sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dois modos de agir, uma mesma fidelidade, ponto de interrogação

Mais um exercício de contorcionismo papal. Têm sido muitos por estes dias. Parece ser assim: “Santo Padre, faço o que quiser que a gente justifica”. O gesto de Bento XVI desencadeou páginas e páginas disto.

Digo contorcionismo papal porque, por muito que queiram, ainda que haja “uma mesma fidelidade”, os gestos são opostos. Bento XVI diz-nos que não quer ter um final como João Paulo II.

Por outro lado, há, na realidade, há cristãos que se sentem defraudados. Como os compreendo. São mais coerentes do que os que se perdem em encómios para com Bento XVI. Há movimentos ditos conservadores que estão desiludidos com este Papa e receiam que seja eleito um mais novo, pois é essa uma das leituras possíveis quanto ao significado da resignação de Bento XVI. Alguém com forças.

O texto seguinte, de Miguel Almeida, padre jesuíta (diretor do CUPAV - Centro Universitário Pe. António Vieira, Lisboa), veio no “Público” de ontem.

 Há mais ou menos oito anos víamos como um Papa, o Papa João Paulo II, resistia até ao extremo das suas forças para levar até ao fim a missão que lhe fora confiada. Agora soubemos que outro Papa, o Papa Bento XVI, apresentou a sua renúncia. 
Há oito anos, muito se discutia, dentro e fora da Igreja, se João Paulo II devia "abdicar", já que estava manifestamente incapacitado para exercer convenientemente o seu mandato, devido à idade e à falta de saúde. Entre os fiéis católicos, porém, muitos defendiam que o Papa devia permanecer na Sede de Pedro até ao fim dos seus dias. Era, diziam, um testemunho para o mundo. Um mundo em que as pessoas idosas contam pouco mais que nada, em que a imagem é tudo, um mundo que valoriza as pessoas por aquilo que fazem e não pelo que são. O Papa Wojtyla surgia então como uma luz, ténue é verdade, mas uma luz que iluminava caminhos de fidelidade e de compromisso, bem para lá do "apetecer" ou da imagem a manter. E esta foi a opção clara de João Paulo II. Discutível? Sim. E a atitude assumida hoje por Bento XVI mostra, pelo menos, que há outros caminhos. Mas a posição de João Paulo II foi, então e de facto, um testemunho de fidelidade e de entrega como poucos. 
Surpreendentemente, Bento XVI apresentou aos cardeais em Consistório a sua renúncia: "Bem consciente da gravidade deste acto - afirma o Papa -, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro." As razões são declaradas com uma lucidez, humildade e clareza notáveis: "... no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado." 
Esta decisão apanhou o mundo inteiro de surpresa. Percebeu-se pelas reacções dos próprios cardeais que, até para os colaboradores mais directos do Papa, esta declaração não era de todo esperada. De facto, assim reagiu o cardeal decano, Angelo Sodano: "Ouvimo-la [a sua comovida comunicação] com um sentimento de perplexidade, quase completamente incrédulos." Por muito apoiada e bem acompanhada que uma pessoa esteja, as grandes decisões da vida são tomadas na solidão. Ainda mais quando a pessoa de quem falamos é um Papa. Ainda mais quando a decisão que ele toma é algo que muito raramente aconteceu na história da Igreja e que altera necessariamente o modo de pensar e de actuar a que nos habituámos. Para quem tanto fora acusado de tradicionalista e retrógrado, há que lhe reconhecer a liberdade e a coragem de assumir uma opção que é tudo menos tradicional. Um Papa não abdica. Pelo menos assim diz a tradição. Com esta renúncia, Bento XVI sabe que está a abrir novas portas no modo de exercer o Papado, está a fazer Tradição. 
O interessante, no meio de todo este acontecimento, é que os cristãos não se sentem defraudados. Mesmo aqueles que defenderam que João Paulo II devia permanecer na Cadeira de Pedro até morrer, sentem hoje uma paz grande - depois da perplexidade própria da surpresa - ao lerem o discurso de renúncia de Bento XVI. Porquê? É que a motivação que levou o Papa Wojtyla a manter-se até morrer e que conduz o Papa Ratzinger a resignar é uma e a mesma motivação. São tão-só dois modos antagónicos de viverem e exprimirem o amor inquestionável à Igreja e ao mundo. Para um, o testemunho de ficar até ao fim era, então, essencial para mostrar como "da cruz não se abdica"; para o outro, a necessidade que o mundo actual tem de uma Igreja que possa responder às "rápidas mudanças e às questões de grande relevância para a vida da fé", requer um Papa cujo vigor Bento XVI sente escapar-lhe. 
As opções são diferentes, mas a fidelidade à missão de Pedro é a mesma: anunciar a liberdade com que Cristo nos libertou.

