A escola adoptou das igrejas o estrado e o púlpito e o professor, à semelhança do padre, começou a transmitir, expositivamente, a informação aos alunos, que a recebem de uma forma passiva. Ensina-se o grupo e não o indivíduo, o que, muitas vezes, leva a que alguns jovens não compreendam o que está a ser ensinado e percam o interesse: “Há 50 anos, as pessoas repetiam as orações em latim e não percebiam o que estavam a dizer. Hoje, acontece o mesmo com os alunos.”
domingo, 1 de setembro de 2013
A escola adoptou das igrejas o estrado e o púlpito e o professor...
terça-feira, 18 de junho de 2013
Inspirações de João Miguel Tavares: "Mário e o lobo"
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Autoridade e crescimento
Jorge Bergoglio no livro-entrevista de Francesca Ambrogetti e Sergio Rubin, "Papa Francisco, Conversas com Jorge Bergoglio", Paulinas, pág, 68
sábado, 20 de abril de 2013
As raparigas também gostam de subir paredes de escalada, mas só o fazem sem rapazes por perto
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Pai e filho
- Migas, está na altura de falarmos de umas coisas sobre a vida...
- Depressa, pai. Diz-me lá o que queres saber.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Adriano Moreira e a educação para a paz de Bento XVI
Na realidade o que a doutrina, de novo lembrada e sistematizada na mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, anima é que a guerra começa no coração dos homens, e por isso é no coração dos homens que é necessário radicar os valores da paz e da justiça, e isto, desde logo, em todo o processo educativo, formal ou informal.
De novo, embora alguns responsáveis considerem superficial a exigência, todo o processo educativo, nestas sociedades da informação, do saber, e do saber fazer, não pode esquecer as humanidades, e daqui o apelo no sentido de "educar os povos para a justiça e a paz" responsabilizando as famílias, os Estados, os meios de comunicação, com especial apelo ao mundo dos media, porque "na sociedade actual os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espirito dos seus destinatários, e, conjuntamente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens". E também para a deseducação quando o credo do mercado limita a genuína liberdade da informação. Um risco que o relativismo que invadiu os ocidentais torna muito evidente quando se avalia o tempo disponível por cada um dos responsáveis pelo processo educativo, a começar pela família, para exercer o dever que não pode deixar de ser-lhe atribuído.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Sugestões dos leitores: Blogue Theosfera
De vez em quando os leitores deste blogue sugerem-me textos, entrevistas, blogues, frases. Coisas que muito agradeço. Geralmente valem a pena.
Há dias uma leitora, de nome Teresa, deixou como comentário num dos meus textos a sugestão de visita ao blogue Theosfera. Já lá tenho ido e gosto das breves reflexões do autor, que não se identifica (embora seja possível descobrir algo mais sobre ele - coisa que não vou aqui revelar).
Vejam estas duas:
- sobre a lentidão e a pressa na educação (aqui);
- sobre o rigor e a bondade de Kant (aqui).
domingo, 12 de dezembro de 2010
É fazer as contas
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"O Estado português gasta em média cinco mil euros por ano com cada aluno do ensino público. Significativamente mais do que aquilo que paga por cada aluno nas escolas com contrato de associação. Porquê então acabar com estes contratos? Por razões ideológicas. Aliás, em matéria de ensino, os governos portugueses optam quase invariavelmente pela ideologia em detrimento da qualidade e da liberdade: para combater a Igreja Católica, a I República encerrou as melhores escolas de Portugal e prendeu e exilou os mais reputados professores da época, os jesuítas. O Estado Novo desconfiava politicamente das escolas privadas e não apenas das estrangeiras, como o Liceu Francês – basta pensar que só no fim dos anos 60 foi autorizada a criação da Universidade Católica em Portugal –, e menos ainda acreditava na qualidade do seu trabalho. De 1974 até agora o investimento no ensino tem sido sinónimo de investimento na rede pública. Não porque esta apresente melhores resultados ou seja mais barata, mas simplesmente porque os governos não abdicam das vantagens políticas do controlo sobre a imensa máquina que se estende a partir da 5 de Outubro".
