Todd Salzman
Todd Salzman e Michael Lawler reivindicam uma nova moralidade católica da
sexualidade. Enraízam-na numa antropologia renovada, que se foca em pessoas e
não em atos, em relacionamentos e não na biologia, no real e vivencial e não na
perceção de um ideal, em princípios e virtudes (como, por exemplo, a justiça e
o amor) e não em normas absolutas.
Os resultados desta nova antropologia e nova moralidade
católicas são polémicos (e pelo facto de alguns leitores não deixarem escapar
uma, já imagino o que poderão escrever por aqui; aceito o que vier como flores
num jardim), mas julgo que vale a pena ler a entrevista, que cita muito
Ratzinger, porque, de facto, há um mal-estar de origem sexual no catolicismo.
Pensemos nos divorciados recasados e nos homossexuais, para referir apenas dois
exemplos.
Em conclusão, afirmam os teólogos,que acabaram de publicar um livro no Brasil: “Alguns atos homossexuais
e heterossexuais, aqueles que cumprem as exigências de complementaridade
holística e amor justo, são verdadeiramente humanos e morais; e alguns atos
homossexuais e heterossexuais, aqueles que não cumprem as exigências de
complementaridade holística e amor justo, não são verdadeiramente humanos e são
imorais”.
Ler tudo aqui.
23 comentários:
BISHOPS’ DOCTRINE COMMITTEE SAYS BOOK BY CREIGHTON UNIVERSITY PROFESSORS CONFLICTS WITH CATHOLIC TEACHING ON SEXUALITY
WASHINGTON—The United States Conference of Catholic Bishops’ (USCCB) Committee on Doctrine has issued a statement in response to a request from the former and current archbishops of Omaha to review the content of a book by Creighton University professors Todd Salzman and Michael Lawler, The Sexual Person: Toward a Renewed Catholic Anthropology. In the statement, "Inadequacies in the Theological Methodology and Conclusions of The Sexual Person: Toward a Renewed Catholic Anthropology," the Committee asserts that the authors of The Sexual Person "base their arguments on a methodology that marks a radical departure from the Catholic theological tradition" and "reach a whole range of conclusions that are contrary to Catholic teaching."
The Committee concluded that "neither the methodology of The Sexual Person nor the conclusions that depart from authoritative Church teaching constitute authentic expressions of Catholic theology. Moreover, such conclusions, clearly in contradiction to the authentic teaching of the Church, cannot provide a true norm for moral action and in fact are harmful to one's moral and spiritual life."
The views of the two professors previously came under episcopal censure in 2007, when Archbishop Elden Curtiss, then archbishop of Omaha, published a notification in his diocesan newspaper regarding the conclusions of two articles by these professors.
Archbishop Curtiss wrote: "In these articles, Professors Lawler and Salzman argue for the moral legitimacy of some homosexual acts. Their conclusion is in serious error, and cannot be considered authentic Catholic teaching." When in 2008, Salzman and Lawler published their book, The Sexual Person, Archbishop Curtiss wrote to the Committee on Doctrine asking for assistance. After studying the book and conferring with Archbishop Curtiss's successor, Archbishop George Lucas, the Committee decided that the most effective way to address the problem presented by the book was to prepare a statement on the problematic characteristics of its methodology, which leads the authors to a number of conclusions that contradict Catholic moral teaching.
"the authentic teaching of the Church"!
Jesus, pela encarnação e nos Evangelhos, não revela nada mais autêntico do que a vida de cada um, mesmo que nas preclitâncias.
Obrigada por ambos os textos. Aprendi com o primeiro e lamento o teor do segundo.
Que maravilha! Nem comento que é para não estragar.
Rui Jardim
Comentou e estraga tudo, sim. Impossibilita o diálogo. Fere o princípio da cooperação. Sabemos ambos o que esta estratégia conversacional esconde. É pena.
"princípio da cooperação" , "estratégia conversacional"?
ui!
Rui Jardim
Pode lamentar o que quiser. É livre para isso. Mas não é por isso que está mais perto do amor e da verdade.
afinal não é só o padre mexicano.
parece que há muitos católicos com vontade de agarrar na bisnaga
Pode crer! Em especial na bisnaga do menino do lado.
Com certeza, anónimo das 7:38.