Portocarrero de Almada: Sinais de contradição

Um crónica de 11 de fevereiro, no "i". Já cá deveria ter sido posta, mas só agora saiu do vórtice da resignação papal. Eu também não gosto do carnaval. Ou pelo menos do carnaval-que-temos.

Reino de Jesus

Jesus fala do Reino de Deus. Ele não fala como de um outro mundo, destinado a fazer-nos esquecer os cuidados deste mundo, como num conto de fadas. Este Reino é o mais profundo do nosso mundo, para aquele que tem olhos para ver:é o nosso mundo quando o olhamos como o domínio de Deus. É aí onde Deus reina, já aqui e agora.

Jean-Noël Bezançon

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Algumas coisas que aprendi com Bento XVI - 1

Bento XVI disse:

A verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na «economia» da caridade, mas esta por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade. Deste modo teremos não apenas prestado um serviço à caridade, iluminada pela verdade, mas também contribuído para acreditar a verdade, mostrando o seu poder de autenticação e persuasão na vida social concreta. Facto este que se deve ter bem em conta hoje, num contexto social e cultural que relativiza a verdade, aparecendo muitas vezes negligente se não mesmo refractário à mesma.

Caritas in veritate, 2

Não digo que o Papa tenha posto no lixo aquela expressão "a verdade na caridade", que nas suas aplicações habituais transformava a verdade numa verdadezinha, logo menos verdade, e contaminava a caridade. Mas reforçou, sem dúvida, a necessidade de busca da verdade como condição de vida cristã (vida enquanto pensamento e ação).

Certamente que a verdade é um fim. Mas também é uma condição quando aliada ao amor. Mas pelo facto de o amor ser mais alto, não deve deturpar a verdade. Pelo contrário, exige que ela seja sempre cumprida. Espanto-me por isso que alguns ratzinguerianos, e o próprio papa, em algumas circunstâncias ajam como quem tem medo da verdade. Na investigação teológica por exemplo (penso em Ratzinger enquanto prefeito da CDF e enquanto autor dos livros sobre Jesus). A questão não foi, boa parte das vezes o "se é verdade", mas antes o "se está de acordo com o Magistério", quando ambos, teólogos e Magistério devem ser servidores da verdade.

Em resumo, a verdade como imperativo da vida cristã (lá haveremos de chegar à questão do relativismo) é um dos legados de Bento XVI. Assumir a verdade em todos os âmbitos da vida eclesial e na relação com o mundo, no mundo, provocará muita dor.

Que título para Bento XVI?

Quando João Paulo II morreu, tentaram colar-lhe o "Magno" ao nome. Não colou. Pelo menos por agora, que estas coisas levam tempo.

Que título podemos dar a Bento XVI / Ratzinger? O Teólogo? Não creio. Ratzinger é um grande teólogo no panorama atual, mas é irrelevante na teologia dos séculos XX e XXI. Os livros sobre Jesus, passado o pontificado, vão ser esquecidos. Não trazem nada de novo à teologia e a investigação histórica e teológica já está mais à frente. Talvez alguma das suas outras obras, que estão a ser publicadas nas obras completas, seja importante. Como não leio alemão, desconheço. Bento XVI, o Breve?

Outra notícia do dia 11: "Patriarca fica mais um ano"


Notícia do "Correio da Manhã" de 11 fevereiro, o dia em que o raio caiu do céu sobre o Vaticano e obnubilou tudo em termos mediáticos. Registe-se o aparecimento de um quarto candidato. Ou seja, o segundo depois de D. Manuel Clemente, já que D. António Marto é demasiado nortenho para Lisboa (não é candidato real). Mais depressa vai parar ao Porto. E D. Carlos Azevedo já por lá passou. Se lá fosse desejado, não teria sido "promovido" para Roma. 

Quaresma


O papa Bento XVI apelou hoje [13 de fevereiro de 2013] ao fim da "hipocrisia religiosa" e "rivalidades" dentro da Igreja Católica, na sua última missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

É o que diz o DN. Levar a sério este apelo provocaria (uso condicional porque não tenho ilusões sobre a sua concretização de hoje para a amanhã) um novo Pentecostes. Nasceria outra Igreja. E teríamos de arranjar-lhe outro nome. Como me dizem uns amigos, não os imaginava tão perto de Bento XVI, “Igreja é sinónimo de hipocrisia católica”.

Nota às 10h48: Vale a pena ler os comentários que se seguem, especialmente o primeiro.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

13 de fevereiro de 1130. Morre o Papa Honório II



Lamberto Scannabecchi foi eleito no dia 21 de dezembro de 1124. Dizem que através de um suborno. No entanto Honório II foi um Papa decente.

