Excerto da entrevista que Hubert Reeves deu ao "Público":
Acredita que a divulgação tornou as pessoas mais conscientes da necessidade de ter conta as descobertas científicas?
Tem de haver alguma coisa entre a religiosidade – num sentido absolutamente naïf – e a ciência pura. Não é preciso fazer parte de nenhum grupo evangelista, nem negar toda a possibilidade de espiritualidade. As pessoas hoje podem decidir por si.
Como é que um homem de ciência vê o debate crescente nos EUA sobre o criacionismo?
É ridículo. Nenhuma pessoa inteligente pode acreditar no criacionismo.
Mas já há estados dos EUA onde há a possibilidade disto ser ensinado nas escolas.
Acho que essa é mais uma questão política do que uma questão científica. Há uma pressão social e política de algumas pessoas com interesses. É difícil ver que um miúdo que tem algum cérebro possa acreditar que o mundo foi feito há 4000 anos. E é o caso. Acho que é inútil lutar contra o criacionismo.
Foto e excerto daqui.
Para algumas pessoas, a iniciação na literatura de divulgação científica foi com o livro (e a série) "Cosmos", de Carl Sagan. Foi o meu caso. Para outros, foi com o livro deste senhor, "Um pouco mais de azul", que foi buscar o título a um poema de Mário de Sá-Carneiro. Por pouco não foi o meu caso. Li-o logo a seguir ao "Cosmos", por influência do amigo Manuel Augusto Oliveira.
1 comentário:
jorge, o hubert reeves fazia parte da bibliografia obrigatória da cadeira de cosmologia filosófica lecionada pelo prof. branco. «um pouco mais de azul» foi motivo de alguns debates entre nós, certo? ;-) abraço
josé serra
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