Teófilo, imperador bizantino do séc. IX, afirma,
reportando-se a Eva:
- A fonte e causa de todas as tribulações humanas foi uma
mulher.
A poetisa Cássia argumentou:
- E toda a regeneração humana partiu de uma mulher.
Não certamente devido a esta discordância imperial, Cássia, apaixonada por Teófilo quando este ainda não tinha subido ao trono (ele, iconoclasta, casar-se-ia com Teofora, defensora dos ícones), terminou
a sua vida como muitas mulheres que procuravam protagonismo: num convento.
3 comentários:
E de que "mulher" partiu essa regeneração? ou agora pode-se usar esse termo em sentído unívoco quando antes não? pffff...
Caro anónimo,
apesar de ser anónimo, não é desconhecido.
Penso que o seu comentário se refere aos comentários deste post
http://tribodejacob.blogspot.pt/2012/09/demonofilicos-e-misoginos-de-maos-dadas.html
(eventuais interessados poderão assim compreender as suas alusões)
Com esta "bizantinice", que não é nada bizantinice, não pretendi dar qualquer resposta a questões passadas. Se quisesse, teria posto um link no texto inicial.
De qualquer forma o seu comentário não faz sentido. Não me lembro de alguma vez ter dito que se podia ou não podia usar "esse termo em sentido unívoco". Julgo apenas ter lançado uma questão - que, como é habitual, quando dirigida a si, fica sem resposta, ainda que não largue este blogue.
Que os grandes modelos femininos medievais foram Eva e Maria, tanto no Oriente como no Ocidente, e, por vezes, Madalena, tida como pecadora arrependida (erro bíblico), é por de mais evidente. Que esse modelos ainda continuam a ser tidos em conta na Igreja, também não é difícil de provar.
Que esse modelos são demasiado pobres para falar da mulher, tanto no passado como no presente, sõ não vê quem não quer. Mas alguns, de facto, não querem.
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