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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O lado espiritual de Máximo Ferreira


Máximo Ferreira (quem não despertou para a astronomia lendo as suas crónicas no "Público" na década de 90?) no final de uma entrevista do DN de hoje:

Falou em fé. Tem fé em Deus? Há muitos cientistas que acreditam?


Não. Devo confessar que por volta dos 17 anos fui quase ateu, mas depois, sem nenhum esforço, tornei-me simplesmente agnóstico. É uma questão que não tem que ver propriamente com a ciência. Há cientistas que se sentem bem com essa componente espiritual. Não tantos assim, mas há alguns. Há um indivíduo que é professor catedrático na Faculdade de Ciências, agora já jubilado, que é padre e ensinava Física Nuclear. Saía da faculdade no Príncipe Real e ia à Igreja de São Mamede dizer a missa. Não podemos é querer usar isso como argumento e dizer se aquele cientista acredita em Deus é porque Deus existe, ou o contrário. O lado espiritual está dentro da pessoa, pode contribuir para o seu bem-estar, não vejo mal. Agora, não preciso de Deus para as minhas coisas.


Nota: Julgo que se refere ao P.e João Resina, que morreu há uns anos (mais que jubilado, portanto). Mas se houver outro padre, prof. de Física numa universidade de Lisboa, que me emendem, p.f.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mas é certo que vai acabar


Hoje, em alguma imprensa, fala-se do fim do mundo agendado para amanhã. Por causa da tal pseudoprofecia maia. É curioso que vão perguntar a opinião a astrónomos e não a escatólogos, embora o tema seja, também, tipicamente religioso e mesmo cristão. Claro, os sábios das sociedades seculares são os cientistas, não os teólogos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Anselmo Borges: "Ciência e religião: um desafio, não um conflito"


Texto de Anselmo Borges no DN de hoje.

George Coyne, s.j.

Ele sabe do que fala. É o jesuíta George Coyne, director emérito do Observatório do Vaticano, onde desempenhou um papel relevante no quadro das relações entre conhecimento científico e religião, dialogando com alguns dos mais prestigiados cientistas contemporâneos: Stephen Hawking e Richard Dawkins, entre outros.

Numa entrevista à US Catholic, defende precisamente que, mesmo que a Igreja nem sempre tenha sido dessa opinião, entre a ciência e a religião não há conflito, mas um desafio, ajudando ambas, desde que se trate da verdadeira fé religiosa e da verdadeira ciência, a compreender um universo dinâmico e criativo.

O universo é "um desafio incrível". Em primeiro lugar, lida-se com números avassaladores: o universo tem 13 700 milhões de anos - mil milhões é um seguido de nove zeros - e o número de estrelas existentes, nos cem mil milhões de galáxias, é um seguido de 22 zeros.

Neste universo gigantesco, não podemos, pois, excluir a existência noutras paragens de vida inteligente. E nós, como aparecemos nós? Isto aconteceu por acaso ou num processo necessário? Tudo foi por acaso ou por necessidade?

A sua resposta: "Segundo a ciência moderna, pelas duas coisas ao mesmo tempo: somos o resultado do acaso e da necessidade num universo fértil." O nosso Sol é uma estrela de terceira geração. Precisamos de três gerações de estrelas para conseguir uma capaz de fornecer os elementos necessários para a vida. É isso que se quer dizer com a fertilidade do universo: mediante processos físicos no universo, construir a química necessária para a vida.

É preciso contar com as leis da natureza. Por exemplo, quando dois átomos de hidrogénio se encontram, pode formar-se uma molécula de hidrogénio, mas também pode acontecer que não, devido às condições de temperatura e pressão. Não deve surpreender-nos que, por acaso, dois átomos se encontrem num momento em que as condições são adequadas, formando uma molécula de hidrogénio. Isso é "acaso", mas também é algo mais. Podemos determinar uma probabilidade de que isso aconteça. Nalgumas galáxias, é mais provável. É uma combinação de acaso e de necessidade, mas, num universo fértil, há muitas possibilidades de que isso ocorra.

Então, "com toda esta química à disposição durante 14 mil milhões de anos, o acaso e a necessidade trabalharam juntos para construir moléculas cada vez mais complexas. Assim, obtemos proteínas, aminoácidos e açúcares, ADN, fígados, corações, e, por fim, o cérebro humano, através da evolução biológica".

