Com a americanice cada vez mais difundida, é difícil não dar
com o dia das bruxas. Ao almoço fui servido por uma senhora cheia de teias de
aranha. Literalmente. Mas suponho que as teias não eram literais. O café estava
cheio de motivos halloweenescos.
E quem tem filhos sabe que é impossível ignorar a data. Pelos
vistos, pelas minhas constatações diárias em dois infantários, é das ocasiões preferidas
para os educadores motivarem os mais pequenos (há dias, um dos meus filhos: “Não
te esqueças de me dizer que é o dia das bruxas logo que eu acordar”), mudarem a
decoração, testarem pinturas faciais, pedirem a colaboração dos pais.
Ora – e é por isso que escrevo – ontem dei com um louvor
católico do dia das bruxas. Cá está (Why the Devil Hates Halloween). O autor, “expert” em catolicismo (e católico, como se pode
ler e por outros textos sobre novenas e afins), diz que o diabo detesta o Halloween.
E dá seis razões, que até estão bem vistas. E que se aplicam como uma luva ao
nosso “pão por Deus”, coisa em que nunca participei, nem sei se há no centro do
país, mas da qual ouvia falar as minhas colegas de trabalho na meia década que
vivi em Lisboa. Eram saloias-no-bom-e-verdadeiro-sentido (eram de Mafra) e
gostavam muito do “pão por Deus”.
1 comentário:
"Despair is the clay in which the Devil works; laughter washes despair away"
Uma boa frase.
Há uma tradição sobre a noite do ano em que a separação entre este mundo e o outro é mais ténue, e as sombras (no sentido clássico) podem visitar os vivos que as queiram vislumbrar.
Por referências literárias, julgo que os mexicanos tinham uma celebração particularmente vibrante, com caveiras de açucar incluídas.
Enviar um comentário