Helena Matos, no "Público" de 09-12-2010
sábado, 9 de outubro de 2010
9 de Outubro de 1201. Nasce o teólogo que dá nome à Sorbonne
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Robert de Sorbon (09-10-1210 – 15-08-1274), natural de Sorbon (terra situada no departamento das Ardenas, já perto da Bélgica), foi capelão do rei (S.) Luís IX e, como teólogo, fundou a Casa de Sorbonne (“Maison de Sorbonne”) em 1257, para ensinar teologia a 20 estudantes pobres. A instituição cresce e integra a Universidade de Paris.
A partir de finais do séc. XVIII a designação “Universidade de Sorbonne” sobrepõe-se a “Universidade de Paris”.
Depois do Maio de 1968, que teve como centro da contestação a Sorbonne, a universidade foi dividida em treze universidades autónomas. Quatro delas continuam a partilhar o nome de Sorbonne: Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne); Paris III (Sorbonne Nouvelle); Paris IV (Paris-Sorbonne); Universidade de Paris V (Paris Descartes, com a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - Sorbonne). Há ainda a École Supérieure Robert de Sorbon, privada (aqui).
segunda-feira, 28 de junho de 2010
28 de Junho de 1712. Nasce Jean-Jacques Rousseau
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Retrato de Rousseau em 1766, por Allan Ramsay
Jean-Jacques Rousseau nasceu no dia 28 de Junho de 1712, em Genebra, na Suíça. E morreu no dia 2 de Julho de 1778. Foi levado para o Panteão Nacional, em Paris, em 1794.
Amado e odiado tanto por causa das suas ideias educativas, que enformaram correntes pedagógicas, como pelo contrato social, que influenciou política, economia e sociedade, Rousseau escreveu umas “Confissões” (publicadas em 1782), que são a primeira autobiografia moderna no sentido estrito da palavra. Antes disso, dentro do género, só havia as de Agostinho de Hipona.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
26 de Maio de 1595. Morre Filipe Neri
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Filipe Neri, em Roma, atento aos jovens da rua, criou o Oratório, um espaço onde aprendiam doutrina cristã e letras, além de uma profissão. O Oratório era ainda espaço informal de convívio. O conceito foi assumido e reinterpretado no séc. XIX pelos salesianos (de D. Bosco), que, ainda hoje, principalmente em África e na América Latina, promovem estes espaços juvenis de convívio e formação humana, profissional e cristã.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ingrediente essencial da aprendizagem
“O ingrediente essencial para se ter amor pela aprendizagem é o mesmo que para o amor romântico, o amor ao país ou o amor a Deus: é a paixão por um tema específico. O conhecimento que é acompanhado por emoções prazenteiras fica connosco. Salta para a superfície e, quando invocado, desencadeia outras ligações na memória, criando metáforas, a vanguarda do pensamento criativo. Pelo contrário, a aprendizagem habitual desvanece-se rapidamente numa confusão de palavras, factos e narrativas. O cálice sagrado da educação liberal é a fórmula pela qual a paixão possa ser sistematicamente expandida, tanto na ciência como nas humanidades, a bem da cultura”.
Excerto de E.O. Wilson, “A Criação. Um apelo para salvar a vida na terra” (ed. Gradiva), pág. 169. Recenseado aqui.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Políticos e professores comentam documento dos bispos portugueses sobre a Educação
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REVISTA PASTORAL CATEQUÉTICA
Secretariado Nacional da Educação Cristã
Maio-Agosto de 2009
88 páginas
A Conferência Episcopal Portuguesa publicou em 2008 uma carta pastoral sobre “A Escola em Portugal. Educação integral da Pessoa Humana”. O documento realça a missão educativa, que é “percurso de personalização, e não apenas se socialização e formação para a cidadania”. “Isto exige promoção dos valores espirituais, estruturação hierárquica de saberes e valores, integração do saber científico-tecnológico num saber cultural mais vasto, mais abrangente e mais englobante” (ponto 5). Dizer isto é pouco. A Carta tem 30 números de dois ou três parágrafos cada. E, como recentemente um bispo disse, é uma pena que os documentos da Igreja sejam referidos na comunicação social quando saem a público e logo esquecidos.
