domingo, 10 de março de 2013

Para que mundo nos envia esse "nós" que a Eucaristia dominical celebra?


J. Ratzinger, quando ainda era Papa, recordou que foi a redescoberta da teologia do Corpo Místico (Mystici Corporis) que fez crescer a fórmula: "Nós somos a Igreja, a Igreja não é uma estrutura; nós, os próprios cristãos juntos, todos nós somos o Corpo vivo da Igreja. Naturalmente isto é válido no sentido que o "nós", o verdadeiro "nós" dos crentes, juntamente com o "Eu" de Cristo é a Igreja".

Para que mundo nos envia esse "nós" que a Eucaristia dominical celebra? É o mundo a alterar durante a semana: na família, no trabalho, na escola, no desporto e no lazer, na solidariedade, no voluntariado, etc. Com uma particularidade: levar estes celebrantes a ver o mundo a partir dos excluídos. Ir da periferia para o centro. Se começarem no centro, nunca mais chegam à periferia. Seja como for, foi o método seguido por Jesus. Estragou o sábado a muita gente.

Quer saber quem escreveu isto?


Bento Domingues no "Público" de hoje. Amanhã o texto estará cá na íntegra.








Nota: Resolvi esconder o nome autor porque, nos últimos tempos, sempre que ponho aqui uma referência a Bento Domingues, alguns leitores espumam logo de raiva e nem reparam que se não lessem o nome do autor concordariam em pleno com as suas palavras.


6 comentários:

Anónimo disse...

Brilhante a manipulação de frei Bento! Tenta equacionar a absolutamente legítima expressão "nós somos A Igreja", com a intolerante expressão "nós somos Igreja" (nome de um movimento que alimenta o ego, e as mentiras, de frei Bento). Que o comum dos seus leitores não o saiba, é compreensível. Que ele, que estudou filosofia em detalhe, não o saiba, é inacreditável. Sendo assim é uma nojenta manipulação!

Jorge Pires Ferreira disse...

É a sua leitura. Não é o que está lá. Como já várias vezes se referiu ao NSI, se quisesse ir nessa linha, por que não haveria de ir?

Não há manipulação. Ou manipulou o texto de Ratzinger? (Não tenho, neste momento, forma de confirmar.) Se tirasse o "a" é que lhe dava, a si, aso para tal interpretação.

A sua interpretação é abusiva. Parece-me que não consegue ler o cronista a não ser preconceituosamente.

Anónimo disse...

Não. Não manipulou nada. O que diz Ratzinger está certo: "Nós somos A Igreja", mas não "Nós somos Igreja" como me parece que frei Bento quer dar a entender de modo a dizer algo como "até o Papa usa o nosso slogan". Mas é pena que frei Bento não continue a citar o que vem IMEDIATAMENTE a seguir (que ele, velha raposa matreira, sabe que ninguém irá procurar):

«não «um nós», um grupo que se declara Igreja. Isso não! Este «nós somos Igreja» exige precisamente a minha inserção no grande «nós» dos crentes de todos os tempos e lugares. Assim temos a primeira ideia: completar a eclesiologia de modo teológico, mas continuando também de modo estrutural, ou seja, ao lado da sucessão de Pedro, da sua função única, definir melhor também a função dos Bispos, do Corpo Episcopal».

Ah... agora sim...

Anónimo disse...

Ao anónimo que escreveu os comentários anteriores: muito obrigado pelos esclarecimentos que fez. Sem ele tinha treslido o autor do artigo de jornal. Obrigado!

Anónimo disse...

Frei Bento é um crápula. Ponto. Um verme com o qual não devíamos perder um minuto. Esta é só mais uma das suas... e é tão fácil apanhá-lo!

Rui Jardim

Anónimo disse...

Frei Bento está para a Igreja como Margarida Santos Lopes está para o Islão: cada tiro, uma mentira.

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...