quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quem escreveu que "Ele é a meta antecipada"?

Quem escreveu isto?

Não podemos mais contentar em analisar o mundo a partir da criação in illo tempore, mas devemos compreendê-lo a partir da escatologia, do futuro presente em Jesus ressuscitado. Nele realizou-se no tempo o que para nós só se dará no fim do tempo. Ele é a meta antecipada. A partir do fim, devemos entender o começo.

a) W. Kasper
b) J. Ratzinger
c) L. Boff
d) J. Bergoglio

Resposta: Leonard Boff, na página 225 de "Jesus Cristo Libertador" (ed.Vozes). Na realidade, penso que qualquer um dos outros três subscreveria estas palavras.

28 comentários:

Anónimo disse...

Quem disse isto:
(entrevistador)Do que você sente falta – da Igreja como instituição – agora que você está fora? Ou não sente falta de nada?
(entrevistado) - Vou dizer de forma bem rudimentar: Sinto falta do caráter simbólico, das celebrações, do canto gregoriano. Por exemplo, em Petrópolis, durante vinte anos, às 10 horas eu celebrava a missa dos Canarinhos, em latim, com aquele coro extraordinário, que é um dos melhores do país, com a melódica fantástica, as grandes peças da música sacra, e eu sempre celebrava essa missa que era irradiada. Sinto falta disso.

Saudações
Jacome

Anónimo disse...

quem disse isto?
-(entrevistador)Bento 16 sepultou os avanços do Concílio Vaticano 2º?

-(entrevistado)Quem afirma isso acredita que o Concílio Vaticano 2º criou uma nova igreja e rompeu com 2.000 anos de cristianismo. É um equívoco. O papa João 23 foi bem claro ao afirmar que o objetivo era, preservando a substância da fé, reapresentá-la sob roupagens mais oportunas para o homem contemporâneo.

Bento 16 garantiu a fidelidade ao concílio. Ao mesmo tempo, combateu tentativas de secularizar a igreja, porque uma igreja secularizada é irrelevante para a história e para os homens. Torna-se mais um partido, uma ONG.

Saudações
Jacome

Anónimo disse...

Bom, sempre valeu a pena os “apertos” por ter trazido Boff para a ribalta... vejo que começa-se a ler Boff mais assiduamente por estes lados! Pelo menos ajudará a desmistificar uma ideia tão negativa sobre esse irmão que ainda persiste em tantos! Não tenho dúvidas que se houve alguém que amou e ama ainda a Igreja esse é Boff…

Peter

Anónimo disse...

o 1º post é de Leonardo Boff e o 2º e este são do seu irmão Clovis Boff

'(entrevistador)Mas e a reabilitação da missa em latim? E a tentativa de reabilitação dos tradicionalistas que rejeitaram o Vaticano 2º?

Clovis Boff - Não podemos esquecer que a condição imposta aos tradicionalistas era exatamente que aceitassem o Vaticano 2º. O catolicismo é, por natureza, inclusivo. Há espaço para quem gosta de latim, para quem não gosta, para todas as tendências políticas e sociais, desde que não se contraponham à fé da igreja.

Quem se opõe a essa abertura manifesta um espírito anticatólico. Vários grupos considerados progressistas caíram nesse sectarismo.

Esses grupos não foram exceção. Bento 16 sofreu dura oposição em todo o pontificado.

A maioria das críticas internas a ele partiu de setores da igreja que se deixaram colonizar pelo espírito da modernidade hegemônica e que não admitem mais a centralidade de Deus na vida. Erigem a opinião pessoal como critério último de verdade e gostariam de decidir os artigos da fé na base do plebiscito.

Tais críticas só expressam a penetração do secularismo moderno nos espaços institucionais da igreja.'

Saudações
Jacome

Jorge Pires Ferreira disse...

Jacome,

o primeiro texto é um excerto de uma entrevista a Boff. Também a li há duas ou três semanas. Vejo agora que esclareceu os autores (no quarto comentário, que não existia quando comecei a escrever isto).

