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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Eu cliquei num banner...

Jesus, Gandhi e a Madre Teresa clicam pela UNICEF. Eu sei que alguns católicos não gostam de determinadas práticas deste organismo das Nações Unidas, mas os vídeos... Ainda não parei de rir. Obrigado, H.V.





domingo, 4 de março de 2012

Coisa bela

Tu sabes fazer alguma coisa que eu não sei. Eu sei fazer alguma coisa que tu não sabes. Juntos, façamos alguma coisa bela para Deus.


Madre Teresa de Calcutá

sábado, 17 de dezembro de 2011

Leiamos os ateus que lêem muito


“Vamos continuar a lê-lo por muitos anos. Para, como ele gostava, concordar e discordar”, escreve José Manuel Fernandes no “P2” de hoje, sobre Christopher Hitchens, que morreu no dia 15 de Dezembro nos EUA.

Hitchens era um homem de excessos, tanto na saúde (“bebo diariamente o suficiente para matar ou inutilizar uma mula”) como na escrita e na ideologia. “Move-se exclusivamente em função daquilo em que acredita em cada momento, sem olhar a conveniências, sem preocupações de grupo, sem olhar a inimizades”. Tanto desagradava a esquerda quando escrevia que o “feto era um ser vivo desde o momento da concepção”, diz JMF (eu escolheria outras palavras, mas percebe-se a ideia), como enervava a direita quando criticava o sionismo e apostolava pelo ateísmo.

Escreveu um livro contra a Madre Teresa de Calcutá, “A Posição do Missionário”, porque dizia que ela defendia a pobreza e não os pobres. O livro esteve para chamar-se “Vaca Sagrada”.

JMF diz que Hitchens, pela “sinceridade desconcertante”, pela “frontalidade tonitruante”, “merece fazer parte do panteão sagrado dos grandes intelectuais públicos”.

Não me parece. Daqui a três ou quatro anos, Hitchens parecerá do século passado. Mas como leitor de “deus não é Grande” (é assim que é o título da obra publicada na Dom Quixote), confesso que aprendi alguma coisa – factos e cultura geral. Mas muitos factos podem não fazer uma razão. Um exemplo: diz Hitchens, e não é mau que qualquer católico o saiba, para ir mais fundo, que Tertuliano (não um padre da Igreja, como diz, porque morreu fora da ortodoxia, mas, mesmo assim, teólogo considerado pela Igreja), descrevendo o paraíso, diz que “um dos prazeres mais intensos da vida depois da morte seria a contemplação eterna das torturas dos condenados” (pág. 75). Aprende-se sempre com os ateus que lêem muito.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Madre Teresa de Calcutá deixou-nos há 14 anos

Madre Teresa de Calcutá morreu há 14 anos. É recordada hoje na secção "No passado", no "Público". O texto de António Marujo diz que "em 1986, em Portugal, [Madre Teresa] dizia que não tinha «muito tempo a perder» com visitas a santuários. «Os pobres estão a morrer; é preciso salvá-los»".


Recordo um texto de Anselmo Borges do ano passado (aqui):
Para mostrar a sua atitude face à vida, o jornalista Jesus Bastante, sintetizou, no estilo pergunta-resposta, o que chamou o "testamento" de Madre Teresa: 
O dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Equivocar-se. O maior obstáculo? O medo. A raiz de todos os males? O egoísmo. O maior erro? A guerra. A distracção mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desalento. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar. O pior sentimento? O rancor. A pessoa mais perigosa? A que mente. A via mais rápida? O caminho certo. A maior satisfação? O dever cumprido. O melhor remédio? O optimismo. A mais bela de todas as coisas? O amor. As pessoas mais necessárias? Os pais. O mais imprescindível? O lar. O melhor presente? O perdão. O sentimento que mais te bloqueia? A tristeza. O que te faz mais feliz? Ser útil aos outros. A força mais poderosa do mundo? A fé. O maior mistério? A morte. A sensação mais agradável? A paz interior. 
Depois, como lema de vida, reflectindo sobre o tempo: "Vou passar pela vida só uma vez. Por isso, alguma coisa boa que possa fazer ou alguma amabilidade que possa ter com um ser humano devo fazê-la agora, pois não passarei outra vez por aqui".