Conhecemos, portanto, o processo científico que nos levou a ser o que somos. Foi Deus que fez isto? "Falando como cientista, a minha resposta é: não sei." A ciência não tem possibilidade de responder. Posso ficar e fico surpreendido com a existência deste movimento. Para mim, como cientista, "o ser humano é um organismo biológico complexo" e "não posso falar sobre o seu carácter espiritual"; "como objectos materiais no universo, seria difícil para mim, como cientista, defender que somos especiais". A criação tem carácter evolutivo e há processos aleatórios, e não sabemos completamente para onde se dirige. Enquanto cientista, "também não posso falar de Deus", pois, nessa altura, não estaria a fazer ciência. "Creio que é muito importante na sociedade moderna, sobretudo na América, não confundir o que sabemos pela ciência com o que sabemos pela filosofia, a teologia, a literatura e a música."

Há cientistas que dizem que os crentes estão enganados, mas a maioria respeita profundamente a fé religiosa. Aliás, o próprio ateísmo "já é uma prática da fé", pois "um ateu não pode demonstrar que não há Deus". A experiência humana é mais ampla do que as explicações racionais, e "a fé vai para lá da razão, mas não está em contradição com a razão". G. Coyne acredita no Deus revelado por Jesus.

De novo: o homem é especial? "Ser especial enquanto peça material no universo é uma coisa; ser especial ao conhecer a história religiosa e viver uma vida cheia de fé é outra. Mas continua a ser um desafio."

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Calisto III excomungou mesmo o cometa Halley?


Vem na "Super Interessante - Especial" de agosto que Calisto III excomungou o cometa Halley em 1456. Mas terá sido mesmo assim?

Numa primeiríssima pesquisa - ok, foi dar à Wikipedia, mas respondeu ao assunto, aqui - encontro o seguinte:
Según una versión conocida por primera vez en una biografía póstuma, y luego embellecida y popularizada por el matemático francés del siglo XVIII Pierre-Simon Laplace, Calixto III habría excomulgado al cometa Halley en 1456, con ocasión de su aparición sobre Europa. 
La razón de la curiosa medida estaría fundamentada en la tradicional creencia en los cometas como símbolo de mal agüero, que en particular en aquella oportunidad lo sería contra los defensores cristianos de la ciudad de Belgrado, sitiada por los otomanos. Esta versión, sin embargo, carece de sustento histórico firme. La bula de Calixto III del 29 de junio de 1456, en donde solicita las oraciones de los fieles para el triunfo de la cruzada, ni siquiera menciona al cometa. Para el 6 de agosto de 1456, cuando el sitio de la ciudad fue roto por los defensores, hacía varias semanas que el cometa había dejado de ser visible.
Um outro artigo, dedicado ao cometa, diz que Calisto III mandou rezar o Angelus ao meio dia (rezava-se à tarde), mas não fala em excomunhão (aqui).

Enfim. Se a lenda tem mais piada que a realidade, imprima-se a lenda.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mais um milagre do sol

No DN de hoje. Ok, não é um milagre, mas é uma coincidência muito grande. Tão grande que é milagrosa. Outra vez no 13 de maio. Ver aqui milagre do ano passado. Mas se voltarem a acontecer, começam a ficar banais.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

24 de fevereiro de 1582. Gregório XIII publica a bula que reforma o calendário

 Pormenor do túmulo de Gregório XIII, sobre a introdução do novo calendário

Foi no dia 24 de fevereiro de 1582 que Gregório XIII publicou a bula “Inter gravissimas”, que reformou o calendário juliano. Hoje, o calendário gregoriano é seguido pela maioria dos países, incluindo a China, desde 1949. A diferença principal entre o calendário juliano o gregoriano prende-se com os bissextos. No primeiro, há anos bissextos de quatro em quatro anos. No segundo, segue-se essa regra, mas acrescenta-se mais duas: 1) os anos divisíveis por 100 e cujo resto é zero – 1700, 1800, 1900… – não são bissextos; 2) mas os anos divisíveis por 400 já são, como foram os de 1600 e 2000. Com isto aproximou-se o ano do calendário ao ano solar. 

