exigência desta mudança e da reforma da Cúria estão interligadas.
Esta é uma das prosas admiráveis do dominicano. E irritante para alguns dos leitores deste blogue. Amanhã estará cá o texto todo.

domingo, 5 de maio de 2013

Bento Domingues: "Ditadura do medo"


Bento Domingues no “Público” de hoje.

Importa que a DSI passe a ser reelaborada com o contributo de especialistas das ciências sociais. Qual é o papel da Doutrina Social dos Papas nas Universidades Católicas e das investigações das Universidades Católicas na elaboração da DSI? Mas, para se poder chamar, com verdade, DSI tem de seguir a eclesiologia do Vaticano II (Lumen Gentium, 36 e a Gaudium et Spes). A Igreja é constituída pelas mulheres e homens que se reconhecem em Jesus Cristo. Todos juntos, não teremos medo.

Texto na integra, aqui, a amanhã.

domingo, 14 de abril de 2013

Jorge Miranda recorda a "Pacem in Terris


Texto de Jorge Miranda no "Público" de sexta-feira, 12 de abril.

A encíclica "Pacem in Terris" fez 50 anos no dia 11 de abril. Deveria ter recordado a data aqui, mas passou-me, como outras coisas por estes dias (incluindo algumas bastante curiosas com o Papa Francisco, mas sobre estas espero ainda escrever). O blogue Religionline recordou a encíclica aqui. E remeteu para alguns destes deste meu blogue.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...