Iluminura da obra "Scivias", de Hildegarda
Hildegarda de Bingen (1098-1179; foi contemporânea da
fundação de Portugal; tinha 45 anos em 1143; será que ouviu falar deste país?),
a nova doutora da Igreja, é apreciada por feministas, mas só q.b. O texto de
António Marujo, no “Público” de domingo, aqui postado, também dá isso a
entender. Porquê? Talvez porque – e este é um aspeto que não tem sido referido
nas notícias sobre esta nova doutora – Hildegarda, oriunda de uma família da
pequena nobreza, opunha-se à entrada de mulheres do povo nos conventos
beneditinos. Pensava que havia que preservar o privilégio de nobreza quando,
por esta altura, já os mosteiros masculinos mais influentes tinham abandonado
as ideias de privilégio de nascimento. Os dois mosteiros que Hildegarda fundou
acolheram meninas e mulheres nobres.
5 comentários:
ahahah, ninguém é perfeito. Isso só mostra quanto era humana e uma mulher do seu tempo. e para além do mesmo, em outras facetas. ;)
Exactamente! Achava que numa comunidade composta com "ricas" e "pobres" aquelas viveriam sempre com sobranceria e estas com inveja. Mas justificava essa realidade com uma suposta vontade de Deus na existência de estratos sociais inamovíveis. Nos dias de hoje também há ordens religiosas em que (e cito a ideia, não as palavras) "o vir de 'boas famílias' pode superar deficits vocacionais de outra ordem".
Fernando d'Costa
Fernando, li um comentário seu dizendo que esta imagem não seria da própria Hildegarda e outro de Américo Mendes dizendo que habitualmente sou rigoroso - "restaurei" esses comentários, porque tinham ido parar ao spam, mas não sei porque ainda não aparecem aqui.
Hildegarda pintou iluminuras. Terei de ver em concreto se a deste texto é ou não da mística. De onde a tirei dizia que sim.
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