Agora, o ano gregoriano, em média, tem mais 27 segundos do que o ano solar, o que quer dizer que no ano 4782 (passados 3200 anos de entrada em funcionamento do calendário gregoriano) será necessário suprimir um dia, pois haverá 86 400 segundos de desfasamento, um dia completo. Se esse ano fosse bissexto, bastava suprimir o 29 de fevereiro. Mas não é.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

19 de fevereiro de 1473. Nasce Copérnico


Astrónomo e matemático, padre da Igreja Católica, cónego, Nicolau Copérnico nasceu no dia 19 de fevereiro  de 1473 e morreu no dia 24 de maio de 1543, na Polónia.

Deixou escrita a obra “De revolutionibus orbium coelestium”, “Acerca das revoluções das esferas celestes”, que revolucionou de facto a astronomia. A obra foi publicada logo após a sua morte, embora tivesse sido escrita décadas antes. Estava dedicada ao Papa Júlio III.

No início, o heliocentrismo não causou qualquer problema entre os católicos, mas mereceu a reprovação da parte de Lutero (1483-1546), que conhecia as teses do livro mesmo antes de ser publicado. Com o caso Galileu, umas décadas mais tarde, o heliocentrismo, em confronto com a Bíblia, tornar-se-ia um problema para a intelectualidade católica, apegada à interpretação literal do livro de Josué.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Oração de Kepler



Kepler, que fazia astrologia para poder dedicar-se à astronomia, escreveu:


"Depois de ter falado das obras do Criador, nada mais me resta senão desviar os meus olhos e as minhas mãos do quadro das demonstrações, para os elevar em direcção ao céu, para dirigir a minha humilde oração ao Autor de toda a luz".

domingo, 18 de dezembro de 2011

Somos únicos no universo?


Num artigo sobre as quatro eras da astrobiologia (as eras física, química, biológica e cognitiva), o astrofísico brasileiro Marcelo Gleiser afirma, contra certa divulgação científica, que a vida inteligente no universo pode ser rara (até na Terra - acrescento). Vale a pena ler pela simplicidade e concisão dos conhecimentos. Ler tudo aqui.
Sabemos que, em torno de 3,8 bilhões [mil milhões] de anos atrás, a vida surgiu aqui na Terra, composta dos restos de estrelas que explodiram em nossa vizinhança cósmica. Possivelmente, ela surgiu também em outros lugares, tanto antes quanto depois de ter surgido aqui. A quarta era, que chamo de era cognitiva, é bem mais recente, começando há menos de meio milhão de anos na Terra. Pode ter começado um ou dois bilhões de anos antes daqui, mas não muito mais do que isso. A vida demora a evoluir de seres unicelulares a seres multicelulares e, destes, a seres inteligentes, se é que o faz. A diversidade da vida em um planeta depende de sua história. A vida que encontramos aqui só existe aqui. Mesmo se a vida for de fato comum no Cosmo, é pouco provável que a vida inteligente o seja. Deste modo, somos únicos no universo.
Entrevista de Marcelo Gleiser numa recente passagem por Portugal.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O medieval João do Bosque Sagrado dizia que a Terra é esférica


Do "Tractatus de Sphaera", de John of Holywood

Afirmando que para a generalidade dos medievais a Terra era esférica (no séc. XIX, o pensamento laico atribuiu a todo o pensamento cristão medieval a ideia de que a Terra era plana para defender que tal como se tinham enganado acerca da esfericidade, assim as igrejas podiam enganar-se acerca da origem das espécies), Umberto Eco escreve que tinham sido dessa opinião Orígenes e Ambrósio, Alberto Magno e Tomás de Aquino, Roger Bacon e John of Holywood, “só para citar alguns” (pág. 211 de “Construir o Inimigo e outros escritos ocasionais”, na Gradiva).

Ora, intrigou-me este John of Holywood, que não sendo da Hollywood dos “movies”, parecia ser de alguma terra inglesa chamada Holywood. Na realidade, sabe-se que este John tinha origens inglesas (ou irlandesas, ou escocesas), mas não se sabe onde nasceu. Viveu entre 1196 e 1256 (mais velho que Tomás de Aquino, que nasceu em 1225), foi astrónomo, professor em Paris. Escreveu um “Tractatus de Sphaera”, um dos mais populares livros medievais de astronomia. E a Terra é esférica, como sugere o título.

