domingo, 23 de dezembro de 2012

"O padre que foi de Leiria para Roma salvar judeus"


No "Público" de hoje, a história de um padre leiriense que, no Colégio Pontifício Português, em Roma, deu refúgio a alguns judeus. "Um novo Aristides de Sousa Mendes?" Trata-se do último trabalho do jornalista António Marujo neste jornal (é estranho que a imprensa de debata com dificuldades e prefira despedir os melhores). Alguns dos trabalhos deste jornalista, podem ser lidos aqui (75 referências!).

Deixo-lhe nestas linhas o meu reconhecimento. Graças a ele, pudemos ler as melhores reportagens e entrevistas de cariz religioso publicadas em português.

Quanto à reportagem, talvez no início do ano novo a copie para aqui.

2 comentários:

HD disse...

Despedem-se ou arquivam-se em prateleiras os melhores jornalistas,pois incomodam a industria de media ...é mais rentável ter "mercenarios" ou "jornaleiros" focados na "boataria" ou na "faca e alguidar" , que vende bem e faz milhões....
Espero que o António Marujo continue a escrever!
HDias

Helena V. disse...

É mais que lamentável o afastamento do A. Marujo do Público! É um reflexo de um estado de coisas muito preocupante para todos nós, cidadãos.
Quer-se remeter a temática religiosa para um gueto, para a chamada 'imprensa religiosa', já que é - assim se vai nesciamente entendendo - assunto da esfera do individual... Aliás, a reflexão teológica está longe de ser reconhecida como pensamento relevante sobre o nosso tempo e a nossa condição. Mas para quê? Na sociedade espectáculo em que vivemos, que interessam as grandes questões da história da humanidade e da condição humana?
Os jornais têm afastado do seu horizonte de interesse todo o assunto de 'especialidade' (por exemplo, o António Guerreiro foi despedido do Expresso! Imagine-se!). Previligia-se, antes, o jornalista que 'sabe de tudo', que escreve para o 'leitor médio'. O 'cálculo editorial' é este: dirigir-se ao 'leitor médio', cujo modelo é o próprio 'jornalista médio', que tem como despresível e ameaçador tudo aquilo que é cultura que o ultrapassa e relativamente à qual é ignorante. Faz-me lembrar a atitude filisteísta sobre a qual tão bem reflecte a Hannah Arendt... Trata-se de um triste empobrecimento cultural colectivo!
Quanto ao A. Marujo em particular, vou ter muita pena de o voltar a ler 'arrumadinho' num qualquer nicho de imprensa católica...

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