Se substituirmos nas frases anteriores a palavra
confiança pela palavra fé, o texto continuaria a ter o sensivelmente o mesmo
sentido.
A confiança é irmã gémea da fé. Podem não ser gémeas verdadeiras, mas vêm
do mesmo útero. Já com os antigos gregos e romanos assim era. Em Roma,
falava-se na “fides populi romani” (“fé do povo romano”), que era o fundamento
das relações económicas, sociais e políticas. Tratava-se de uma fé pública nas
pessoas e instituições. Por isso, Xenofonte dizia que o homem que não goza de
fé é um “pobre no mais valioso dos bens” e perguntava se alguma relação
agradável poderia existir sem a confiança mútua.
Não é demais presumir que a
crise financeira que atravessamos ou que nos atravessa é uma crise de fé a
diversos títulos. Mas não é da fé social que quero falar.
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