Peter, Boff, como muitos outros, sempre foi tido em conta cá por estes lados. O seu livro sobre Jesus (conheço pouco do "Igreja, carisma e poder", que é o mais polémico) é uma maravilha.


Jacome, novamente,

que possa haver missa em latim, é ótimo para a diversidade e pluralidade. Na realidade, sempre pôde haver missas nessa língua no novo ritual. A novidade é a ressurreição do antigo. Ora isto também é positivo, sinal de que há mais linguagens e ritos válidos. A minha objeção é, digamos, pastoral (teologicamente qualquer língua é tão perfeita ou imperfeita como qualquer outra para transmitir o mistério - o latim não tem qualquer vantagem em relação às outras; e tem a desvantagem de ser menos conhecido). Constato que os grupos que querem muito a missa segundo o ritual pré-reforma, extraordinário, criam divisões nas comunidades mais alargadas, tendem a sectarizar-se e a repudiar o Vaticano II. Para já não dizer que pensam que são uma elite, um novo povo eleito, o único guardião das verdades da fé.

Anónimo disse...

"se houve alguém que amou e ama ainda a Igreja esse é Boff". Ena... nem uma Teresa de Calcuta? Nem um Francisco de Assis? Nada de nada além de Boff? O meu espírito está parvo e a minha alma taralhoca. Já só cá faltava canonizarem um herege em vida. O facto de ele ter coisas interessantes e impactantes, não o faz ser menos herético do que aquilo que é. Sejamos honestos.

Ainda há pouco um tal Peter, que nunca percebi se é ignorante ou apenas estúpido, chamou à colação, totalmente fora de contexto, o adágio "Fora da Igreja não há salvação". Então aqui fica uma máxima do seu santo de predilecção, Leonardo Boff:

«Todo mundo tem de fazer uma opção pelos pobres: só se salva quem faz esta opção e fora dela não há salvação».

Peter disse...

Caro Jorge, grato, eu vi que já haviam abordado aqui o tema Boff, o meu “apontar” no “assiduamente” era apenas isso, fazê-lo mais vezes!

Caro Jacome, porque Boff gosta e sente falta dessas dimensões humanas do louvor, adoração e comunhão, não quer dizer que ele não estivesse consciente daquilo que era o ESSENCIAl no Caminho de Deus.. e por isso fez uma escolha bem clara e rompeu com tudo isso embora como sabe continue o caminho da Missão, baptizando e por aí adiante! Por exemplo, eu também gosto muito do gregoriano, e nem por isso estou “agarrado” a ele como instrumento para poder fazer caminho na Fé que está muito para lá desses instrumentos que podem ser válidos, é claro, mas não são os que definem a Fé, quanto muito, são expressões humanas dela e das vivências do Sagrado em cada um ou no todo quando acontece comunidade!

Caro Anónimo (1:00 PM).., e quem disse que não existem outros(as) que amaram e amam muito a Igreja! Só porque não as referi isso já é sinónimo para si de parcialidades! Por acaso não me tinham chamado antes à atenção, houve um anónimo até sugeriu que usasse um "açaime mental" para situar-me no centro das questões…! Não estávamos agora a falar tb de Boff?! É claro que Teresa, Francisco e outros (muitos anónimos que até nem estão nos altares humanos) amaram e deram a vida pela causa do Evangelho… e tb muitos que continuam esse caminho estão vivos… Jesus não necessita que tais morram antes para os olhar e considerar como santos e de um processo canónico, ele conhece bem o coração dos filhos e filhas, como conhece o seu e o meu! E afinal, não somos nós, todos os que amam e seguem a Deus, santos: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acáia" (2 Cor. 1,1).

