quinta-feira, 30 de maio de 2013

Extrema esquerda na procissão

Li no rodapé dos telejornais que partidos da esquerda e extrema esquerda assinalaram o fim do feriado religioso. Assinalaram, opondo-se, evidentemente. Estranho. Quereriam eles ir à procissão do Corpo de Deus?

4 comentários:

Anónimo disse...

E por que razão não poderiam ir à Procissão do Corpo de Deus ? Também são filhos de Deus.

Que D. Manuel Clemente queira deixar orfãos os filhos dos casais do mesmo sexo em caso de morte do membro do casal que detém o vínculo da paternidade/maternidade é lá com ele. Compreende-se. Desculpa-se. Está a estrear o báculo. Claro que eu, como católico. esperava outra coisa. Mas estamos em Portugal. Não podemos esperar de um clérigo português a grandeza de um Timothy Radcliffe ou de um Jacques Gaillot. Somos assim, pobrezinhos, e devemos carregar com paciência estas demonstrações de autoritarismo clerical, à moda antiga...

Anónimo disse...

Eu bem disse lá para trás que as mudanças iriam ser apenas estéticas e nas forças a dar ao uso do báculo… e logo algumas “sentinelas” por aqui quase me “crucificaram” bem ao estilo daqueles que estavam nas bermas da outra “procissão” que levava ao calvário e que infelizmente nada tinha de folclores nem de festas ao estilo do “corpo de Deus”, aquele episódio era bem real, o “corpo” que ali se arrastava ia já estava ferido e muito por mãos humanas! Agora não tenho dúvidas é que naquelas bermas do caminho havia gentes de todos os gostos! Mas muito gostava eu de saber quem ali mais gritava contra Jesus! Agora não consigo imaginar é ver ateus ou gente de esquerdas a frequentar o templo e ainda por cima a obedecerem aos “religiosos” da altura que condenaram Jesus! Ainda bem que a minha esperança não está depositada em homens nem é a eles que sigo!

Peter

Anónimo disse...

Creio que o primeiro comentário deste post merece destaque e discussão.

Jorge Pires Ferreira disse...

Em relação ao primeiro comentário, de facto, a esquerda e extrema esquerda pode bem ter discordado da extinção do feriado porque queria ir na procissão. Só li em rodapé, como disse. E às tantas estavam religiosamente descontentes.

Em relação ao D. Clemente e às posições da Igreja católica em geral em relação à coadoção, parece-me que há aqui um desfasamento cognitivo - digamos assim. Os legisladores pensaram sobre os factos (há crianças que...); a Igreja pensa sobre os princípios (o que deveria ser era...). E daí a contradição. Talvez os responsáveis eclesiais não tenham reparado bem no que está em questão. João Miguel Tavares escreveu duas vezes sobre a questão no "Público" e creio que ajuda a esclarecer o assunto. Talvez ainda procure os textos para os colocar no blogue.

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