A julgar pelo impacto na imprensa escrita não confessional, o Átrio não existiu. Quanto a rádio e tv, só ouço música, não sei.
Para saber algo do Átrio, podemos ler na Ecclesia e no SNPC, ou no "Diário do Minho", mas parece-me muito pouco para o objectivo de sair do templo e falar com gentios.
No "Diário do Minho" de 17 de novembro.
8 comentários:
Jorge,
como já disse aqui, não estive presente, mas o meu filho esteve lá em diversas actividades. O panorama descrito por ele, mesmo quando com uma costela de criticismo herdada do pai, é de uma miséria enorme.
Num texto saído no jornal "Ecclesia" ainda antes do "Átrio", a responsável pela organização já ameaçou contar um dia as peripécias da mesma. Será franca e dizer que ela é a maior responsável pela mediocridade do mesmo? Não sei. Imagino-a, muito mais e pelos contactos que tive com a mesma em algumas conferências dadas pela mesma, a atirar areia para tudo e todos excepto para si. Os "gentios" mereciam mais. Muito mais.
Fernando d'Costa
Fernando: eu estive no Átrio e não partilho da sua opinião sobre a qualidade do mesmo. Mas as palavras da Doutora Isabel varanda só desapontam quem a não conhece. Ela é assim: não dá para mais: uma vez enfermeira, para sempre enfermeira.
Não sei como foram as outras sessões do Átrio senão por ter lido. E também não estive nesta. Pareceu-me, no entanto, que foi um átrio muito virado para o interior da Igreja, pelos seus participantes, quer intervenientes, quer espetadores.
Nas fotos, vemos sempre uma série se solidéus e monsenhores. Mais um claustro.
Não sei se poderia ser diferente. O Cardeal Ravasi manifestou grande contentamento com a sessão.
Do que li, a "Missa brevis", de João Gil e outros ex-Trovante, foi o momento alto. Gente não conotada com a Igreja mostrando a sua arte. Uma procura de beleza e sentido. Sentimo-nos aproximados.
O "Aleluia" que há tempos pus no blogue é de facto muito bonito.
http://tribodejacob.blogspot.pt/2012/10/aleluia-dos-ex-trovante.html
Mas nesta sessão a Igreja ouviu verdadeiramente gentios?
Já se disse que noutras edições do Átrio os gentios que lá estiveram eram patos-mancos e não verdadeiros ateus. Não sei se os de fé ateia querem de facto participar numa coisa destas, mas esperava que do Átrio saísse mais crítica, mais provocação à Igreja e aos católicos, mais - passe a palavra usada e abusada - desafios.
Jorge,
estou perplexo. O Papa diz no seu livro novo que os "Evangelhos de Infância" não são midrashs, mas relatos de eventos absolutamente históricos. E pronto, está dito. Os fundamentalistas adorarão esta.
Fernando d'Costa
Ainda não li nada do novo livro, mas com tanta afirmação da historicidade que tem corrido como antecipação do terceiro volume, temo e tremo que se leve à letra os primeiros capítulos de Lucas e Mateus.
Ontem ouvi Xabier Pikaza dizer que é mais provável que Jesus tenha nascido em Nazaré, na linha do que quase todos os biblistas dizem: que Belém não é para levar à letra.
Vamos ver.
Ouvi o que foi transmitido e gostei muito. O cardeal evidenciou uma lucidez, inteligência e um sentido de oportunidade fora de série. Lobo Antunes poderia deixar de lado tanto narcisismo. Divinizou-se e informou a plateia que o dialeto que se usava em casa era o inglês. Falava com o neto em inglês... muito in. O Pe Tolentino Mendonça teve uma intervenção muito adequada como sempre.
O p. Tolentino continua a promover-se para ser o secretário-geral da Associação Portuguesa de padres que falam abaixo de 2 decibéis pois assim parecem mais sensíveis e próximos. Estava em Roma quando ele lá estava a fazer o Doutoramento e era o p. do "jet set": sempre indisposto para ajudar quem quer que fosse, mas sempre a sugar o tempo e a disponibilidade dos demais. Só está onde está pois os artistas o acolheram como um dos seus por pena de ser padre.
Valeu, mais que não seja, por isto: http://senzapagare.blogspot.it/2012/11/palavras-do-papa-bento-xvi-ao-atrio-dos_21.html
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