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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Hubert Reeves: "Nenhuma pessoa inteligente pode acreditar no criacionismo"


Excerto da entrevista que Hubert Reeves deu ao "Público":
Acredita que a divulgação tornou as pessoas mais conscientes da necessidade de ter conta as descobertas científicas? 
Tem de haver alguma coisa entre a religiosidade – num sentido absolutamente naïf – e a ciência pura. Não é preciso fazer parte de nenhum grupo evangelista, nem negar toda a possibilidade de espiritualidade. As pessoas hoje podem decidir por si. 
Como é que um homem de ciência vê o debate crescente nos EUA sobre o criacionismo? 
É ridículo. Nenhuma pessoa inteligente pode acreditar no criacionismo. 
Mas já há estados dos EUA onde há a possibilidade disto ser ensinado nas escolas. 
Acho que essa é mais uma questão política do que uma questão científica. Há uma pressão social e política de algumas pessoas com interesses. É difícil ver que um miúdo que tem algum cérebro possa acreditar que o mundo foi feito há 4000 anos. E é o caso. Acho que é inútil lutar contra o criacionismo.

Foto e excerto daqui.

Para algumas pessoas, a iniciação na literatura de divulgação científica foi com o livro (e a série) "Cosmos", de Carl Sagan. Foi o meu caso. Para outros, foi com o livro deste senhor, "Um pouco mais de azul", que foi buscar o título a um poema de Mário de Sá-Carneiro. Por pouco não foi o meu caso. Li-o logo a seguir ao "Cosmos", por influência do amigo Manuel Augusto Oliveira.

sábado, 13 de outubro de 2012

Teorias de Satanás

No "Inimigo Público" de ontem ("Público" de 12 de outubro de 2012), antes que acabe, visto que a direção do matutino quer acabar com o suplemento humorístico (além de despedir dezenas de jornalistas).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ciência, provas e certeza



A ciência tem provas sem certeza. Os criacionistas têm certeza sem qualquer prova.

Ashley Montagu (1905-1999)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Nem crentes fundamentalistas nem cientistas infalíveis


"Hoje, o possível conflito entre ciência e fé pode ser intensificado por correntes fundamentalistas cristãs e por homens da ciência e da técnica que aspiram a um estatuto de infalibilidade, sobretudo no campo da biologia e das suas aplicações em medicina. (...) A via régia continua a ser a da escuta recíproca, do confronto crítico, do diálogo. Aquilo que deve preocupar homens de fé e homens de ciência é o caminho de humanização pessoal e das diversas sociedade; o que se receia é a instrumentalização, a manipulação, a reificação do sujeito humano".


Enzo Bianchi, "Para uma ética partilhada" (ed. Pedra Angular), páginas 90-91.

domingo, 25 de abril de 2010

A união faz a força pela criação

A Criação. Um apelo para salvar a vida na terra
E.O. Wilson
Gradiva
230 páginas

Este livro lê-se como uma grande carta de um cientista, notável biólogo da universidade de Harvard (EUA), a um qualquer pastor baptista. E resume-se a um apelo: vamos juntos trabalhar pela salvação da natureza/Criação.

O tom da obra de E.O. Wilson é ligeiramente desadequado ao panorama português, mas o livro é útil para ficar a conhecer mais de biologia por um grande divulgador. Se ninguém pode amar aquilo que não conhece – dizia Aristóteles – talvez após a leitura deste livro o leitor se torne adepto da conservação da natureza. Mas a desadequação ao panorama português vem do seguinte facto: E.O. Wilson fala para baptistas, que nos Estados Unidos são um grupo significativo e têm grande influência, principalmente no sul do país. Ora, os baptistas são criacionistas, tanto teológica como cientificamente. E tendem a ler as primeiras páginas da Bíblia o mais literalmente possível. A teoria da evolução através da selecção natural está excluída à partida.

É para esses que o cientista com grandes certezas quanto à teoria da evolução escreve. No fundo, diz: mesmo que discordemos sobre a origem da natureza, tenha sido Deus o criador ou tenha sido ela gerada por si mesma através de mutações aleatórias e da selecção natural das moléculas codificantes, podemos estar unidos na mesma causa.

Ora os católicos, ainda que haja excepções, já não sentem que o evolucionismo traga grandes complicações. É uma teoria científica. E a Bíblia não é um livro de ciência. É um livro sobre o sentido das coisas. Coisa que a ciência não pode dar. Daí que os católicos (mas também os anglicanos, os metodistas, os luteranos, de um modo geral) coabitem bem com o evolucionismo científico e o criacionismo teológico. São campos diferentes que explicam níveis diferentes da realidade. Não se espere da ciência que ela venha falar de Deus. Nem o contrário. Mas no essencial, a mensagem do livro vale: “Se a religião e a ciência se pudessem reunir sob o tecto comum da conservação biológica, o problema seria rapidamente resolvido” (pág. 14).

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Richard Dawkins e o bispo de Oxford

Li hoje na “Ler” n.º 86:

Curiosamente, Richard Dawkins, que demonstra sempre, de maneira quase festiva, fervorosa e militante, o seu «orgulho de ser ateu» e a sua sanha contra as religiões, recorre desta vez às autoridades eclesiásticas inglesas, nomeadamente ao antigo bispo de Oxford, para recordar um artigo escrito por ambos, publicado em 2004 no Sunday Times – «Actualmente não há nada a debater. A Evolução é um facto e, na perspectiva cristã, uma das maiores obras de Deus» -, sem contudo deixar de fazer notar que a última oração não é de sua autoria (fim de citação).

É simpática a amizade entre o ateu Dawkins e o bispo anglicano, quando o biólogo tem sido um autêntico apóstolo pela razão, contra a fé. Esta última, sem distinções de correntes e religiões, é sempre considerada por Dawkins como irracional, tendente ao fundamentalismo, viral no mau sentido.

Há muitos vídeos sobre as conversas do cientista com o bispo. Este, longo (34 minutos, em várias partes), deve ser dos mais interessantes.

Segunda parte

Terceira parte

Quarta parte

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...