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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pessoa histórica

A pesquisa sobre o Jesus histórico é necessária porque o anúncio da fé quer conduzir o fiel a um encontro existencial com uma pessoa histórica: Jesus de Nazaré.

J. A. T. Robinson

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Definição de teologia

Harold Wilson, um teórico da "teologia"

Por um motivo que não interessa para o caso - mas eu explico: do outro lado do Atlântico, um leitor pergunta-me se tenho o livro "Nisso não acredito", de John A. T. Robinson, aqui referido - , abro o livro do bispo anglicano numa página dobrada e leio:
Há alguns anos, Mr. Gaitskell propôs uma revisão das famosa Cláusula Quatro (sobre a nacionalização) da constituição do Partido Trabalhista.
Wilson, que se lhe opôs, apelidou isso tudo de «teologia» - afirmações teóricas acerca de coisas que não fazem nenhuma diferença na ordem prática.
É a reputação que tem a «teologia».
Cá está uma boa definição de teologia  para começar a debater o que realmente ela é.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Teologia no exílio


Conta o teólogo A. T. Robinson (teólogo liberal e bispo da Igreja anglicana, autor do célebre "Honest to God"; e provavelmente ainda mais célebre pelos debates com C. S Lewis; morreu em 1983) que, num encontro do partido trabalhista, nos anos 60, Gaitskell propôs alterações aos estatutos do partido. Harold Wilson, que foi várias vezes primeiro ministro britânico até 1976, também trabalhista, opôs-se dizendo que tudo aquilo não passava de "teologia", no sentido de "afirmações teóricas acerca de coisas sem pertinência nenhuma para a ordem prática".

Robinson escreve que a reputação de teologia estava a mudar. Isto foi no final dos anos 60. Mais depressa mudaram os estatutos do partido, que só regressaria ao poder no final dos anos 90 com o New Labour de Tony Blair, "his Toniness", como lhe chamava Jeremy Clarkson, do que a percepção contemporânea do que é a teologia.

Christian Duquoc, num pequeno mas valiosíssimo da editora Vozes, diz que a teologia está no exílio ("Teologia no Exílio. O desafio da sobrevivência da teologia na cultura contemporânea"). Leitura para os próximos dias.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

7 de Dezembro de 2008. Morre António Alçada Baptista


António Alçada Baptista (Covilhã, 29 de Janeiro de 1927) morreu em Lisboa, no dia 7 de Dezembro de 2008.
Teve uma longa carreira de serviço público (jornalismo, assessor do ministro da Educação, criador do Instituto Português do Livro, promotor das relações culturais entre Portugal, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, crítico do hino nacional…), mas aqui interessa mais ter sido um “católico progressista” nos anos 50 e 60 do século passado, director da editora Moraes (ai a colecção "Linha de Risco", com o John A. T. Robinson, o Paul Tillich, o Encarnação Reis...; ai a revista "Concillium" editada a partir de Portugal...) e um dos fundadores da revista “O Tempo e o Modo”.
Os cristãos do século XXI ainda lhe devem muito.
António Alçada Baptista tem sítio aqui. Dá para ler as crónicas na revista "Máxima", por exemplo.
A foto acima foi tirada do Centro Nacional de Cultura (aqui).

terça-feira, 16 de março de 2010

“Time” 14/16 – Líderes religiosos na capa (2)


Anthur Michael Ramsey (1904–1988), arcebispo de Cantuária, anglicano, apareceu na capa de 16 de Agosto de 1963. Centésimo arcebispo de Cantuária, Ramsey lamentou o poder (pelo menos institucional) do governo sobre a Igreja e opôs-se a algum modernismo teológico, como o de J.A.T. Robinson. Admirava os Padre Gregos e desenvolveu actividades ecuménicas. Em 1966, num gesto profético, Paulo VI ofereceu-lhe o seu anel de bispo de Milão, durante a uma visita ao Vaticano. Foi o primeiro primaz anglicano a visitar Roma. Os anglicanos têm por ele uma grande admiração (aqui).
Gerald Kennedy (1907–1980), bispo metodista, portanto, líder de uma das maiores confissões cristãs norte-americanas, apareceu na capa de 8 de Maio de 1964. É comparado a John Wesley, fundador do metodismo, que é evocado na capa, a cavalo.

Richard James Cushing (1895–1970), arcebispo de Boston, cardeal católico, apareceu na capa de 21 de Agosto de 1964. Foi sucedido por D. Humberto Sousa Medeiros, bispo de origem açoriana (morreu aos 67 anos, em 1983, após uma intervenção cirúrgica ao coração).

Martin Luther King Jr. (1929–1968), pastor baptista, apareceu na capa de 3 de Janeiro de 1964.


James Albert Pike (1913-1969), bispo da igreja episcopal dos EUA (ou seja, de comunhão anglicana), apareceu na capa de 11 de Novembro de 1966. Liberal, foi uma das primeiras grandes figuras religiosas a aparecer com frequência na televisão, onde tanto falava do racismo como do controlo da natalidade, ao apartheid, da exploração do trabalho agrícola ou da ordenação das mulheres.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Clássicos 7: "Nisso não acredito", de John A. T. Robinson

(Primeiro parágrafo:) “Não, nisso é que eu não posso acreditar! É uma reacção típica diante de grande parte da doutrina cristã, hoje em dia. E muitas vezes eu próprio me surpreendo a dizer: «No sentido em que penso ser obrigado a acreditar, também eu não acredito»”.

Nisso não acredito | But That I Can't Believe! | John A. T. Robinson | Moraes Editora, 1968, 194 páginas

John Arthur Thomas Robinson (1919-1983), inglês, foi professor de Novo Testamento e Bispo (anglicano) de Woolwich. O seu pensamento insere-se na teologia liberal e na teologia da secularização, como Harvey Cox e William Barclay.

A sua obra mais importante é “Honest to God”, de 1963, que, como esta agora citada, faz uma crítica às crenças tradicionais. John A. T. Robinson considerava-se de algum modo sucessor de Paul Tillich, Dietrich Bonhoeffer e Rudolf Bultmann e foi criticado por favorecer o relativismo teológico e ético (“ética situacional”). Em Inglaterra, nos anos 60 houve um interessante debate na imprensa entre este autor e C. S. Lewis, este último tido como defensor da ortodoxia.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...