domingo, 7 de abril de 2013

Bento Domingues: "A ressurreição continua"

Bento Domingues no "Público" de hoje:


Desde a sua eleição, a 13 de Março de 2013, o Papa Francisco alterou as expectativas sobre a renovação da Igreja. Do Vaticano, nos últimos anos, só chegavam más notícias. Bento XVI, em vez de varrer a Cúria, trabalhava na sua obra teológica, depois de ter silenciado a dos outros.

Se não for travado e não for uma táctica, o caminho do Papa Francisco pode trazer boas surpresas. A começar pelo próprio nome. Não passa pela cabeça a ninguém que a figura de S. Francisco de Assis possa abençoar aquela Cúria, as suas intrigas palacianas e as supostas lavagens de dinheiro. O nome de um poeta anarquista e maltrapilho para nome de Papa romano roça o surrealismo.

Ler mais aqui, amanhã.

25 comentários:

Anónimo disse...

"Do Vaticano, nos últimos anos, chegavam más notícias", diz o anarquista da mentira. Se isto não é a mais nojenta generalização, não sei o que será. De qualquer modo, já não é generalização dizer que de Frei Bento só vêm dislates.

Jorge Pires Ferreira disse...

Parece mais errado o seu "só" de

"já não é generalização dizer que de Frei Bento só vêm dislates."

do que o de Bento Domingues.

Anónimo disse...

Vao-me desculpar mas Bento Domingues está a utilizar uma agressividade que além de injusta é escusada. A falta de amor que ele têm pela Igreja e pelo proprio Bento XVI, deixa-me verdadeiramente desconfortável pois mesmo que possa ter uma opinião certeira em alguns aspectos, perde toda a razão. A agressividade quando é excessiva e desporporcionada revela falta de paz e têm o condão de aumentar as pulsões para as reacções ainda mais agressivas, por isso se ele encontra tantas negatividade na Igreja, não é desta forma que a irá combater (antes pelo contrário)
Saudações
Jacome

Anónimo disse...

Este ataque infame e nojento de Frei Bento Domingues a Bento XVI é mais uma demonstração do seu carácter. Um carácter de pessoa triste e ressabiada que só encontra eco positivo em pessoas igualmente tristes e ressabiadas. mas continue a falar, Frei Bento: ajuda-nos a perceber o que seria uma igreja à sua imagem.

Anónimo disse...



Nestes dias em que cada católico é um verdadeiro franciscano -ó, sim!- e que o amor fraternal é por todos vivido-ó, sim!- deixem-me dizer o seguinte, medindo cada palavra: o frei Bento Domingues é um filho da puta. Repito, um filho da puta. Se não sabem o que é isso metam explicador.

Rui Jardim

J. Duque disse...

Já todos sabemos que Frei Bento Domingues representa uma certa corrente eclesial, “progressista”, muito “anos 60-70”, que se sentiu desiluda com a evolução da Igreja, sobretudo a partir dos pontificados de João Paulo II e Bento XVI, acusados de “fazerem marcha atrás” em relação às directivas (e extrapolações…) do Concilio Vaticano II (colegialidade Papa /bispos, Sínodo permanente, Papa como “primus inter pares”, papel activo dos leigos, possível abolição do caracter obrigatório do celibato sacerdotal, eleição dos Bispos pelo clero das suas dioceses, etc., etc.).

Como é também do conhecimento público, Bento XVI foi um alvo particular destas correntes "progressistas" (hoje minoritárias no interior da Igreja, mas ainda influentes e acarinhadas na Comunicação social). O Papa Ratzinger foi acusado de ser o mais “reaccionário” dos Papas pós-conciliares, pelo seu diálogo com os integristas (Fraternidade de S. Pio X) , pela reabilitação da Missa tridentina, pelo seu gosto numa Liturgia algo “tradicionalista”, pela tese do Concilio como “reforma” evolutiva da Igreja e nunca como revolução (a famosa tese da “hermenêutica da continuidade”).