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O anjo e o monstro - Madre Teresa de Calcutá e Lady Gaga comparadas pelo "The Economist""



Um artigo do "The Economist" compara Lady Gaga e Madre Teresa de Calcutá, que pelos vistos são modelos de gestão de empresas e organizações. 
Madre Teresa usava o mesmo hábito todos os dias: um sari branco com três listras azuis, refletindo seus votos de pobreza, castidade e obediência. Lady Gaga, ao contrário, não é um exemplo de castidade ("Baby when it’s love if it’s not rough it isn’t fun" [algo como “Baby, quando é amor, se não é rude, não tem graça”], ela canta). 
No entanto, as diferenças entre as duas mulheres podem importar menos do que as suas semelhanças. Ambas são venerados. Madre Teresa ergueu as suasMissionárias da Caridade do nada em uma operação global presente em mais de 100 países. Lady Gaga tem a previsão de ganhar mais de 100 milhões em 2011 e pode em breve ultrapassar supergrupos como o U2. 
Ambas as mulheres também são modelos para líderes corporativos, de acordo com duas publicações recentes, Mother Teresa, CEO, um livro de dois executivos, Ruma Bose e Lou Faust, e Lady Gaga: Born This Way?, um estudo de caso de Jamie Anderson e Jörg Reckhenrich, da Escola de Gestão da Antuérpia, e de Martin Kupp, da Escola Europeia de Gestão e Tecnologia. 
Não é apenas pelo fato de que, no início de suas carreiras, elas tenham trocado nomes longos e mal pronunciáveis para nomes mais curtos e cativantes: Agnes Gonxha Bojaxhiu tornou-se Madre Teresa; Stefani Germanotta tornou-se Lady Gaga. Como as duas publicações argumentam, ambas tiveram sucesso ao desenvolver marcas simples e claras que, coincidentemente, se identificavam com as pessoas de fora. 
Madre Teresa fazia seu ministério junto aos pobres e aos doentes: pessoas "evitadas por todos". Lady Gaga se descreve como "uma alma aberradora, aventureira, perdida em busca de pares". Ela assegura seus fãs que não tem problema em ser diferente. Essa é uma mensagem reconfortante não só para os gays, mas também para a maioria dos adolescentes.
 Ler tudo aqui.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O burrito de Jesus

Entrada em Jerusalém, por Giotto

Para não cair no orgulho, julgando-se merecedora dos aplausos, quando a louvavam pelas suas atitudes em favor dos mais pobres, Madre Teresa de Calcutá dizia que nessas ocasiões imaginava que era Domingo de Ramos. Na entrada triunfal do Messias em Jerusalém, montado num equídeo, entre as aclamações de multidão, pensava a santa que era ela o burrito que levava Jesus.

O caso foi contado por Helder Câmara. Li aqui.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Noite escura


Por muito que a fé seja profunda, ou provavelmente por isso mesmo, não se evita a “noite escura da alma”, como os mais ou menos místicos bem sabem, de João da Cruz a Teresa de Calcutá. Por isso, Teresa de Ávila afirmou: “Se assim tratais os vossos amigos, não admira que tenhais tão poucos!”

sábado, 4 de setembro de 2010

Anselmo Borges: Madre Teresa e o tempo

Texto de Anselmo Borges no DN de 4 de Setembro de 2010


Se Madre Teresa de Calcutá fosse viva, teria feito cem anos na passada semana. De facto, A. Gonxha Bojaxhiu, mais tarde Madre Teresa de Calcutá, nasceu no dia 26 de Agosto de 1910, em Skopje (Albânia), actual capital da República da Macedónia. Mas diria mais tarde: "Realmente nasci no dia em que um leproso abandonado na rua morreu nos meus braços e me disse: 'Vivi como um cão, mas parto deste mundo como um anjo'".