E porque não Boff como santo! Ou a sua vida é menos válida que esses que nas suas vidas humanas, de santidades, nada, mas mesmo nada, e ainda assim a Igreja canonizou-os… é necessário tb fazer-lhe uma lista e esmiuçar aqui as misérias humanas de cada um, infelizmente não é necessário “vasculhar” muito! E ainda assim deixo a esses meus irmãos tb, o beneficio da dúvida sobre a sua salvação… se existiu tal misericórdia para um David que foi assassino e adúltero e tantos outros galgando os terrenos do AT até aos dias do NT com o episódio do ladrão da cruz, e se Ele diz que: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precederão no Reino de Deus” (Mt 21, 31)… quem sou eu ou o caro para falar de alguém e a sua relação com Deus!

Sobre essa” máxima do (meu) santo de predilecção, Leonardo Boff” : «Todo mundo tem de fazer uma opção pelos pobres: só se salva quem faz esta opção e fora dela não há salvação». .. sim, dou-lhe “carradas” de razão a ele e agradeço-lhe a si trazer tal pensar para aqui… realmente, fora dessa opção pelos pobres não há nem pode existir mesmo salvação… eles é que são o chão real da Igreja que piso meu amigo! E logo Boff, ele não estava a falar dessa “igreja” institucional, mas a real, a feita de homens e mulheres, aquela por quem ele sempre se entregou e lutou, aquela onde Jesus se moveu! Interessante como Jesus “gastava” a maior parte do seu tempo.. se era no meio dos pobres e da gente simples e nos lugares menos apropriados para a Igreja de hoje, ou se era no meio dos ricos.. contam-se pelos dedos meu amigo os momentos com os poderosos e ricos e quando isso acontecia, “o pau cantava”… que é como quem diz, a "cal" voltava a borbulhar por aqueles talhas de pedra, e a "raça de víboras" escondia-se a toda a pressa por aqueles mercados da Fé…! Já agora, pedia-lhe a caridade de me indicar, por exemplo, a estatística de filhos dos pobres que são baptizados pelos “príncipes da Igreja” em relação aos filhos dos endinheirados e dos poderosos da Terra! É só um exemplo entre tantos… nem precisa de ir a Roma, situemo-nos na Igreja local!

Anónimo disse...

mais uma de Clovis Boff (duvido que Leonardo diga a mesma coisa e por isso este tem muito mais imprensa)

(entrevistador)'Como vê o futuro da igreja?

Clovis Boff - A modernidade não tem mais nada a dizer ao homem pós-moderno. Quais as ideologias que movem o mundo? Marxismo? Socialismo? Liberalismo? Neoliberalismo? Todas perderam credibilidade. Quem tem algo a dizer? As religiões e, sobretudo no Ocidente, a Igreja Católica.'

(entrevistador)- Quando o sr. rompeu com o pensamento de Rahner?

(clovis Boff) - Nos anos 70, o cardeal d. Eugênio Sales retirou minha licença para lecionar teologia na PUC do Rio. O teólogo que assessorava o cardeal, d. Karl Joseph Romer, veio conversar comigo: "Clodovis, acho que nisso você está equivocado. Não basta fazer o bem para ser cristão. A confissão da fé é essencial". Ele estava certo.

Assumi postura mais crítica e vi que, com o rahnerismo, a igreja se tornava absolutamente irrelevante. E não só ela: o próprio Cristo. Deus não precisaria se revelar em Jesus se quisesse simplesmente salvar o homem pela ética e pelo compromisso social.'

Saudações
Jacome

Peter disse...

Amigo Jorge, esqueci em cima... grato pela indicação do livro, vou procurar e ler... sabia que existia mas não o li ainda...!

Anónimo disse...

“Clovis Boff - A modernidade não tem mais nada a dizer ao homem pós-moderno. Quais as ideologias que movem o mundo? Marxismo? Socialismo? Liberalismo? Neoliberalismo? Todas perderam credibilidade. Quem tem algo a dizer? As religiões e, sobretudo no Ocidente, a Igreja Católica.'”

Jacome, se são, como diz as Clovis Boff “As religiões e, sobretudo no Ocidente, a Igreja Católica.'” .. aquelas que têm ainda algo a dizer, não percebo porque é depois de tantos séculos presente(s) entre a humanidade, ainda não conseguiram convencê-la da sua resposta-proposta ao problema vital do homem, e a reacção que provocaram e ainda provocam é cada vez a de maior rejeição e indiferença! Estranho…!