Mas aqui, acho que neste ataque a Bento XVI há falta de honestidade intelectual: a limpeza na Igreja (ex.: o combate à pedofilia/pederastia no clero e tentativa da reforma da Cúria) começou ainda no pontificado do Papa “emérito”. Esperamos que o actual Pontífice prossiga esse trabalho, para além dos gestos simbólicos dos primeiros dias e do estilo mais “moderno”. Mas acho uma ilusão perigosa que se projecte no Papa Francisco os nossos ensejos pessoais sobre o que deve ser a Igreja do seculo XXI.
É criar um mito à volta dele, tal como se criou à volta de Barack Obama, quando apareceu. Hoje, os “obamistas” mais exaltados são os mais desiludidos…

E aqui o perigo de haver uma desilusão (e consequente crise eclesial, com contestação interna, cisma assumido ou encoberto, e abandono da Igreja) é muito grande, tal como houve em relação, digamos, ao Papa Paulo VI, a partir do fim do Concílio (1965). Este Papa, acarinhado a inicio por liberais e progressistas, acabou por ser atacado e abandonado por estes, quando manteve o celibato obrigatório, e condenou a contracepção (“Humane Vitae”, em 1968).
Esperemos que a História não se repita...

Anónimo disse...

Frei Bento Domingues, q eu acompanhava muito irregularmente e normalmente sem ler até ao fim quando me apercebo que vem mais do mesmo, dá a sensação de ser um homem revoltado interiormente consigo próprio e de ter tido uma crise de fé profunda não resolvida, restando um Jesus meramente político e um cristianismo como mais como um' ismo' com um programa político de acção e transformação do mundo. Daí a sua visão dos evangelhos como uma criação resultante não da inspiração divina, mas antes dos interesses de um grupo de homens com sede de poder e apropriação da figura de Jesus. Daí também a sua relativizacao da figura de Jesus como caminho de Salvação (palavra q evita utilizar), ora independentemente do maior ou menor conhecimento e seguimento de Jesus Ele é Deus e portanto é Ele que Salva. Se isto não são pontapés muito fortes, para não ser mais enfático, na Fé em Cristo e na Igreja, o que é? E não me venham dizer que o estou a expulsar da Igreja, quando muito contraponham, posso eu não ter entendido bem a profundeza do pensamento de BD.
Saudações
Jacome

Helena V. disse...

É esta uma peleja em defesa da Igreja, que o Frei Bento tão "vil e infamemente ataca"?
Que pena.
Que pena vir, afinal, confirmar a razão de ser daquilo que surge como denúncia, seja pela pena de Frei Bento,seja pela pena de outros.
Embora o lamente, não posso senão integrá-lo: esta tensão tem lastro na história a Igreja. Mais recuadamente ainda: faz história desde o Antigo Testamento, com os profetas.
E integro-o ainda porque, assim como posso testemunhar que as palavras, às vezes amargas, do Frei Bento reflectem um grande amor à Igreja de Jesus Cristo e à construção do Reino (para lá de "correntes eclesiais"), quero acreditar que a rudeza e mesmo falta de elegância das palavras de intervenientes anteriores (anónimo(s), Rui Jardim e outros de "fé resolvida") não os definirão em absoluto.

Peter disse...
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Peter disse...

Mau caro Jacome … diz a determinado momento no seu comentário anterior:

“Daí a sua visão dos evangelhos como uma criação resultante não da inspiração divina, mas antes dos interesses de um grupo de homens com sede de poder e apropriação da figura de Jesus. Daí também a sua relativizacao da figura de Jesus como caminho de Salvação (palavra q evita utilizar), ora independentemente do maior ou menor conhecimento e seguimento de Jesus Ele é Deus e portanto é Ele que Salva.”

Meu caro, já agora, pode alargar um pouco mais esse espectro analítico e veja se aquilo que agora aqui ressalvei do seu comentário não é muito mais abrangente na Igreja, não falo aqui daquela que é feita do povo simples, mas da outra, a institucional, aquela que se sustenta em forma piramidal e que ainda alberga príncipes e outras insanidades… se alguma dúvida existe no que agora afirmo, a história está aí para contar toda a verdade sobre quem tem “moldado” e fortemente o verdadeiro Rosto de Deus… e não são poucas a ferramentas e meios.. dou-lhe apenas o exemplo das teologias e dos dogmas, alguns sem qualquer base bíblica e fruto apenas de interpretações humanas!

