O tema do céu, do inferno e do purgatório está praticamente ausente das pregações actuais, da mensagem cristã em geral.
No entanto, se existem, como ocultá-los? Vamos passar lá muito tempo, segundo diz a fé católica. O tempo todo, mesmo, seja vivido como prolongamento infinito, seja como instante sempre presente.
Mas falar do céu, do inferno e do purgatório é difícil. Só por analogias. E as analogias dão-se a más interpretações, a falhas, a exageros. Como ao longo da história (em exemplo em James Joyce). Por isso, opta-se pelo silêncio.
E quando alguém fala, principalmente se for o Papa, parece que diz uma novidade, repetindo a teologia secular. Há tempos foi João Paulo II, quando disse que o inferno não era um lugar físico (mas para muitos, cá na Terra, é mesmo um lugar físico). Agora é Bento XVI, com o purgatório. A notícia é do DN de 13 de Janeiro de 2011.
1 comentário:
Caríssimo Jorge Ferreira,
A eternidade do após-morte não tem necessariamente de ser continuidade do tempo. Talvez apenas assim o será para nós, como forma de compreendermos o que poderá ser (analogia).
Mas, claro, a analogia presta-se, de facto, «a más interpretações, falhas e exageros». Mas isso, até um simples facto se presta a tais interpretações...
O que quer dizer, afinal, com «seja como prolongamento infinito, seja como instante sempre presente»?
Abraço
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