Liderou a Igreja católica até ao dia 13 de fevereiro de 1130. Morreu aos 55 anos. No seu pontificado realizou-se o Concílio de Troyes (1128), que estabeleceu a regra da Ordem dos Templários.

Bento Domingues: As religiões não são todas iguais


A resignação do Papa foi um vórtice que engoliu tudo. Eu, por, exemplo, esqueci-me de pôr aqui o texto de Bento Domingues. Começa com esta tirada impagável:
Na polémica com os liberais, o católico ultramontano Louis Veuillot (1813-1883) assumiu uma posição que ficou célebre: "Quando estou em situação desfavorável, em nome dos vossos princípios, exijo a liberdade; quando estou em posição forte, em nome do meu antiliberalismo, nego-vos a liberdade".

Louis Veuillot, o antipatrono da liberdade

Hans Kung sobre a resignação

Ele fez uma escolha secular como se fosse um simples Presidente da República. (...) Nunca imaginei que este Papa me pudesse surpreender um dia de forma positiva.

Hans Kung

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Anselmo Borges: Sobre a resignação de Bento XVI

No DN de hoje, aqui:

Percebo e não percebo o aparente choque que se apoderou da opinião pública. Para mim, foi surpresa por ter sido ontem. Mas estava convencido de que, mais tarde ou mais cedo, isto iria acontecer. Aliás, ele próprio já há dois anos tinha afirmado que, se sentisse que já não tinha forças para continuar à frente do governo da Igreja, resignaria.

Foi um gesto de grande coragem, lucidez e honestidade. Reflectiu em consciência e fê-lo em plena liberdade - foi bom que o tenha declarado. Já não sente forças no corpo e no espírito, disse também. Os problemas do mundo actual, com incidência na fé, são gigantescos e a Igreja precisa de alguém com mais energia e vigor.

Penso que uma das causas maiores do desgaste foi a sua incapacidade para reformar a Cúria Romana, questão essencial para o futuro da Igreja - ele próprio se queixou de que lhe sonegavam informações. Houve uma série de escândalos, desde a pedofilia à corrupção, do Vatileaks às intrigas no Vaticano, com correntes que se digladiam e preparam para a sucessão. Bento XVI é um homem afável e quase tímido - foi a impressão que me ficou da vez em que estive com ele. É um intelectual e não um homem da administração e, assim, na impossibilidade dessa reforma, resignou.

Deste pontificado fica a importância do diálogo entre a fé e a razão, a condenação sistemática da especulação financeira sem regulação, a continuação do diálogo com as outras confissões cristãs e com as diferentes religiões, o apelo a dois Estados soberanos: um israelita e outro palestiniano, a possível abertura ao preservativo.

O sucessor? Ninguém sabe. Mas, no meu entender, deve ser profundamente cristão, seguir Jesus no seu Evangelho, relativamente jovem, com capacidade de reformar a Cúria, próximo das pessoas e dos seus problemas reais. Mais interessado nas pessoas do que na instituição. Penso num João XXIV.

Capas de Bento na imprensa portuguesa de hoje






segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Para onde vai Bento XVI - 2

Vídeo retirado do sítio da Rádio Renascença. Um comentador deste blogue, Pedro, escreveu que o porta-voz do Vaticano já explicou para onde vai Bento XVI.Procurei o vídeo. A resposta surge aí pelos 1:45. Primeiro, Bento XVI vai para a residência de Castel Gandolfo e depois para um mosteiro de irmãs de clausura no Vaticano.

Inevitável começar-se a falar dos sucessores de Bento XVI

O "Público" diz que o ganês Peter Turkson é o preferido. Não me parece. Vai ser um europeu. Italiano. Do norte. Da eScola de Ratzinger. Ou então um do sul. Mas de outro hemisfério e a falar latino.

Para onde vai Bento XVI?


Não sei se já alguma coisa foi dita oficialmente sobre isto. No meu papel de tudólogo, acho que vai para um convento, mosteiro ou algo do género. Beneditino. Com uma boa biblioteca. O de Monte Cassino reúne as condições. Foi fundado pelo primeiro Bento. E tem boas vistas.

Bento e os ventos

Ouvindo os comentadores (vi na TVI do café ao lado), parece que a resignação era esperada e que Bento XVI fez muito bem.

Se ele tivesse morrido no ofício, diriam o mesmo? Que era esperado e que fez muito bem? Que era esperado que não resignasse e que fazia muito bem em não resignar? Parece-me que sim.

Quando morreu João Paulo II, não me lembro de nenhum comentador eclesiástico dizer que já deveria ter renunciado. Todos invocavam o "não se renuncia à paternidade" de Paulo VI. E ai de quem dissesse o contrário. Eu dizia. Na altura ouvi que era uma desconsideração da velhice, um ir na onda das organizações mundanas (e a Igreja também não é isso?), até uma falta de fé.

