Poderia ter sido um dos grandes encontros da história se as consequências fossem outras. No dia 24 de Janeiro de 1439, Eugénio IV recebe o José, patriarca de Constantinopla, em Florença, numa das sessões do Consílio de Basileia / Ferrara / Florença. O concílio fora convocado precisamente para tratar da união das Igrejas do Ocidente e do Oriente.
O Papa descreve assim o encontro:
Eu, Eugénio, bispo, servo dos servos de Deus, para que fique registado. É-nos concedido prestar graças ao Deus Todo-Poderoso.... Vejam-nos os povos do ocidente e do oriente, que estiveram separados por tanto tempo, apressem-se a entrar num pacto de harmonia e unidade; e aqueles que sofreram justamente durante a longa discordância que os manteve separados, enfim, depois de muitos séculos, sob o impulso Dele, de quem provém toda a boa dádiva, encontram-se pessoalmente nesse lugar, impulsionados pelo desejo de Santa União.
Contudo, o encontro não tem grandes consequências. Contra o conciliarismo, os poderes papais saem reforçados do concílio que teve sessões em três lugares. Os ortodoxos não gostam. E passados uns anos, em 1453, Constantinopla cai na mão dos otomanos perante a indiferença generalizada do ocidente. A união, apesar de papalmente decretada, continua adiada.
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