Anónimo disse...

Que tristeza esta citação de frei Bento. Espero que no restante do texto, o mesmo diga que afinal estava apenas a brincar fruto de mais uma bebedeira de contacto com o "Nós somos Igreja" que o bajula nojentamente.

Anónimo disse...

Peter,

quer esclarecer-nos, se se dignificar a baixar da sua "catedra" de grande especialista em teologia, onde é que podemos encontrar exemplos de teologias e dos dogmas, alguns sem qualquer base bíblica e fruto apenas de interpretações humanas!.

Ficaria muito agradado com a sua compaixão para com alguém tão ignorante como eu. Bem haja.

Anónimo disse...

Caro Peter, das duas uma ou sou anarquista e não acredito nas possibilidades dos humanos em criar organizações, ou acredito e também acredito que Jesus Cristo assim o desejou, concretizando mesmo em Pedro essa missão. Claro que principes, príncepezinhos e tiranos ou tiranetes andam por todo o lado seja na Igreja seja em grupos anarquistas, no meu prédio, no autocarro (seja nos blogs)e claro que concordo consigo no sentido em que todo aquele que não está para servir mas antes para se servir, não está a ser o rosto de Cristo. Até aqui julgo estar de acordo consigo, e com Frei BD, e com todos os cristãos de boa vontade. Só não percebi e digo-o sinceramente como é possivel seguir este caminho fazendo tábua rasa de pilares essenciais - por exemplo aqueles dois que retirou do meu comentario anterior. Isso só seria possivel encarando a Igreja enquanto organização ideologica e politica seguindo a ideologia de Jesus (excelente por sinal), e então, nessa lógia coerentemente o Papa devia ser eleito tal como os bispos e até os padres deveriam ir a sufragio, isso obrigaria à criação de estruturas partidárias, jogos de poder, campanhas etc. Mas mesmo aqui algo não faz sentido, sei lá eu qual é a ideologia de Jesus, se os 'escritos' que me chegaram foram escritos por uns tipos motivados por instintos tão mesquinhos? saberia lá eu também se deveria atribuir ao livro da Alexandra Solnado (por sinal prefaciado por Bento Domingues) a mesma validade que aos Evangelhos...às tantas quem é que leva a Palavra de Cristo aos outros? é o ´cada um por si'? Quem é que monta as estruturas de apoio aos mais desfavorecidos e abandonados? São estas questões que eu gostaria de ver aqui debatidas
Saudações
Jacome

Peter disse...