Peter

Anónimo disse...

O mister t-shirt molhada da verborreia (Peter) está de regresso. Este blog até cheira a titica sempre que ele por aqui aparece.

É de mim ou há manifestos sinais de esquizofrenia em dizer:

1) "se houve alguém que amou e ama ainda a Igreja esse é Boff" [põe-se em cause se houve alguém e depois diz-se que, se houve, só foi Boff];

2) "É claro que Teresa, Francisco e outros (muitos anónimos que até nem estão nos altares humanos) amaram e deram a vida pela causa do Evangelho" [mas repare-se que, cobardemente, não se fala em Igreja];

E não, Boff não é santo. As suas mentiras (ainda ontem alguém apontou a falsidade da sua referências às centenas de acusados de Ratzinger, que, pelos vistos, eram um quarto desse número), orgulho e ódio a quem não pensa como si é a mais firme evidência desse facto.

"quem sou eu ou o caro para falar de alguém e a sua relação com Deus!
"...

olha... observemos uma evolução (ou mais uma esquizofrenia)... há bem pouco criticava quem ia às igrejas relacionar-se com Deus através de uma relação de amizade, permitida e potencializada por este, com quem está em Deus e representado nas mesmas.

Talvez possa tentar justificar biblicamente essa sua predilecção pelo facto de "fora da opção pelos pobres (que o Peter tanto estima e ama... está-se mesmo a ver...) não há salvação"... ou esta doutrina teológica sectária e intolerante já pode ser o fruto de uma evolução de pensamento?

Depois vem esta tripa:

"a estatística de filhos dos pobres que são baptizados pelos “príncipes da Igreja” em relação aos filhos dos endinheirados e dos poderosos da Terra!"...

mostre-me o Peter tal estatística, já que as suas palavras e ponto de exclamação dão a entender que sabe a resposta... mas algo lhe posso dizer: na Catedral da minha diocese (Algarve) há baptizados todos os Sábados presididos pelo senhor Bispo. E garanto-lhe que ninguém é privilegiado ou preterido por ter mais ou menos dinheiro.

Anónimo disse...

Não percam tempo com o Peter: estais a dar pérolas a porcos!

Anónimo disse...

Ahahaha... "mister t-shirt molhada da verborreia (Peter)". Exactamente! Sem tirar nem pôr.

Anónimo disse...

Anónimo (5:07 AM)… Entre esse é Boff que referi e só “foi Boff” como refere vai uma grande distancia semântica… não coloque na minha boca o que não afirmei! Veja lá as confusões, não permita que o odor da “titica” entorpeça a sua visão e raciocínio!

Mas porquê “cobardemente”! Mas não são e estão em altares feitos pelos homens?!!! E não estão esses altares em templos feitos por homens também!?!!! Não entendeu ainda que a Igreja na Terra é feita de santos vivos como dizia Paulo como referi antes! A não ser que queira que nos teletransportemos para a “Igreja triunfante” como lhe chama a sua teologia! Por acaso já fez uma visita a esses lugares para saber quem ali está ou não! Desconfio que iria ter muitas surpresas! Agora o senhor é que vai definir quem é santo ou não! E Deus que se cuide e cale!

!!! “permitida e potencializada por este”… meu Deus, mas que significado tem para o senhor esta passagem: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus…” (Êxodo 20,4-5)…!!!! Mas Deus permite ou potencializa a idolatria alguma vez na vida…!
Sobre a questão dos pobres: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis. “ (2Cor. 8:9).. não estou aqui a reduzir o tema a pobrezas materiais ou sequer intelectuais, mas sim, estou a falar daqueles que se fazem POBRES em tudo para que o outro enriqueça.. e isso é simplesmente AMAR o outro… é assim tão difícil de perceber isso nos Evangelhos e no tema da Salvação! Não é Cristo quem nos salva? E Ele não é o AMOR.. então sem Amor não há Cristo, não há Salvação.. não há nada meu caro.. tudo se resume ao AMOR percebeu…! Acha que estou aqui a alterar alguma coisa do que Cristo viveu e disse! O Amor é a porta e ele passa por essa pobreza que dá a vida pelo outro… ! Essa é uma das missões vitais da Igreja… mas até chegar aí… muitos galos do Pedro terão que cantar aos vossos ouvidos!