E se há dias alguém dissesse que o Papa deveria naturalmente resignar como qualquer bispo, diriam que não pode ser assim, que é diferente, blá-blá-blá. Hoje, parece natural que tenha de ser assim.

Bento XVI é grande na hora de saída. Os comentadores (os que eu ouvi) vão conforme lhes dá o vento.

O Papa vai renunciar no dia 28 de fevereiro

O Papa vai renunciar no dia 28 de fevereiro.

Grande decisão a de Bento XVI. Só falta que o Bispo de Roma faça como todos os outros, que aos 75 anos apresentam a disponibilidade para deixarem de estar à frente das suas dioceses. Quem diz 75 diz 80 ou qualquer outra idade. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A mensagem do Papa para a Quaresma diz 28 vezes caridade

Quando tinha frutos também tinha ninhos

A mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2013 (li-a aqui) insiste na relação entre fé e caridade. “Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente”. O Papa diz que tanto é “redutiva a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um genérico humanitarismo” como é igualmente redutivo “defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o ativismo moralista”.

Claro que o Papa não é pelagiano porque diz que as obras de caridade “não são fruto principalmente do esforço humano, de que [alguém poderia] vangloriar-se, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece em abundância”.

A mensagem não é muito provocadora, como penso que seria desejável num texto que afirma que estamos a entrar num tempo precioso de reavivar a fé. Mas tem elementos suficientes para quem quiser um pouco de metanóia. A principal provocação é ao mesmo tempo uma das frases mais ignoradas de Bento XVI, pelo menos nas suas consequências. Afirma ele, citando-se a si próprio (“Deus caritas est”, 1):

«No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro».

Pode haver fé (e logo caridade) sem este encontro pessoal? Porque continua a Igreja a dar sacramentos (todos eles) a quem manifestamente não dá sinais do encontro pessoal? Basta começar pelo Batismo e necessariamente chegar o Matrimónio, como, aliás, há dias o Papa já disse. Encontros pessoais não se delegam por muita fé que tenham os delegados.

Bento Domingues: "As religiões não são todas iguais"


As religiões não são todas iguais e nem tudo é santo nas religiões, diz Bento Domingues no seu texto de hoje no “Público”.

O dominicano começa por citar um ultramontano, Louis Veuillot (1813-1883), que disse algo que hoje tem perfeita aplicação em muitos muçulmanos, talvez mais nos líderes, que querem liberdade religiosa nos países de minoria muçulmana, mas odeiam-na nos países árabes: "Quando estou em situação desfavorável, em nome dos vossos princípios, exijo a liberdade; quando estou em posição forte, em nome do meu antiliberalismo, nego-vos a liberdade".

E aponta o edificante – o adjetivo é a minha opinião – exemplo norueguês:
A Noruega não parece disposta a aceitar a chantagem terrorista. O Governo norueguês aceita a construção de mesquitas no seu território. Não admite, porém, que a Arábia Saudita e os seus homens de negócios entrem com milhares de milhões para financiar esplendorosas mesquitas e continuem a impedir a construção de igrejas cristãs no seu país. Exige reciprocidade.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Jonas Gahr Stor, levará esta exigência ao Conselho da Europa.
Bento Domingues conta ainda como Jesus não respeitou a integridade da Sagrada Escritura, o mesmo é dizer a relação das religiões com a violência. Esse é mais um dos motivos para admirar, se de mais não formos capazes, Jesus Cristo. O texto na íntegra estará por cá amanhã.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O latim como deve ser



No “Q” (DN) de sábado passado – eu já cá deveria ter falado disso, mas passou-me – falou-se do latim como deve ser. Ou seja, pelo seu valor cultural e não pela sua pseudo-importância religiosa.

Temas principais das 15 páginas dedicadas ao latim:

- “Uma antiga herança europeia” – como o latim ajudou a definir a Europa; 
- “Aprender latim no século XXI” – um ateliê mostra aos mais novos como a língua continua viva em palavras que usamos todos os dias; 
- “A «Eneida» a um policial de 2011” – sobre os 84 mil títulos em latim que a Amazon tem no seu catálogo; 
- “Entre a música sacra e Rodrigo Leão” – um percurso pela história da música; 
- “O São Sebastião de Derek Jarman” – sobre o primeiro filme britânico abertamente «gay», todo ele falado em latim; 
- “A primeira língua franca da ciência” – sobre o «Sidereus Nuncius» de Galileu e o uso do latim para a divulgação do conhecimento científico.

"Sidereus Nuncius"

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...