Caro Jacome – parece-me que ainda não compreendeu que é possível viver o Evangelho sem uma estrutura ou centro de poder! Se reparar, Jesus foi sempre o oposto de todas as lógicas do poder, nunca propôs nada aos Discípulos a não ser viver um dia de cada vez! E isso é algo que não dá espaço nem exige, seja a quem for, de ter que estruturar o seu futuro e muito menos o futuro da Fé no mundo onde vivemos, tornando esse caminho numa estrutura humana de algo que busca manter-se como definitivo! No CAMINHO não há nada definitivo meu caro, a não ser a misericórdia e o perdão de Deus.! Dirá que Paulo deixou claro com as suas afirmações que era necessário tal “rede doutrinal” para manter as coisas a funcionar! Não seria mais honesto, pelo menos intelectualmente, dizer que foram depois os “padres da igreja” e os seus “seguidores” que elaboraram depois uma estrutura doutrinal a partir desses escritos Paulinos, criando um esquema de doutrinas que produzem depois o molde onde se deu forma ao rosto do Cristianismo que ainda hoje persiste e que se radicalizou nas suas posturas e estruturas eclesiais a partir de Constantino, e que se mantém até aos dias de hoje, e que resultou de uma espécie de concubinato entre a igreja de Jerusalém e os doutores do Templo judaico! Depois, é claro, tudo se tornou mais fácil com Constantino, que dá oficialidade a tal aliança! Agora, apenas restava-lhes, para completar o “caldo”, misturar-lhe alguns cultos gregos e umas areias dos caminhos gnósticos, não esquecendo de lhes acrescentar também o método grego, neste caso predominou o aristotélico que é o que vai alimentar o pensar e dar autoridade científica à igreja para produzir ainda hoje nos seus laboratórios teológicos os novos “nados”, as tais doutrinas que quando se radicalizam tomam a forma dos dogmas! O Jacome vê por acaso em algum lado do Evangelho, Jesus a fundar alguma coisa… a sua acção apenas se traduzia no ANÚNCIO e só do Evangelho… e é isso que Ele pede aos seus Discípulos…! “Ide e Anunciai”… não lhes diz: Ide e fundai…! Dirá, mas agora não podemos reunir-nos mais! Certamente que podemos reunir-nos, ter comunhão uns com os outros em Cristo, sim, mas que seja esse o motivo do Encontro… desse fazer igreja…que nada tem a ver com aqueles encontros que servem apenas para definir quem manda-decide e quem tem poder sobre a vida dos outros… o sal jamais se perpetua na sopa… a Igreja é para se dissolver no mundo, não para se erguer como reino e poder terreno : “…O meu reino não é deste mundo …” João 18,36.. Por fim, a Caridade não está delimitada por espaços religiosos, ela está muito mais para lá dos muros da Igreja que serve e muito bem nessa área, é verdade, mas não é a única a fazê-lo, existem muitos “Bons Samaritanos” anónimos por essas vielas da vida… e eles são também muitos felizmente! E também não é pelo bem que fazemos que “possuímos” alguma “autoridade”moral.. o Amor não se taxa nem se pesa nas balanças dos mercados humanos seja sob qual pretexto for…!

Saudações fraternas.

Peter disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Peter disse...

Caro Anónimo (1:12 PM) … eu sei que não há melhor método para fugir às questões que não nos interessam mesmo nada discutir, do que aquele que é por as pessoas a falar de tudo para no fundo não se falar de nada! Eu percebo-lhe a “armadilha”...já entendi que é um “especialista” da teologia…! (… como se neste espaço fosse possível abordar alargadamente e com alguma estrutura tais temas que não se podem reduzir a um simples comentário)! Mas ainda assim aceito a sua interpelação, não o “baixar” da “cátedra” porque apenas uso os bancos da minha escola da Fé que são feitos dessa matéria de barro que cobrem os caminhos da vida real e concreta dos homens! Por isso, apelo também à sua “compaixão” e se não é pedir muito, sem desprimor do espaço do nosso Irmão hospitaleiro Jorge, indicar-lhe-ei um blog pessoal onde me é possível alargar e aprofundar o tema! (avisá-lo-ei quando colocar esse tema)…

Por onde quer comecemos? Pelo dogma da Infalibilidade que Pio IX lançou na praça do Concilio Vaticano I, numa altura em que surgiam grandes ameaças que se centralizavam na questão do “Galicanismo”…! Bom, conceda-me apenas algum tempo, como compreende não é tema para um comentário breve e imediato, e todos temos afazeres da vida… mas posso dizer-lhe desde já que a questão que deu forma a esse dogma, se resume apenas a preocupações no campo político, ele nada tem a ver com preocupações espirituais, isso era o que ali menos importava! E não ficarei apenas por este dogma, outros tb carregam essa falta de bases e autoridade bíblica e mais... mas agora falemos deste…!

Anónimo disse...

caro Peter, depreendo que não admite que o exercicio do poder possa assumir o significado de serviço (e nesse sentido a existência da Igreja Católica não pode deixar de ser um erro de casting). Pois eu não concordo de todo consigo e tenho muito bons exemplos na minha vida, o primeiro exemplo foi Jesus Cristo, quer melhor? A seguir foram os apostolos que nos legaram a Palavra escrita e deram a sua vida por ela. depois seguiu-se uma sucessão de gente, melhor e pior, até aos nossos dias e eles me legaram a Fé. Se Deus não confiasse nos homens nem sequer os teria criado. Eu também se não confiasse nos homens e no poder do Espirito Santo jamais aceitaria vincular-me numa Igreja, mas se não confiar nos homens, pesem todas as máculas, ando aqui a fazer o quê?
Saudações
Jacome

Peter disse...

