sexta-feira, 29 de abril de 2011

A escada de Wittgenstein



Este é o túmulo de Wittgenstein, que morreu há 60 anos, em Cambridge. A escada em miniatura é um objecto inusitado num túmulo. Mas pode-se dela depreender a ideia de a morte ser uma subida para algures. Ou pensar que o judeu Wittgenstein (baptizado no catolicismo) conhecia a escada de Jacob. 
Mas não é preciso conhecer muito da obra de Wittgenstein para saber que ele termina o seu livro mais conhecido, e único publicado em vida, o "Tractatus", com uma referência à escada:

As minhas proposições explicam-se do seguinte modo: quem me entende, por fim, reconhecê-las-á como absurdas, quando, graças a elas – por elas –, tiver subido para além delas. (É preciso, por assim dizer, deitar fora a escada depois de ter subido por ela.)
Deve-se ultrapassar essas proposições para ver o mundo correctamente. 
Sobre o que não se pode falar, deve-se calar.

Wittgenstein gostava de ter dedicado um livro a Deus.

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