Lance Armstrong
Na “2” do “Público” de hoje, na página 4, dois comentários
sem relação um com outro afirmam,
- o primeiro, sobre a condenação de cientistas italianos por
não terem referido o risco de sismo à população de Áquila (morreram 309 pessoas),
que o El Mundo “lembrou Galileu a propósito da condenação”;
- o segundo, sobre a condenação do ciclista Lance Armstrong,
agora destituído dos seus sete títulos do Tour de France, que o El País ouviu
de um advogado australiano, Martin Hardie, que este era “um caso de fixação no conceito
de culpa mais próprio da Inquisição da Idade Média do que da modernidade”.
E eu fico a pensar:
a) que os jornalistas do "Público" andam a ler demasiados
jornais espanhóis;
b) que a história da Igreja da continua a ser fonte fértil exemplos
elucidativos para o que hoje acontece;
c) que o advogado australiano precisa de umas lições de história
da Igreja (ou do Mundo), pois a Inquisição que mais abusou da “fixação no
conceito de culpa” foi a da Idade Moderna e não a medieval.
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