Religiosa das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, deixou a Congregação, após uma experiência mística, em 1946, na qual teve a inspiração de dever entregar-se inteiramente ao serviço amoroso dos mais pobres entre os pobres, nos quais via o próprio Jesus.

A antiga professora começou então o que alguns chamaram o "magistério evangélico" de acudir a Jesus nos mais necessitados. Nasceu daí a Ordem das Missionárias da Caridade, hoje com mais de 700 casas em todo o mundo e um total de 5000 religiosas, que conta também com um imenso número de voluntários, que, seguindo o seu exemplo, dedicam parte do seu tempo a cuidar de doentes terminais recolhidos nas ruas, mães necessitadas, crianças deficientes.

Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1979. No seu discurso, desafiou os presentes a irem ao encontro dos que também no Ocidente são apanhados pela pobreza não só de bens materiais, mas também de amor e atenção.

Nas suas casas, não se faz discriminação: são atendidos tanto os cristãos como os hindus, os budistas, os muçulmanos ou outros.

Tornou-se uma das pessoas mais admiradas do mundo por crentes e não crentes. Junto ao túmulo vêem-se permanentemente pessoas de diferentes condições sociais e credos. Madre Teresa de Calcutá é verdadeiramente uma santa global e ecuménica. Não se percebe como é que o Vaticano ainda procura um "milagre" para a canonização, quando os únicos milagres são os do amor e esses já estão presentes na obra de Madre Teresa. O mesmo se poderia dizer do nosso Padre Américo.

Para mostrar a sua atitude face à vida, o jornalista Jesus Bastante, sintetizou, no estilo pergunta-resposta, o que chamou o "testamento" de Madre Teresa:

O dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Equivocar-se. O maior obstáculo? O medo. A raiz de todos os males? O egoísmo. O maior erro? A guerra. A distracção mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desalento. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar. O pior sentimento? O rancor. A pessoa mais perigosa? A que mente. A via mais rápida? O caminho certo. A maior satisfação? O dever cumprido. O melhor remédio? O optimismo. A mais bela de todas as coisas? O amor. As pessoas mais necessárias? Os pais. O mais imprescindível? O lar. O melhor presente? O perdão. O sentimento que mais te bloqueia? A tristeza. O que te faz mais feliz? Ser útil aos outros. A força mais poderosa do mundo? A fé. O maior mistério? A morte. A sensação mais agradável? A paz interior.

Depois, como lema de vida, reflectindo sobre o tempo: "Vou passar pela vida só uma vez. Por isso, alguma coisa boa que possa fazer ou alguma amabilidade que possa ter com um ser humano devo fazê-la agora, pois não passarei outra vez por aqui."

No início de um novo ano lectivo e do retomar das lutas diárias, incluindo as políticas, é um lema urgente para todos.

Aí ficam também as palavras do Padre António Vieira sobre os pecados do tempo: "Uma das coisas de que se devem acusar e fazer grande escrúpulo os ministros é dos pecados do tempo. Porque fizeram o mês que vem o que se havia de fazer o passado; porque fizeram amanhã o que se havia de fazer hoje; porque fizeram depois o que se havia de fazer agora; porque fizeram logo o que se havia de fazer já. Tão delicadas como isto hão-de ser as consciências dos que governam, em matérias de momento. O ministro que não fez grande escrúpulo de momentos não anda em bom estado; a fazenda pode-se restituir, a fama, ainda que mal, também se restitui, o tempo não tem restituição alguma".

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eu não protesto, dou forças para protestarem

Já tinha ouvido várias vezes a história. Deve ter-se repetido em todos os continentes, em todos os países onde esteve Madre Teresa de Calcutá. Esta passou-se em Setúbal, no Auditório da Anunciada, no início da década de 1980. Contou-a D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, nas páginas da “Família Cristã”.

Pergunta jornalista:

- Então, irmã, não acha que era mais humano e mais evangélico convencer os pobres a protestarem contra quem os explora, em vez de os manter assim alienados?

