J. Ratzinger, quando ainda era Papa, recordou que foi a
redescoberta da teologia do Corpo Místico (Mystici Corporis) que fez crescer a
fórmula: "Nós somos a Igreja, a Igreja não é uma estrutura; nós, os
próprios cristãos juntos, todos nós somos o Corpo vivo da Igreja. Naturalmente
isto é válido no sentido que o "nós", o verdadeiro "nós"
dos crentes, juntamente com o "Eu" de Cristo é a Igreja".
Para que mundo nos envia esse "nós" que a
Eucaristia dominical celebra? É o mundo a alterar durante a semana: na família,
no trabalho, na escola, no desporto e no lazer, na solidariedade, no
voluntariado, etc. Com uma particularidade: levar estes celebrantes a ver o
mundo a partir dos excluídos. Ir da periferia para o centro. Se começarem no
centro, nunca mais chegam à periferia. Seja como for, foi o método seguido por
Jesus. Estragou o sábado a muita gente.
Quer saber quem escreveu isto?
Bento Domingues no "Público" de hoje. Amanhã o texto estará cá na íntegra.
Nota: Resolvi esconder o nome autor porque, nos últimos tempos, sempre que ponho aqui uma referência a Bento Domingues, alguns leitores espumam logo de raiva e nem reparam que se não lessem o nome do autor concordariam em pleno com as suas palavras.
Nota: Resolvi esconder o nome autor porque, nos últimos tempos, sempre que ponho aqui uma referência a Bento Domingues, alguns leitores espumam logo de raiva e nem reparam que se não lessem o nome do autor concordariam em pleno com as suas palavras.
6 comentários:
Brilhante a manipulação de frei Bento! Tenta equacionar a absolutamente legítima expressão "nós somos A Igreja", com a intolerante expressão "nós somos Igreja" (nome de um movimento que alimenta o ego, e as mentiras, de frei Bento). Que o comum dos seus leitores não o saiba, é compreensível. Que ele, que estudou filosofia em detalhe, não o saiba, é inacreditável. Sendo assim é uma nojenta manipulação!
É a sua leitura. Não é o que está lá. Como já várias vezes se referiu ao NSI, se quisesse ir nessa linha, por que não haveria de ir?
Não há manipulação. Ou manipulou o texto de Ratzinger? (Não tenho, neste momento, forma de confirmar.) Se tirasse o "a" é que lhe dava, a si, aso para tal interpretação.
A sua interpretação é abusiva. Parece-me que não consegue ler o cronista a não ser preconceituosamente.
Não. Não manipulou nada. O que diz Ratzinger está certo: "Nós somos A Igreja", mas não "Nós somos Igreja" como me parece que frei Bento quer dar a entender de modo a dizer algo como "até o Papa usa o nosso slogan". Mas é pena que frei Bento não continue a citar o que vem IMEDIATAMENTE a seguir (que ele, velha raposa matreira, sabe que ninguém irá procurar):
«não «um nós», um grupo que se declara Igreja. Isso não! Este «nós somos Igreja» exige precisamente a minha inserção no grande «nós» dos crentes de todos os tempos e lugares. Assim temos a primeira ideia: completar a eclesiologia de modo teológico, mas continuando também de modo estrutural, ou seja, ao lado da sucessão de Pedro, da sua função única, definir melhor também a função dos Bispos, do Corpo Episcopal».
Ah... agora sim...
Ao anónimo que escreveu os comentários anteriores: muito obrigado pelos esclarecimentos que fez. Sem ele tinha treslido o autor do artigo de jornal. Obrigado!
Frei Bento é um crápula. Ponto. Um verme com o qual não devíamos perder um minuto. Esta é só mais uma das suas... e é tão fácil apanhá-lo!
Rui Jardim
Frei Bento está para a Igreja como Margarida Santos Lopes está para o Islão: cada tiro, uma mentira.
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