segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
"No princípio era a relação"
Na "2" de ontem (revista do "Público" ao domingo) vem uma entrevista de Anabela Mota Ribeiro ao padre Tolentino Mendonça. Talvez a copie para aqui. Seis páginas, três de texto. Depende de como corre a tarde. Mas deixo uma frase lida à sorte (tomara que a maior parte das entrevista tivesse uma frase para reter, um conhecimento para fixar): «A Simone Weil propunha que se traduzisse "No princípio era o Verbo" por "No princípio era a relação". Acho que se devia traduzir assim».
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15 comentários:
Sai mais um "avental" para a mesa 1!!!
No dia em que Tolentino Mendonça falar 2 minutos se, citar alguém para impressionar e dizer "olhem como sou bom e culto", terá algo a dizer. Até lá, que vá encher chouriços pois quem disse, pela primeira vez, o que aqui vem referido, não foi S.W., mas François Mathessier já no século XIX.
Não simpatizo com Tolentino, e vou na linha do que o anónimo das 8:53 disse, mas algum mérito há-de ter. Quanto mais não seja o mostrar o que é o nível do pensamento teológico português de outro modo muito inacessível à generalidade dos crentes.
Fernando d'Costa
Deixe lá 8:53 p.m., o admirador nº1 deste senhor também tem a mania de sitar muito para mostrar que é culto. Ou seja, já são pelo menos dois. E o admirador às vezes também se engana no autor sitado.
Tchiiiii..... e viva o Espírito do Natal!! Ainda bem que sou crente e sei que a Igreja tem destas coisas, porque se o não fosse, ao vir aqui diria "eles são assim? vou bater a outra porta..."
Lila
François Mathessier? Quem é François Mathessier? Alguém pode dizer?
Anónimo das 9h55, está a falar de quem?
Penso que o Pe. Tolentino de Mendonça é alguém que tem «construído pontes» entre a Igreja e o mundo da cultura, mundo esse que como todos sabemos, não é muito favorável à religião e ao catolicismo em particular, há bastantes décadas. É, além disso, um grande poeta.
Por isso, digo: ninguém é obrigado a simpatizar com uma pessoa, todos (padres e leigos, poetas e prosadores…) somos criticáveis, mas nestas «farpas» anónimas que volta e meia aparecem aqui no blogue ao Pe. Tolentino, vislumbra-se mais a velha inveja provinciana que outra coisa ….
"sitar muito?" Que quer isso dizer? Já agora, ó J. Duque: já viu a tese do Tolentino? é aquilo trabalho para 4 anos? escrever 60 páginas por ano trabalhando a tempo inteiro? Seja sério e lembre-se: em Roma Tolentino é conhecido como "o padre do Jet Set". Bom poeta e bom divulgador de teologia? Não sejam irónicos. Ele vende pois: é amigo desde os Açores do dono da Assírio.
O P.e Tolentino é madeirense, mas adiante. Penso que o mal (entre muitos bens) da Igreja em Portugal, na sua relação com a cultura, é só haver um Tolentino. Se houvesse dois ou três tolentinos por diocese, a Igreja não estava na irrelevância cultural em que está (ok, ainda há o social, o cultual, o espiritual - mas só um pouquinho).
Jorge,
nunca ouvi falar em François Mathessier, mas sempre pensei que tal frase era de Martin Buber (de "Ich und Du" de 1923). Erros de atribuição de citações é, aliás, um dos hábitos do p. Tolentino. Lembra-se de ter falado do "Amor é sem porquê" e o ter atribuído a Heidegger? Pois bem, a frase é anterior a Heidegger uns bons 700 anos, como o próprio Heidegger reconhece.
Fernando d'Costa
Tolentino faz bem à Igreja? talvez. Merece todo o protagonismo que lhe dão? Não. Foi para Roma estudar por ser poeta (e já na altura ter afiambrado o meio cultural português que o tolera com condescendência por ser um pobre padre) e lá viveu "à grande e à francesa" à custa de tantos pobres a escrever, pelos vistos, uma página de 6 em 6 dias, pois, e isso sei, vivia de botequim cultural em botequim cultural sempre com aquele falar melífero que lhe dá um ar de douto e culto quando é precisamente o contrário.
Era muito bom que fosse publicada aqui a entrevista na íntegra. Li-a ontem à noite na Facebook. E fiquei em silêncio e a pensar que é um texto a guardar para ir lendo ao longo do tempo. Que pena nem toda a gente entender a pessoa e o modo como se expõe. Transcendente.
Já li algures por este blogue que o poeta/padre Tolentino não passa de um boémio diletante.
Caro amigo das 9:05:
tem sido dito muito - mais mal que bem - sobre o Tolentino Mendonça. Não o conheço o suficiente para negar tais afirmações, mas pelo que conheço - duas ou três vezes que falei com ele - pelo que li e ouvi, não concordo. Tenho-o em muita boa conta como pessoa, intelectual, poeta e cristão.
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