A religiosa responde sem demora:

- Vocês têm razão, mas para protestarem, precisam de força e eu forneço-lhes comida para conseguirem as forças necessárias para protestarem.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Inês Pedrosa sobre Madre Teresa de Calcutá

Ainda no dia dos cem anos de Madre Teresa de Calcutá, reli o que Inês Pedrosa escreveu sobre ela em “20 mulheres para o séc. XX” (D. Quixote). “Vedeta do sacrifício”, diz a escritora. Talvez, mas não porque ela pretendesse. Mulher com “estatuto inédito de santa viva”. E fico a saber que há um “nunbun” (“bolo de freira”; abundam imagens na Internet). A forma como acaba é muito sugestiva e revela também o humor da Madre:

“Aos 87 anos, muito próxima da morte, Teresa de Calcutá ria-se das repetidas falhas do seu coração. Não tinha medo da morte, que acabaria por a levar a 5 de Setembro de 1997, porque tinha a certeza de que «morrer é voltar para casa». E, nas sucessivas saídas do hospital, contava esta anedota sobre si própria: «S. Pedro deve ter dito: Deixem-na estar aí. Não há bairros de lata no Céu»”.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nunca te detenhas - Texto de Madre Teresa de Calcutá

Amanhã faz 100 anos que nasceu Agnes Gonxha Bojaxhiu, mais tarde conhecida por Madre Teresa de Calcutá. Recordo-a com este texto.

Nunca te detenhas

Tem sempre presente que a pele vai ficando enrugada, que o cabelo se torna branco, que os dias se vão convertendo em anos, mas o mais importante não muda! A tua força interior e as tuas convicções não têm idade. O teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha. Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida. Atrás de cada trunfo, há outro desafio.

Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo. Se sentes saudades do que fazias, torna a fazê-lo. Não vivas de fotografias amareladas. Continua, apesar de alguns esperarem que abandones. Não deixes que se enferruje o ferro que há em ti. Faz com que, em lugar de pena, as pessoas sintam respeito por ti. Quando, pelos anos, não consigas correr, trota. Quando não puderes trotar, caminha. Quando não puderes caminhar, usa a bengala. Mas nunca te detenhas!

Madre Teresa de Calcutá

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A velhinha inspiradora

Devi Shetty

Devi Shetty é chairman do grupo Narayana Hrudyalaya. Este grupo indiano está a fazer uma “cidade da saúde”. Inaugurou 500 camas há dias e espera inaugurar mais 500 por ano nos próximos nove anos. Li isto num artigo de opinião de Eugénio Viassa Monteiro (autor do livro “O Despertar da Índia”), no “Público” de 15 de Agosto de 2010. Título: “Revolução da saúde da Índia”.

O dr. Shetty é alguém excepcional. Lançou a telemedicina entre hospitais, constituiu um fundo para quem não tem posses, criou um micro-seguro de saúde para cobrir até determinado plafond. Mas se trago isto para aqui é por isto. Cito: “O dr. Shetty tratou a madre Teresa de Calcuta, no anos 90; e tem no seu gabinete dois quadros dela, com uma frase inspiradora: «Mãos que servem são sagradas como lábios que rezam»”.

No sítio da Forbes India, pode-se ver como é um dia da vida deste médico. Destaco o primeiro slide, em que diz que prefere dar emprego a mulheres quando se trata de conduzir os pequenos carros tipo golf na cidade hospitalar. É que elas investem na família todo o dinheiro que ganham (aqui).

sábado, 13 de março de 2010

13 de Março de 1997. Madre Teresa tem sucessora

Irmã Nirmala (1934-...)

Por razões de saúde, a Madre Teresa de Calcutá pede demissão de superiora-geral das Missionárias da Caridade, sendo eleita a Irmã Nirmala - a quem cabe o difícil papel de suceder ao fundador.

A Irmã Nirmala Joshi, de origem indiana, governou a congregação de 1997 a 2003. Sucedeu-a, em Março de 2003, a Ir. Mary Prema, alemã.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Siz iz God who senz you!" - Histórias e livros que transformam

O homem que conseguiu entrevistar Henrique Galvão depois do assalto ao Santa Maria procurou, pelo mundo, e encontrou Madre Teresa.