Caro Jacome, eu não estou aqui a dizer nada de novo que não esteja no Evangelho! Diz o caro que “o primeiro exemplo foi Jesus Cristo “ e é verdade, mas esse exemplo traduz-se somente nisto: “Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.” Mt 20,28
E caro Jacome, o Espírito Santo não “vincula” ninguém a uma “igreja”, ele actua isso sim no meio dela e através dela, essa Igreja que não é feita de espaços físicos, geográficos ou sequer doutrinais mas sim feita de homens como o Jacome , eu e todos aqueles que se reúnem em nome de Deus: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estarei Eu no meio deles (Mt 18, 20)… e somos nós o verdadeiro Templo, essa Igreja do Pai: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós..." (1Co 6.19)“Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas...” (Act 7.48).. o espaço onde fazemos acontecer Comunhão é válido em qualquer lugar, o que importa ali é a razão do Encontro…

Caro Jacome, admito e estou consigo quando diz que o “exercício do poder possa assumir o significado de serviço” mas só na condição que Jesus nos indica: “Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.” (Mc 9,35)… O caro olhe atentamente à sua volta… acha mesmo que é isto que se tem feito! È claro que confio nos homens e mulheres que fazem acontecer Igreja como eu, sim, e estou certo que o Espírito Santo vai ajudando-nos a perceber o que é “casting” e o que é terreno genuíno do Evangelho… e para isso a melhor chave hermenêutica que temos é o próprio Jesus Cristo, basta-nos estar atento ao que falou e o que viveu.. isso não exige um “canudo” universitário (merecem-me é claro todo o respeito aqueles que o possuem)... nem um “cartão de membro de uma Igreja” algo parecido com a tal “vinculação”… isso exige apenas um coração aberto, atento e contrito à Palavra! Por fim, deixo-lhe um exemplo tremendo sobre o tema do SERVIÇO, sobretudo em Pedro e que vai contra tudo aquilo que se tem feito da figura do Papa, que não deixa de ter grandes implicações tb com a questão da centralização da autoridade e poder do Papa e tb por arrasto, vem depois o dogma da Infalibilidade! Repare como ele se dirige aos seus irmãos no serviço: “Aos presbíteros que há entre vós, eu - presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar - dirijo-vos esta exortação: Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo; não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho. E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória. “ (1 Pedro 5,1-4)… Pedro não sobrepõe na autoridade, antes coloca-se ao memo “nível” dos seus irmãos, e deixa ali bem claro qual é o verdadeiro significado do serviço e da autoridade e por fim, quem é o PASTOR…!

Sudações fraternas.

Anónimo disse...

Ahahahaha... o dogma da infabilidade pontifícia... foi esse o único exemplo que conseguiu arranjar entre todas as teologias e dogmas que existem? e acham, mesmo, que se deveu a pressões exteriores? a sua ignorância não sabe que tal dogma foi sendo reflectido e orado desde, pelo menos, o século XIII? e nunca leu, caro Peter, Mt. 16,18; 28,18-20; Jo. 14-16; 1Tm. 3,14s e At. 15,28ss?

Anónimo disse...

Caro Peter, persiste uma questão incontornável e não vale a pena continuar este diferendo relativamente à validade e razão de ser da Igreja Católica, fiquemo-nos pelo mais importante, como cristãos rezemos um pelo outro e tentemos ser o Rosto de Cristo no mundo.
Saudaçoes
Jacome

Anónimo disse...

