quarta-feira, 17 de abril de 2013

E mesmo as com culpa

Cristo é o espelho onde se projetam todas as crucifixões sem culpa.

Manuel Lozano Garrido

8 comentários:

Peter disse...
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Peter disse...
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Peter disse...

A CULPA… essa nunca pode faltar... ainda que na Cruz tenha soado o grito no “Tudo está consumado”…! Parece-me que ainda anda por aí muita gente de bem que espera teimosamente (daqui não saio, daqui ninguém me tira) na fila para pagar o imposto celestial que está em falta, esse imposto criado pelos homens que não se cansam de taxar e alimentar a Culpa… aquilo é uma fila que nunca mais acaba, e por isso, nem entram nem deixam entrar os outros nessa Glória Divina que é acessível a todos desde que soou esse grito divino!

Outros, nem na fila nem fora dela, são os tais que sofrem do sindroma da “Gabriela”… esses que não se cansam de lamuriar por essas ruas das “madalenas descalças” onde o(s) seu(s) coronel(eis) costumam passar depois da missa habituée da manhã: “Eu nasci assim, eu cresci assim, sempre “Gabriela” que é como quem diz, eu nasci em pecado e já não tenho cura, e já não há mais nada a fazer, se os “entendidos” dizem que sou um caso perdido, e estou condenado, pois que assim seja, coração ao fundo! Alguns ainda arranjam algumas forças e lá se põem a caminho em busca desses imensos “tanques de Betesda” que pululam por aí, mas até aí, se não estiver ali um “anjo porteiro”, e não for cumprido o programa de fazer a ronda aos “pavilhões”, os tais programas espirituais organizados, não há nada para ninguém… para o ano cá os esperamos!

Misericórdia Senhor.. Tu bem dizias àqueles teus Discípulos amados: ”O geração incrédula e perversa! até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? “ Mat 17,17…

Jorge Pires Ferreira disse...

Peter, achei piada à sua mini-homilia. Essa da Gabriela está bem apanhada. Não vejo a novela desde que ela passou a primeira vez, nos idos de 70, era eu uma criança, mas compreendo.

Em relação ao post inicial, faz-me pensar que a ação dos cristãos passa muito por não deixar que mais ninguém seja crucificado. Aquele deveria ter sido o último.

Anónimo disse...

Amigo Jorge.. foi essa a 1ªa que vi por força das “circunstancias” à mesa, pobre do meu Pai, tudo em casa parava naquela hora, e aí de quem pia-se a pedir côdeas de pão, apanhava logo…risos… as "cópias" já não, depois vi mais duas mas cansei logo e ainda bem! E sim,"não deixar que mais ninguém seja crucificado"… mas sabe, o problema é que existem sempre essas sombras humanas escondidas no meio da multidão e que se alimentam do sofrimento alheio infligido por outros nessa morbidez diabólica, executada tantas vezes em nome de moralidades, esses que carregam as pedras nas mãos, e que ali estarão sempre presentes para gritar, atiçando o povo simples ao estilo da manada dos elefantes em fúria: crucifica-o… crucifica-o… eles bem escondem o rosto, mas estão bem demarcados, e esses sabem, (ó se sabem, nem imagina), que existem muitas formas de crucificar o outro… a maldade humana já está muito refinada!
Saudações.


Peter

Anónimo disse...

haha.. essa da "mini-homilia" também me fez dar umas boas gargalhadas...

Cumpts.

Peter

Anónimo disse...

De facto, as homilias do Peter estão a ficar proverbiais: escritas a verborreia, só dão um cheiro agradável a este blog.

Anónimo disse...

Interessante!!! Parece que o Anónimo(7:00 PM) aprecia e dá-se muito bem com tais “cheiros” a constatar pelas leituras e escutas assíduas que faz das homilias nas suas visitas a este blog…! Não querm lá ver, pelos vistos tenho um fiel admirador aqui!

Peter

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