Vale a pena ler o texto sobre Dominique Lapierre e sobre o novo livro, que fala da África do Sul, aqui. Mas o que me impressionou foi a parte da Índia, que copio para aqui. O texto é de Paulo Moura, no “Ípsilon” de 13 de Novembro.

“Quando a vi andar pelas ruas dos bairros de lata de Calcutá, e essa onda de amor que chegava das pessoas, que vinham ter com ela, que a queriam tocar, pensei: ‘Ela tem realmente qualquer coisa'". E Dominique imergiu na vida da freira albanesa. Escreveu um livro sobre a independência da Índia ("Esta Noite a Liberdade") e outro sobre um bairro de lata de Calcutá.

"Encontrei ali os verdadeiros heróis da Humanidade. Pensei: ‘Tenho de ser a voz deles'. Fui a uma papelaria, comprei 15 canetas e 5 cadernos, fiquei lá a viver dois anos".

"A Cidade da Alegria", que contava a história dos pobres desse bairro, foi traduzido em muitas línguas e vendeu 9 milhões de exemplares. "Tornou-se um livro de culto porque eu não prego. Não digo: ‘Vejam, nós aqui em Portugal comemos três vezes por dia, e aquelas pessoas só comem de três em três dias'. Odeio esses pregadores. Apenas conto uma história". Mas funcionou. "Recebi 300 mil cartas, de todo o mundo. Houve pessoas que me disseram: ‘Eu tinha decidido cometer suicídio, mas li o seu livro e reencontrei o amor pela vida'. O livro mudou a vida de muitas pessoas".

Mas isso já foi depois de Dominique ter conhecido Madre Teresa e ela lhe ter dito: "Tu podes fazer o mesmo que eu". Ele tinha 50 anos. "Esta Noite a Liberdade" estava a vender bem. Os primeiros "royalties" ascendiam a 50 mil dólares. Dominique pegou nesse dinheiro e dirigiu-se a Calcutá. Encontrou Madre Teresa na missa da manhã. "Madre, sabe de alguma instituição a trabalhar com crianças leprosas que precise de dinheiro?", perguntou.

"Ela olhou para mim e disse, com o seu sotaque albanês: ‘Siz iz God who senz you!' E apresentou-me a um inglês chamado James Stevens que era negociante de camisas e gravatas em Londres e andava de Jaguar, mas um dia decidiu ir para Calcutá, com todo o seu dinheiro, para ajudar as crianças leprosas. Abriu um lar chamado Ressurreição e em 15 anos salvou 10 mil crianças. Mas agora o dinheiro acabara e preparava-se para fechar a instituição. Eu dei-lhe os 50 mil dólares e prometi-lhe que nunca o deixaria fechar a Ressurreição".

Foi Stuart que levou mais tarde Dominique ao bairro de lata chamado Cidade da Alegria. E, em consequência, a montar a sua própria instituição humanitária, depois do êxito do livro. "Comprei um velho ferry boat em Calcutá, reabilitei-o, instalei máquinas a bordo, um pequeno laboratório, uma sala de operações, contratei dois médicos e cinco enfermeiros e começámos a navegar o delta do Ganges".

Mas o hospital flutuante só dava assistência a sete das 54 ilhas, e por isso Dominique comprou mais três barcos. Metade de todos os royalties dos livros, que escreveu e viria a escrever, e todas as doações dos leitores destinam-se a financiar a Fundação Cidade da Alegria. "Em 28 anos, curámos um milhão de doentes de tuberculose. Abrimos dez escolas, concedemos microcréditos".

sábado, 5 de setembro de 2009

5 de Setembro de 1997. Morre Madre Teresa de Calcutá

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910, numa terra que hoje é da República da Macedónia, e assumiu o nome de Teresa em 1931, em honra de Teresa de Lisieux. Fundou as Missionárias da Caridade. Recebeu o Nobel da Paz em 1979. Morreu em Calcutá e teve funeral de Estado.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...