Ahahaha... O Peter cospe para o ar quando não se dá atenção aos "sinais do tempo" e não se admite que o "Espírito sopra onde e quando quer" (mas aí se Ele sopra para onde ele, o Peter, não quer... aí a culpa é logo da hierarquia) para justificar evoluções doutrinais, mas ai se existiram evoluções doutrinais no passado da Igreja a partir do aprofundamento dos dados da Revelação. Aí não. Aí foi tudo injusto. Peter: seja coerente, homem! Ou é um rato?

Peter disse...

Caro Anónimo (11.23 não queira fazer dos outros ingénuos, eu já disse antes que existiam outros dogmas envoltos em problemáticas, citei só este agora para situar-me no contexto do diálogo com o comentador Jacome!

E sim meu caro, li Mateus 16:18…. e também li 1Pedro 2,6-7: “Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina” (1 Pedro 2:6-7)… resta saber realmente quem é aqui a “Pedra”… pois, se Pedro é a “Pedra”, de que outra pedra estaria ele a falar…!

Sim, li Mt 28,18-20 e também li aquilo que o mesmo Pedro diz aos cristãos dispersos…: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz..” (1 Pedro 2:9).. resta saber o que Pedro queria aqui significar sobre tal sacerdócio e missão, e tal ser propriedade e prerrogativa único dos Discípulas apenas ou de todo o cristão…!
Sim, li Jo 14,16, e também li o mesmo João a dizer: “O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito. Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito. Replicou Nicodemos: Como se pode fazer isso? Disse Jesus: És doutor em Israel e ignoras estas coisas!... Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho. Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu. “ (João 3:6-13)… a não ser que o caro já tenha subido ao Céu, porque isto de ser “doutor da lei” e saber onde anda e se hospeda o Espírito Santo é obra, nem Nicodemos escapou ao “puxão de orelhas” e olhe que era um doutor muito conceituado e respeitado naqueles dias nas esferas do Templo..!

E por aí adiante… Sabe meu caro, o maior problema da teologia é tentar empacotar Deus numa caixa com medidas humanas, como se Deus fosse algo que se pudesse embrulhar em papel de doutrinas e atado com laços dogmáticos! Isso é o que significa verdadeiramente o “fundamentalismo” que nada mais é do que procurar dessa forma reeducar e restruturar a própria vontade de Deus expressa na sua Palavra! Esses que assim agem, são aqueles que tentam levar e guiar o próprio Deus para onde desejam, como se Deus que é o LIVRE ABSOLUTO, precisasse de ser explicado ou transformado numa doutrina humana! Quem tenta impor aos outros esses caminhos só pode ser uma pessoa que carrega uma insegurança tremenda, e revela que não possui a liberdade suficiente para aceitar discutir o caminho que outros trilham, sobretudo porque sabe que eles iriam fragilizar aquilo que já é na realidade fragilidade terrível dos seus próprios alicerces da Fé que aprendeu a professar num grupo!

Meu caro, que quer que lhe diga, mais "corente" que isto...! Podemos ficar aqui a citar a Bíblia todo o tempo que quisermos, mas aos olhos de Deus, parecemos mais aquelas crianças que discutem pelos berlindes que vão perdendo para o outro… santa misericórdia de Deus… por si, por mim e por todos…

Peter disse...
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Peter disse...
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Peter disse...

Ao Anónimo (11:23 AM).. um pormenor que me esqueci de apontar… se esse dogma que só passou a ser “dogma” a partir do Concilio I “foi sendo reflectido e orado desde, pelo menos, o século XIII”… explique-me então porque é que levou assim tanto tempo, e só foi decidido com Pio IX no Concilio Vaticano I, precisamente numa altura que não é nada inocente.. é que não estamos a falar aqui de uns poucos anos…safa… (e espero que não desconheça os inúmeros papas que também estiveram contra esse dogma…!) ou será que tal espera se deve a terem que deixar passar um “tempo” para arrefecer as condenações de heresias que a Igreja fez a alguns papas como é o exemplo de Honório I que foi condenado no III Concílio de Constantinopla! Lá se ia a infalibilidade desses papados…! Bom, parece-me que não é necessário fazer o trabalho de casa e colocar no outro blog, já vi que não posso “escapar” aqui de tais “mestres escola” das teologias e afins…

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