Sobre os privilégios e privilegiados, já estamos falados há muito tempo, a Igreja não se reduz a uma Diocese...e sei e conheço as realidades, basta perceber quantas vezes um bispo visita uma paróquia, podemos começar por aí se quiser!

Quanto ao outro seu irmão Anónimo das (5:51 PM) das “pérolas” … só quero dizer-lhe que uso t-shirts e jeans usados e gastos que me foram ofertados por corações generosos dos filhos a quem já não servem.. a minha bolsa no desempregado não chegou ainda aos patamares das “pérolas” ao jeito das batinas da Armani…e o prato de sopa que como, é muitas vezes doado por gente simples e humilde e que dá do pouco que tem! E se não sabe fica a saber, passei muita fome na Igreja quando a servi enquanto outros companheiros de caminho da mesma missão onde servimos, se fartavam em bons e caros restaurantes…ainda hoje estou à espera de um telefonema da caridade apregoada nesses altares a saber se aquele que chamavam seu irmão, tem um pedaço de pão à mesa.. bela Mãe… bela madre Igreja… tantos anos a servi-la… e depois têm coragem de vir aqui falar de pérolas… as vossas “pérolas”troco-as bem pela sopa dos pobres e humildes…. sou pobre, a passar muitas dificuldades, mas com Cristo na minha vida e no meu coração entendeu!

Peter

Anónimo disse...

Peter, dizia George Steiner -autor judeu - que a principal razão do ódio aos judeus advém não da razão normalmente aludida da morte de Jesus, mas pelo facto de carregarem – com muita coragem e sem desmorecimento- desde tempos remotos o ‘fardo’ e a responsabilidade de serem os portadores da mensagem que impele os homens a serem aquilo que deveriam ser (ie aquilo q merecem e que estão destinados a ser)e não aquilo que a sua natureza mais egoista os torna. Eu concordo com ele. A Igreja Católica carrega também esse 'fardo' ao ser portadora da Palavra. Distingo completamente aqueles que transportam a Palavra e que não são imaculados, da própria Palavra essa sim sem mácula. Também aceito que por vezes aquele que leva o 'estandarte' não é digno desse estandarte, em todo o caso foi esse o meio que Deus entendeu; Deus apesar das fragilidades dos homens, tem-lhes muito Amor e em muito boa consideração... agora também lhe digo que o homem nem sempre suporta sair do seu 'eu' e inverter a lógica egocentrica e por isso a Igreja para além da pancada que lhe seria devida pelos seus erros leva muito mais pancada por ser portadora de uma mensagem exigente.
Saudações
Jacome

Anónimo disse...

«O que propomos não é teologia no marxismo, mas marxismo na teologia»LEONARDO BOFF,Jornal do Brasil, 6 de Abril de 1980

Anónimo disse...

Liberación marxista y liberación cristiana, é o título de um livro muitíssimo bom do cardeal López Trujillo. Li a obra, nos "encarnados" tempos do prec. Penso que a editora era a B.A.C. ,mas já não me lembro muito bem. Emprestei o livro e nunca mais o vi! Suponho que seja um livro que, como muitos outros, se pode comprar facilmente em alfarrabistas na net. Prometo que o Peter e não só ele, irá achar a leitura deste livro muito interessante.

Anónimo disse...

Leonardo Boff que tanto crítica a comissão da doutrina da fé por velar pela pureza da doutrina, quando o irmão Clóvis se afastou da ideologia da Tdl tal como era encarada pelos mais ortodoxos, não deixou de lhe cair em cima. E pelos vistos o papel de vitima da Igreja em que se arvora e que tanto lhe serve para atacar a natureza da Igreja, não o coibiu minimamente... Duvido mesmo que tenha tido a mesma paciência e atenção que teve a Comissão da doutrina para com ele
Jacome

Peter disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Peter disse...

