quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Um que se serve do Papa para falar de si próprio

Deram um Renault 4 ao Papa. Quem o deu, um padre italiano com 60 e tal anos, não deve ter percebido que o Papa criticou apenas os padres que têm "bombas" e carros luxuosos - e não carros modestos, como é um R4, ainda que já possa entrar nos desfiles dos carros antigos. Mas adiante. O facto obteve grande eco. E o provedor do leitor do DN, a título pessoal, resolve escrever sobre o assunto, mais para falar de si próprio do que do Papa ou do tal padre que ofereceu a viatura.

Cá fica o texto. Do DN de ontem. A Renault deve agradecer. Eu acho-o inútil e algo pretensioso. Mesmo que o autor tenha sido meu professor.


5 comentários:

maria disse...

não é nada. o Jorge, por vezes, é muito formal...esse mesmo texto serviu para interagir com o OM (no facebook) e até postei uma história do papa João XXIII por causa disso.

acho que não percebeu o sentido do texto.

Jorge Pires Ferreira disse...

Olá, Maria.
Fui procurar a história que contou, não a encontrei, mas como li antes que se tratava de justica/caridade em J23, suponho que seja esta:

http://tribodejacob.blogspot.pt/2009/07/historias-de-joao-xxiii-contadas-por.html

Aceito que por vezes eu seja muito formal... Mas continuo a desconfiar de OM quando fala da igreja. É marcadamente ideológico e chego a pensar que é preconceituoso. Ele próprio vai deixando pistas na sua página do FB. Pensemos, por exemplo na expressão que ele usa num dos seus comentários, que pode ser inocente, mas é de mau gosto, quanto a mim: "brincar com a pilinha do Menino Jesus"... Continuo a achar que ele usa a igreja para falar de si próprio, nestes e noutras situações e acha-se um papa de qualquer coisa do jornalismo. No pior sentido que a palavra papa pode ter.

Anónimo disse...


Há tempo deixei de frequentar este blogue, e qualquer outro com informação religiosa. Disse na altura que o Papa Francisco não ia mudar nada na Igreja; e, com a Graça de Deus, nada mudará. Mas, ao contrário daquilo que eu disse na altura, daquilo em que acreditei, hoje tenho que reconhecer que trocámos um Papa extraordinário por um homem capaz de semear mil confusões, seguir em todo o seu esplendor o sentimentalismo pequeno-burguês que domina o nosso tempo, fazer-se "campeão da humildade" -coisa estranha para quem, como eu, considera a humildade alheia difícil de sondar-, com episódios como este da 4L, que prefiro não adjectivar.

Penso que é nestas alturas que se testa o nosso amor, teologal e não sentimental, ao Papa. Trata-se, nisso ainda acredito, de um homem de oração e de um homem de boa fé. Rezemos por ele com ele e melhores dias virão para o Papa Francisco.

Rui Jardim

Anónimo disse...



Já sobre Óscar Mascarenhas, o silêncio é de ouro. Silêncio, distância e nojo.

Rui Jardim

maria disse...

Ui, há jardins tenebrosos...adiante!

A história é essa e retirada do mesmo livro, que adquiri há pouquíssimo tempo. coincidências. :)

Não vejo problema em que as nossas afirmações sejam decorrentes da ideologia que (professamos). acho graça porque já tenho lido comentários de polos opostos a colocarem em causa as afirmações ideológicas dos outros, como se não valessem por causa disso. Será isso lógico?

Na vida, já aprendi que tudo flui bem melhor se tivermos (e usarmos) algum sentido de humor. O problema é que os crentes (sobretudo os mais integristas, vá) não têm quase nenhum. Não estou a dizer que o Jorge seja um desses, se fosse, confesso, não andava por aqui.

A piada da pilinha, é nessa onda, é dizer que é um assunto menor, mas isso o Jorge sabe. Fere a sua sensibilidade mais formal...compreendo. :)

Quanto ao artigo, não achei nada que o OM usasse o Papa para falar de si e da sua família. A mim fez-me sorrir, porque cá em casa e na família, sempre se esbanjou em livros. Resiste-se a muitas coisas do grande consumo, mas a um livro...dificilmente. E o OM até confessou simpatia por este Papa, comparando-o a João XXIII. É este Papa vai demonstrando capacidade de se tornar próximo de pessoas que habitualmente não sentem qualquer afinidade com a Igreja. Apenas culpa delas?

Um abraço Jorge (e ainda bem que não levou a mal as minhas considerações sobre a sua pessoa. que correm o risco de der injustas e desajustadas. não nos conhecemos para alem das letras que aparecem no ecran e isso é muito pouco para avaliar uma pessoa.)

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