O DN faz hoje 148 anos. Parabéns. É um jornal que leio quase
todos os dias em papel e cuja página na Internet consulto várias vezes ao dia.
E nunca esquecerei a alegria de ter visitado a redação deste jornal tendo por cicerone Acácio Barradas, grande jornalista que morreu no dia 28 de outubro
de 2008. Nem as tardes maravilhosas que passei nos arquivos deste jornal a ler
as edições à volta de morte de João XXIII (que andava eu lá a investigar? –
disso não me lembro).
Mas hoje, apesar de a edição ser maior, em número de páginas e formato
(“berliner”), sinto-me defraudado. Esperava o suplemento “Q” e nada. Esperava o
texto de Anselmo Borges e nada.
A edição comemorativa é dirigida por Manuel Carvalho da
Silva e, como opinadores, surgem, entre outros, Mário Soares, Boaventura de Sousa
Santos e Carlos Carvalhas. Opiniões que não vou ler, porque já sei não saem da
cartilha. Também lá está a opinião de D. Manuel Clemente. E essa vou ler e
copiar para este blogue porque considero que o bispo do Porto lança pontes, enquanto
os três opinadores atrás referidos dinamitam-nas. É a minha visão das coisas, com
certeza.
O jornal tem algumas peças interessantes, como uma
reportagem sobre o Estado social na China (hei de ler), e outras de interesse nulo (hei de evitar),
como um debate com Arménio Carlos (CGTP), João Proença (UGT) e Manuel Carvalho
da Silva (ex-CGTP). Deve ser algo como um debate entre Mr.
Dupond, Mr. Dupont e, sei lá, Mr. Duponth. Só que uns estão mais à esquerda do que outros.
E como se faltasse esquerda no jornal, ainda entrevistam Lula e publicam opiniões de Tarso Genro (PT - Brasil) e José Antonio Griñan (PSOE - Espanha) entre outros. Se escrevessem “Pravda” em gótico no topo da primeira página, ficava a condizer.
E como se faltasse esquerda no jornal, ainda entrevistam Lula e publicam opiniões de Tarso Genro (PT - Brasil) e José Antonio Griñan (PSOE - Espanha) entre outros. Se escrevessem “Pravda” em gótico no topo da primeira página, ficava a condizer.
Para contrabalançar, talvez em 2013 convidem João César das
Neves para diretor por um dia.
3 comentários:
e esperavas outra coisa do inenarrável joão marcelino, essa nulidade socrática do jornalismo português?
Grande artigo de opinião, como sempre, aliás. Obrigado.
e então a desgraça será bem maior. :)
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