Ora, este número da revista “Pastoral Catequética” desenvolve uma ideia que certamente poderá ser replicada em relação a outros documentos com muito proveito (por que não, por exemplo, pedir a gestores, economistas, sociólogos… que comentem número a número a encíclica social Caritas in veritate?): foi pedido a várias personalidades, de algum modo ligadas ao mundo da educação (dois foram ministros da Educação e um terceiro do secretário de Estado), que comentassem alguns números do documento do episcopado. Respondem ao repto D. Tomaz Silva Nunes (presidente da Comissão Episcopal da Edução Cristã, organismo da Igreja responsável pela revista), Guilherme d’Oliveira Martins, D. António Marcelino, Isabel Renaud, Manuela Silva, Marçal Grilo, Manuel Porto, Ruben Cabral, Joaquim Azevedo, Maria José Nogueira Pinto, Juan Francisco Ambrosio, António Gamboa, Ana Aguiar Ricardo e Mons. Luciano Guerra.
Este coro de vozes dá outras visões a este documento que, sendo sobre educação, não é sobre o medo, mas sobre a esperança e as possibilidades, como diz um dos comentadores.
Um excerto. Escreve Ruben Cabral, reitor do Inter-University Institute de Macau, comentando os números 11-14 (“Condicionantes e problemas hodiernos da escola”):
Quando é que a escola produz educação? Atrevo-me a dizer que muito raramente. (…) Continuamos a aceitar como natural que a escola seja comandada e controlada por burocracias estatais que, por muito bem intencionadas que sejam, não podem nem devem ser a cabeça e o cajado da escola, que se quer livre, experimentadora, comunitária, afirmadora dos princípios universais que nos consubstanciam, comunitária, promotora da responsabilidade e da responsabilização da pessoa, fonte de questionação de e sobre o mundo, e construtora de comunidades-laboratório daquelas que hão de vir. Continuamos a aceitar como modelo das virtudes cívicas uma instituição que vive do decreto-lei como simulacro da realidade, que se prefigura como instrumento estandardizador de aprendizagens e de pessoas, que se define como uma máquina produtora de cidadãos (pág. 53).
domingo, 20 de dezembro de 2009
Desinteresse pela religião associado à violência urbana
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A França está por estes dias alerta para uma possível onda de violência nos subúrbios - como a de 2005. A crise e o debate sobre a identidade nacional são apontados como factores que criam instabilidade. Há no país, segundo o Observatoire National de Zones Urbaine Sensibles, 824 povoações e pequenas cidades que só vivem graças a fortes subvenções sociais.
Carros queimados é quase todos os dias. Quando, há semanas, a Argélia se apurou para o mundial, arderam mais umas dezenas. O apuramento foi vivido pelos magrebinos como uma festa nacional dentro de outra nação e mais mostrou a divisão que há na sociedade francesa.
Entre as causas para uma nova revolta está também esta: “Desinteresse pela religião. As hierarquias religiosas cristã, judaica e muçulmana tentam o diálogo entre si. Contudo, a juventude dos guetos tem nulo interesse pelas religiões e crenças”. Li no ABC (Espanha).
domingo, 15 de novembro de 2009
15 de Novembro de 1791. Abre portas a mais antiga universidade católica dos EUA
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Jack, a mascote da universidade (ver aqui)
Fundada em 1789, ano da Revolução Francesa e da entrada em vigor da Constituição dos EUA, abriu as portas no dia 15 de Novembro de 1791 a Georgetown University, em Washington. É a mais antiga universidade católica nos EUA, dependente dos jesuítas.
Nela estudaram, por exemplo, Bill Clinton e Gloria Arroyo (presidente das Filipinas). São "Hoyas", nome que se dá aos estudantes e às equipas desportivas desta instituição. O primeiro estudante foi o congressista William Gaston (1778-1844). Entrou para a universidade aos 13 anos.
Esta universidade é uma das maiores “produtoras” de voluntários para o Peace Corps (programa estatal de voluntariado fora dos EUA). Quem sai desta universidade e arranja trabalho começa a ganhar, em média, 55 mil dólares por ano.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Amam-me, logo existo - este post não é sobre Descartes
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«Embora o método do discurso [de Descartes] seja deficiente, o fim é meritório. Só começo a viver depois de encontrar o sentido da vida, a verdade primordial, "a afirmação tão sólida e tão segura que a tome sem escrúpulo como primeiro princípio". Em que verdade baseio a minha vida? Qual o princípio do que sou? Esta é a única busca que vale a pena.»
Sinodalidade e sinonulidade
Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...