No "Público" de hoje. "Segundo o costume mais antigo da Igreja, isto é, da
assembleia cristã, o direito e a autoridade não residiam só na hierarquia. Nos
primeiros tempos, quando havia problemas, era dada a palavra a todos para a sua
solução". Fica registado, com exemplos abundantes.
Inexplicavelmente, parece-me, Bento Domingues insiste que foi o "Movimento Internacional Nós Somos Igreja" (o núcleo nacional? o austríaco?) que "inesperadamente" resolveu chamar a atenção para o meio século de concílio. Na realidade, só a julgar pela agência Ecclesia, desde 2009 (nos 50 anos do anúncio de João XXIII da intenção de convocar um concílio) que se fala disto de forma clara.
13 comentários:
Tanta ênfase no camponês! Será que o camponês não é um homem inteligente com valor? Qual o espanto?
Qualquer camponês é muito maior do que alguns que vivem entre livros.
No artigo fica a ideia que um filho de camponês não era inteligente para assumir aquele cargo.
JBM
Provoca-me um nojo verdadeiro ler e ouvir a incapacidade de honestidade intelectual de frei Bento acerca do NsI. Sempre foi assim, sempre será. É doentio. Doentio.
Jorge, estar a insistir no pormenor de quem começou a falar do cinquentenário do Concílio, não me parece pertinente. Fui à conferência do José Mª Castillo (está em vídeo publicada no meu blogue)e tive a oportunidade de cumprimentar o Frei Bento Domingues, foi ele que introduziu o tema da conferência e apresentou o teólogo espanhol, presidiu à eucaristia que se seguiu ao encontro. Nem por um momento me pareceu ser alguém obcecado com o que quer que seja. Pelo contrário, uma pessoa livre e espontânea.
Vale a pena ver a conferência e meditar nela.
Quanto ao movimento NSI em Portugal (quem organizou o evento) presumi que eram algumas das pessoas presentes, pessoas normais, também afáveis, nada de causar traumas a quem quer que fosse. :)
Se uma mentira escandalosa é "um pormenor", vê-se de que lado é que o seu espírito sopra, Maria. Uma vergonha atroz.
O NsI atira a rede a todos os franco-atiradores da Igreja. Está a morrer tal como a idade média dos seus membros demonstra: 72 anos.
Há aqui um problema: o movimento NSI também é Igreja. É assim que deve ser visto. Não como alvo a abater.
O Espírito sopra-me do mesmo lado que sopra a qualquer dos mortais. E tanto não tenho vergonha das posições que assumo que ando aqui com nome e foto.
Não Maria: o NsI afirma-se como a verdadeira Igreja pós-conciliar, taxando, assim e desse modo, todo aquele que não concorda com as suas posições como não sendo verdadeiramente Igreja. Que belo exemplo de humildade.
afirma? pode fazer o favor de colocar aqui alguma citação nesse sentido?
Maria. Consulte o site do NsI ( sabe fazer isso, não? ) e tem lá tudo o que me pede.
eu não preciso de ir ao site do NSI, não ando à procura de nada. a si é que lhe cabe fundamentar o que afirmou.
Minha cara Maria. Não preciso de fazer "copy and past" a nada: disse-lhe onde estão os dados que pediu que apresentasse. Quer ir lá? Vá e veja que tenho razão. Não quer? Não vá, mas não diga que não tenho razão. Mas quer uma citação? Aqui vai uma retirada do documento de 8 de Outubro deste ano do dito movimento (a negrito perguntas minhas):
«Como a Igreja oficial (o que é a Igreja oficial? aquela que o NsI não reconhece legitimidade e estima ser uma falsa Igreja?) se tornou mais resistente ao espírito do Vaticano II (e provas disto? nem uma?), muitos baptizados, em "desobediência civil" (que belo ver que a desobediência é um valor para o NsI, não acha??) tentam formar uma Igreja (fundar uma nova Igreja?) que seja a face da mudança que eles
julgam ser o que o Vaticano II pretende».
Face a isto só se pode rir a bem rir quando se lê também que «a nossa vontade não é a divisão ou a confusão, mas a paz na Igreja (acreditamos mesmo nisto, não é?)».
E já que falam em democracia na Igreja, quem os elegeu para o que fazem? quem os mandatou para serem porta-vozes de quem quer que seja?
Maria, também não considero pertinente o tal pormenor de o NSI ter começado a falar dos 50 anos do Concílio. Quando referiu isso pela primeira vez, fez quinze dias no domingo, não liguei. Estranhei foi a insistência no domingo passado.
De qualquer maneira, é irrelevante para o resto do conteúdo do texto, que é muito bom.
Também já tive uma vez a oportunidade de ouvir o Castillo - e de o ler várias - e é alguém que aprecio muito, ainda que num ou noutro ponto de vista discordemos - como em tudo.
Já agora, peço-lhe paciência para o anónimo que vai provocando sem dar a cara. Não tenho a ver com o assunto diretamente, mas como é algo que se passa na minha casa...
E não é verdade que o NSI ache que só o NSI +e a verdadeira igreja pós-conciliar. Enfim. Cada um pode sempre dizer o que quer, como o anónimo. E esse é certamente um valor defendido pelo NSI.
a desobediência pode ser um valor. também em contexto eclesial. A Igreja afirma-se pecadora, logo...as conclusões são óbvias.
Por vezes existe entre nós a necessidade de diabolizar o que é diferente. Parece-me que é o que move algumas atitudes em relação ao NSI, que não é de modo nenhum a reserva única do espírito do Concílio (nem suponho que se afirmem como tal)nem a tal seita herética e abominável como alguns afirmam que é.
Jorge, estamos de acordo em relação ao Castillo. Ando a ler o livro de sua autoria "Espiritualidade para insatisfeitos" e a entender o sentido de algumas coisas.
Quanto aos comentários anónimos já acabei com essa possibilidade no meu blogue. Têm que se registar. É a única maneira de evitar alguma confusão.
Enviar um comentário