E retiro-me. Isto não é sério.
O D. Carlos Azevedo concorda com este casal de teólogos.
Ah! Agora sim. Vai ser uma alegria neste blogue
Alguém sabe como ficou a questão dos 400 padres dissidentes da diocese de Viena?
Uma igreja totalmente desacreditada.
Ao primeiro anónimo, que postou uma nota da Conferência Episcopal dos EUA: Dizer que a nova antropologia e nova moral sexual vão contra a tradição é reforçar precisamente o que eles querem com uma nova antropologia e nova moral sexual (para mais, como se a tradição fosse algo perfeitamente definido). Na entrevista, eles dizem precisamente por que é que nem tudo na tradição é válido. Na moral sexual, basta pensar que o cristianismo foi mais influenciado pelos gregos (platonismo, estoicismo e gnosticismo) do que pela antropologia bíblica, judaica.
Rui Jardim: Como queira. Mas mundo e as ideias movem-se. Queira ou não.
Anónimos das 7:39 e das 8:02: Como se revelam tão bem.
Helena Valentim: Lamento que te retires, mas de facto há leitores que matam qualquer tipo de diálogo. Julgo que acabar com o anonimato não resolverá o problema. E para moderar comentários não tenho tempo. Tenho, temos, viver com meia dúzia de mal-educados, engraçadinhos sem graça nenhuma e, em geral, cobardes sob a capa do anonimato.
Anónimos das 10:28 e das 10:39: Não comento nem comentarei o caso de D. Carlos Azevedo. Só espero, como sempre, que a verdade se imponha.
Justiniano Mota, não sei de desenvolvimentos do caso.
Nas ultimas semanas têm aparecido algumas noticias em alguns media sobre assedio sexual e pedofilia de alguns padres de uma Diocese portuguesa, que neste blogue simplesmente são ignoradas.E não noticias de pasquim e até a fonte delas é o proprio clero.
E hoje será publicado algo do que aparece na Visão sobre um determinado Bispo?
veremos se até aqui os "mantos de silencio" qual "omerta" se fazem sentir.
só tenho a elogiar a tolerância do autor deste blog e agradecer-lhe toda a informação que nos dá. Mas que há gente horrível há...
Obrigado, Lucy.
Ao anónimo das 10:21,
no meu blogue, eu não presto contras a ninguém que não a mim e à minha consciência. Sou plenamente livre no que escrevo e escrevo o que quero, quando quero.
Sobre os problemas sexuais de a ou b, não escrevo. Sobre a pedofilia e os escândalos sexuais enquanto questão eclesial, tenho escrito e escrevo porque considero que a questão implica mudanças eclesiais.
Sobre o caso de D. Carlos Azevedo, como já disse num comentário anterior não vou escrever. E só espero que a verdade venha ao de cima. E será dolorosa ou para o acusado ou para o acusador, duas pessoas que muito estimo.
Penso que a atitude do autor deste blogue é a que se impõe neste momento aos católicos portugueses. Silêncio, oração, e uma vontade sincera de uma rápida resolução do problema que terá, em qualquer caso, implicações graves. Se for verdade, é uma tristeza; se for mentira, é uma tristeza.
Rui Jardim
pois a mesma sorte do "recato do manto de silencio" não teve a noticia do padre da guarda...o que pode o clero desconhecido, contra as figuras gradas da IC que sempre podem acobertar o que lhes toca...?
Caro anónimo das 1:45,
Da minha parte, que é o que aqui está em questão, teve.
Claro que não.Pois aqui apareceram as noticias do padre da Guarda...do resto nem vislumbre.
Apareceram notícias não especificamente sobre o caso, que não me interessa, mas, por exemplo, louvando a abertura do bispo. De resto, nunca comento pessoas neste caso em concreto. Desejo apenas que se tirem conclusões para a Igreja.
Se tem dúvidas, siga o link da pedofilia
http://tribodejacob.blogspot.pt/search/label/Pedofilia
A Conferência Episcopal dos Estados Unidos deixa bem claro o carácter herético desta "nova moral" imoral. São hereges. Claro está que isso não é um problema para quem não sabe que, na Igreja Católica, o "munus" de ensinar cabe ao Papa e aos Bispos unidos ao Papa.
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