Eu percebo a vossa provocação e os objectivos! Para vossa decepção, nunca fui nem sou marxista ou sequer advogo algum campo políticos seja ele de que cor for! Aquilo que me preenche e é o meu projecto de vida não é a promessa alicerçada sob a mentira humana mas sim o Evangelho genuíno de Nosso Senhor Jesus Cristo! E não preciso de algum livro escrito por mão humana para entender algo que é muito claro e transparente em Jesus e nos homens! Há muito que estou certo e seguro, quem atentou e O perseguiu não foram as gentes do povo que procuravam libertar-se do jugo da escravidão e da opressão de outros, esses que estavam contra Jesus e a sua mensagem eram os poderosos e os do templo, porque perceberam naqueles dias como ainda hoje, que a sua mensagem mais genuína desconstrói todos os impérios e fortalezas humanas assentes sob as doutrinas e poderes que nada mais buscam do que construir impérios e castelos ideológicos para reinarem e dominarem sob o mais frágil (por isso tanta agressividade contra aqueles que aqui vos trazem essa semente da desconstrução baseada apenas na sua Palavra que sabem ser demolidora e impossível de desconstruir…! Nos ainda “não-libertos “por Ela, os medos ainda são mais terríveis…nota-se a agitação…! Infelizmente, existirá sempre quem tenha as moedas na mão para pagar as traições encomendadas a outros nos gritos que não param no “crucifica-o, crucifica-o” (agora já não só dirigido a Ele mas também a outros que O amam e são amados por Ele) saído do coração daqueles que se deixam domesticar na alma! Infelizmente nas nossas humanidades, haverá sempre mais um lugar à mesa onde se servem as eternas lentilhas, e esses lugares e mesas também passam por estes espaços! Sobre os marxismos, as politicas, os poderes alianças e afins, era bom meditarmos todos e muito no que andamos aqui a fazer…. para quem manda celebrar Te Deum’s por um Hitler como aconteceu não na idade média mas nos nossos dias, com o cardeal, Michael Faulhaber e por aí adiante ao longo da história, já está tudo explicado-dito há muito tempo… entre um Marx ou o(s) outro lado(s), que venha o diabo e escolha quem aceitou as moedas e caminhar e colocar-se ao lado da mentira e do mal! A mim, o meu caminho centra-se em Cristo… porque de misérias humanas, bem diz o nosso Profeta Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!... Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor…” (Jer 17. 5,7)!
Bom dia meus Irmãos e Irmãs… pois é, essa Irmandade, por mais que vos custe aceitar e ainda que jogueis toda a força dos anátemas, está selada pela Paternidade Divina… por isso, nada a fazer, temos que nos entender e conviver uns com os outros, por mais que se estique a corda das nossas iras! Este canteiro de nome Terra no meio da imensidão do universo, ainda tem espaço para mais um…

Peter disse...

Jacome, se entre Irmãos de sangue acontecem esses conflitos humanos, imagine com aqueles que não são da "família"... aí tem o eterno "Caim e Abel" que se perpétua nos tempos...BARROS.. só isso barros..

Saudações...

Anónimo disse...

Peter, referir que não advoga nenhum campo político,é ingenuidade ou mentira. Se calhar estou a falar com um jovem, não sei.Mas vou só dizer isto,todos "advogam um campo político", mesmo sem o saber. Dou-lhe o meu exemplo, sou um "defensor" das instituições sociais da humanidade; pugno sempre pela liberdade(nunca pela igualdade). Por princípio, sou sempre contra quem faz uma leitura da realidade histórico-política, em tom classicista e o peter conscientemente ou não, fá-lo.O seu discurso, que é legítimo,é de um erro político-eclesiológico atroz.

Anónimo disse...