John of Holywood era mais conhecido como Johannes de Sacrobosco. Ou Sacro Bosco. Daí o Holywood.

sábado, 12 de novembro de 2011

Se Deus tem alguma coisa a ver com o neutrino...


João Magueijo (foto e uma outra entrevista aqui), que há pouco lançou o livro «O Grande Inquisidor», centrado na figura do físico italiano Ettore Majorana, que previu a existência do neutrino 50 anos antes de ser confirmada, deu uma entrevista à “Ler” de Novembro. Entrevistou-o Carlos Vaz Marques. A entrevista acaba com um diálogo sobre Deus. O que diz, como ateu, é quase exactamente o que penso, com algumas adaptações, como crente. Acreditar ou não acreditar não tem a ver com a ciência. De acordo. Mas ele não acredita porque faz mal à saúde, à História, a tudo. Aqui penso precisamente o contrário.

Sendo ateu alguma vez se lhe colocou a questão religiosa no trabalho que faz? 
É completamente indiferente ser ateu ou não ser. Não tem nada a ver com o facto de ser cientista. 
Claro, mas agora já estamos fora do âmbito científico; estamos no âmbito filosófico e metafísico. 
Não acredito em Deus por razões filosóficas, pessoais e humanas. Mesmo que a física provasse a existência de Deus, não devíamos acreditar em Deus. 
Porquê? 
Porque acho que faz mal. Faz mal à saúde, à nossa História, faz mal a tudo. Não sou dogmático mas penso isto, profundamente. O ser ateu não tem nada a ver com a ciência. Aliás, isto nem é ser ateu, é ser antiteísta: é ser mesmo contra a ideia de Deus. Tenho muitos amigos religiosos e não vou ser evangélico a este respeito. Tentar provar que Deus não existe com ciência é tão estúpido como usar os argumentos criacionistas. Isto é uma escolha pessoal, humana.
Mas há a célebre frase de Einstein que dizia que Deus não joga aos dados. 
É uma metáfora. Quando ele disse essa frase não estava a falar de Deus.
O que ele estava a dizer é que há regas na física. 
Sim. Disse-o de uma maneira mais colorida, De vez em quando também uso expressões com Deis isto e Deus aquilo.
O neutrino pelos vistos baralha um pouco tais regras e se calhar faz pensar que Deus é capaz de jogar aos dados. 
Se Deus tem alguma coisa a ver com o neutrino deviam internar Deus para tratamento psiquiátrico.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Será que a ciência provou que Deus não existe? 2.ª Parte

Parte da astrónoma Teresa Lago sobre o debate à volta do último livro de Stephen Hawking, no "Q. Quociente de Inteligência" do sábado passado (ver primeira parte aqui). Nos próximos tempos, não há sinais de tédio no céu.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Será que a ciência provou que Deus não existe? 1.ª Parte

A parte do P.e Joaquim Carreira das Neves sobre o debate à volta do último livro de Stephen Hawking, no "Q. Quociente de Inteligência" do sábado passado (ver aqui também). Será que a ciência provou que Deus não existe?



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A fonte Q está no DN aos sábados



O DN publica ao sábado o suplemento "Q. Quociente de Inteligência". Esta é a capa do número dois, que saiu no sábado passado. Para quem gosta de letra de jornal miudinha e artigos longos, que é o meu caso, é óptimo. Já perdi umas boas horas a ler uns artigos e ainda não li tudo o que queria destas 24 páginas, enquanto há outros jornais bem maiores - estou a pensar num obeso que sai aos sábados - que não duram tanto tempo.
Neste "Q", destaque para os artigos de Joaquim Carreira das Neves, padre, e Teresa Lago, astrónoma, sobre o livro em que Hawking pretende dispensar Deus da criação (talvez ainda digitalize e copie para este blogue as seis páginas em questão).

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Escuro por entre as estrelas



Ah, não! Nunca pensei senão
Que Deus é essa grande ausência
Na nossa vida, o vazado silêncio
Interior, o lugar onde vamos
Buscar, sem esperança, vamos,
De chegar ao achar. Ele cuida dos interstícios
Do nosso saber, o escuro por entre as estrelaa,


R. S. Thomas, "Via Negativa"

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bulgakov, o asteróide


Não sabia que Bulgakov era o filho mais velho de um professor de Teologia. Li no “Ípsilon” de hoje. Explica algo da obra-prima que é “Margarita e o Mestre”.

