quarta-feira, 2 de junho de 2010

João Paulo I vendeu poucos livros

Pensava que as cartas de Albino Luciani (viria a ser João Paulo I, por 33 dias) a escritores como Mark Twain (aqui) e figuras literárias como Pinóquio tinham sido um grande sucesso de vendas. Pelo que diz Bernard Lecomte, não. Foram "uma desgraça em número de exemplares vendidos".

“Albino Luciani é um homem honrado, um bom padre, um bispo simpático e pouco convencional. Em Veneza, renuncia à deslocação no barco que exibe as armas episcopais para circular, como toda a gente, em vaporetto. Desafia a crónica com os seus sermões em forma de diálogos com crianças, e publica, sob o título Illustrissimi, cartas simplistas dirigidas a Jesus, Walter Scott, Figaro, Péguy ou Pinóquio (!), que são uma desgraça em número de exemplares vendidos, mas que lhe granjeiam uma certa condescendência, mas também o desprezo de certos prelados da alta roda saídos das grandes escolas vaticanas”.

Bernard Lecomte, "Os Segredos do Vaticano" (ed. Asa), pág. 157

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