Peter, você é assumida e radicalmente anarquista, não estou a acusá-lo, até prefiro um anarquista puro a um fanático da ideologia. E um anarquista não surge do nada, normalmente é um sintoma, ou um sinal que é necessário escutar pois significa a existência de qualquer coisa menos perfeita do lado de ‘cá’. Aquilo que lhe posso dizer é que do lado da Igreja enquanto instituição (não sou padre nem consagrado, sou um mero católico daquela zona ‘cinzenta’ do centro e ‘obediente’ ao Papa – a Cristo óbviamente!) e mesmo junto de gente que você considera radicais conservadores que num primeiro impulso são capazes de andar à batatada pelo calor da discussão, mas que no final tiram o casaco para lhe tirar o frio. Nao duvide disso.
Saudações
Jacome

Anónimo disse...

Anónimo (12:04 PM).. então agora as nossas “eclesiologias” que andaram sempre de mão dadas com as politicas e poderes de turno” passam a ser desmembradas do todo e só deixamos ficar nelas aquilo que nos importa! Não é a Igreja que advoga tanto e busca no seu passado muito daquilo que é alicerce da sua autoridade! Ou agora vamos espartilhar a história e só lhe damos os tons que desejamos a esse quadro que está exposto ao olhar de todos! A não ser que o Anónimo negue o seu passado! A legitimidade do nosso presente faz-se e só encontra eco com o nosso passado, seja ele mais cinzento ou não! Se “fazer politica” é tentar que o outro encontre um pedaço de pão na mesmo para os filhos, ou um telhado para se cobrir e proteger das intempéries, aí isso sim, então dou-lhe toda a razão.. na Missão, sempre foi uma das minhas preocupações, antes de anunciar Cristo a alguém, primeiro estavam essas dimensões, porque isto de falar a alguém de Cristo com o estômago vazio, ou de fazer caridades como dar uma sopa e depois ir comer um bom bife em nossas casas na paz dos anjos, é de bradar aos céus! Meu caro, de ingenuidades não tenho mesmo nada! E não sou assim “jovem” no corpo, ele já está muito marcado pelas caminhadas já longas no serviço aos outros, com eles e não me arrependo, gastei o “melhor” dos meus anos… bom, na verdade, quem anda por e com Cristo todos os anos são os “melhores”..!

Saudações!

Peter

Anónimo disse...

Jerome, e o que era Jesus e como foi considerado quando andou por estes lugares...?!... Calma, nem me imagino a fazer comparações... o Jerome agora até em fez rir, (não estou a gozar desculpe...) depois de tanto ambiente pesado, até são refrescantes as suas palavras... “anarquista”... ò Jacome…risos.. desculpe... e por favor não se vá embora tb… todos precisamos uns dos outros para fazer caminho… e as suas intervenções acredite tem-me ajudado bastante…!

Saudações!

Peter

Anónimo disse...

Jacome... e não Jerome... desculpem o erro...

Peter

Anónimo disse...

Parece-me, que o peter vive no Brasil, certo? Trabalhei dois anos no Brasil, no início da década de 80. Viajei,por todo o Brasil, de mota. Pantanal, Amazónia, nordeste,Rio Grande do Sul, Santa Catarina, etc. É um país belo, mas muito complicado. Nunca mais voltei à América do sul, a organização social, é demasiado dada a populismos e despotismos .

Anónimo disse...

Anónimo (1:50 PM)... não percebi essa alusão ao Brasil…! Sei que o meu português está uma miséria, foram muitos anos fora do país, e nem vale a pena falar do atabalhoamento da escrita... que eu use alguns “brasileirismos” … esse malfadado acordo ortográfico e as inúmeras amizades e contactos diários com irmãos desse canto tão lindo com todas as suas multifacetadas cores, certamente que imprimem marcas, mas sou e estou em Portugal! Mas esclarecendo melhor, a minha Pátria é o coração daqueles(as) que comigo habitam os caminhos desse Emmaús que nos aproximará do Pai, ele é bem amplo e não se paga alguma espécie de “imposto” espiritual podermos para transitar por ele… ha.. tenho família lá sim..

Saudações...

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...