domingo, 17 de abril de 2011

Espera - Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen para este domingo de navegação

Deito-me tarde

Espero por uma espécie de silêncio
Que nunca chega cedo
Espero a atenção a concentração da hora tardia
Ardente e nua
É então que os espelhos acendem o seu segundo brilho
É então que se vê o desenho do vazio
É então que se vê subitamente
A nossa própria mão poisada sobre a mesa

É então que se vê o passar do silêncio
Navegação antiquíssima e solene

Sophia de Mello Breyner Andresen. Poema lido aqui.

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