Uma das novidades da rentrée literária é que vai ser publicado na Presença o seu romance “A Guarda Branca”. É neste livro que está parte da biografia do autor russo - a parte que não está em “Margarita e o Mestre”.

O suplemento do “Público”, num texto de Rui Lagartinho, termina assim a peça de onde retirei estas informações:
A advertência vem no final de “A Guarda Branca”: “Tudo passa. Sofrimentos, dores, sangue, fome e peste. A espada vai desaparecer, mas estrelas vão permanecer no céu quando nem uma sombra dos nossos corpos e das nossas obras ficar no mundo. Não há ninguém que não saiba. Então porque não queremos volver os nossos olhos para elas? Porquê?” 
A verdade é que, se olharmos para o céu, veremos Bulgákov. Em 1982, a astrónoma russa Lyudmila Karachina baptizou com o nome dele o asteróide que acabava de descobrir.
O asteróide 3469 Bulgakov já está na Wikipedia.

sábado, 18 de junho de 2011

18 de Junho de 1178. Cinco monges de Cantuária testemunham a formação da cratera de Giordano Bruno


Segundo o cronista da abadia de Cantuária, no dia 18 de Junho de 1178, ao início da noite, cinco monges viram “dois raios de luz” a sair do lado obscuro da Lua. Em 1976 o geólogo Jack Hartung lançou a hipótese de se tratar da formação da cratera de Giordano Bruno. De vez em quando a cratera pode ser vista da Terra, devido à oscilação da órbitra da lua, a libração.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As obras das tuas mãos


Grande é o nosso Deus,
grande é o seu poder
e a sua sabedoria é infinita.
Louvai-o, ó céus!
Louvai-o, Sol, Lua e planetas,
na língua que vos foi dada
para louvar o vosso Criador.

E também tu, minh’alma, canta,
canta o mais que puderes
a honra do Senhor.

Dele e para Ele são todas as coisas,
mesmo as que ainda
nos são desconhecidas
e as que já conhecemos.

A Ele Louvor, Honra e Glória
pelos séculos dos séculos.

Johannes Kepler (1571 - 1630)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Boa nova: Portal Universal de Cosmologia

"Smiley astronómico". No dia 1 de Dezembro de 2008 os céus sorriram para a Terra graças a um alinhamento de Vénus, Júpiter e da nossa Lua, criando um alegre smiley astronómico. Isto ocorreu apenas na Ásia. Na América, onde a fase da lua era a oposta, o que se viu foi um smiley triste... Legenda e imagem retiradas de Obviousmag.org


Boa nova cosmológica:

O Vaticano vai lançar em breve o Portal Universal de Cosmologia, para que o público “possa conhecer a autêntica revolução que as missões especiais produziram no conhecimento do Universo”, informou o Conselho Pontifício da Cultura.

O portal, resultante de uma parceria com a Agência Espacial Italiana (ASI, na sigla italiana), será dirigido por Gianfanco Basti, decano da Faculdade de Filosofia da Universidade Pontifícia Lateranense, em Roma.

A Universidade Lateranense coordenará o portal e introduzirá as temáticas teológico-filosóficas, enquanto o ASI terá a seu cargo a secção estritamente científica, com o objectivo de difundir a cultura espacial.

O acordo com a ASI foi assinado no âmbito do projecto STOQ, do Vaticano (STOQ - sigla inglesa para "Science, Theology and the Ontological Quest", Ciência, Teologia e Procura Ontológica).

Li no Religión Digital.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Galileu disse: "Eppure, si muove?"


No “Público” de hoje António Pinheiro Torres escreve (a propósito das presidenciais e de uma candidatura, inexistente, do centro-direita, mas isso não interessa aqui): “(…) Eppure, si muove (no entanto, move-se), como terá dito Galileu, depois de levado a retractar-se em 1633 da sua posição de que a terra se movia em torno do sol…”

Na realidade, não está provado que Galileu tenha dito tal frase (naturalmente, não se pode provar que a não tenha dito). Os documentos da altura sobre o processo, abundantes, não a referem. A frase surgiu pela primeira vez na “Italian Livrary”, publicada em Londres em 1757, volvidos mais de cem anos sobre a condenação da Inquisição.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...