T. S. Eliot com Virginia Woolf. A da direita é Vivienne, mulher de Eliot. A foto é de 1932. A conversão foi em 1927. Talvez Woolf tivesse mudado de ideias
Tive uma entrevista vergonhosa e difícil com o pobre e querido Tom Eliot que, de hoje em diante, se poderá dizer morto para nós. Tornou-se anglo-católico, acredita em Deus e na imortalidade, e vai à igreja. Fiquei realmente horrorizada. Um cadáver parecer-me-ia mais credível do que ele. Creio que há algo de obsceno numa pessoa viva, que se senta à lareira e acredita em Deus.
Lido em "Imersos na vida de Deus", de Timothy Radcliffe, das Paulinas.
2 comentários:
"Creio que há algo de obsceno numa pessoa viva, que se senta à lareira e acredita em Deus."
A camarada Gininha, coitada, tinha as suas limitações. Como muitos outros escritores progressistas, era mesmo um bocado tapada, e repetia a cartilha do intelectual bem pensante sem, hmm, pensar muito.
Onde ela podia ter acertado era se tivesse dito "... que se senta à lareira e acredita no Diabo."
Isso sim, era argumento.
(Lamento, mas não resisti a alguma influência diabólica - que não existe, claro - para espetar este alfinete ;-)
Evidentemente, ela sabia que acreditar, só em Deus. Pode ser obsceno acreditar em Deus, pensa ela. Em todo o caso, só o amor é digno de fé.
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