sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Aceitação

A serenidade é a aceitação de si próprio e do que é. A vida espiritual oferece esse esplendor.

Abbé Pierre

3 comentários:

Peter disse...

O problema não é manter essa serenidade … o “problema” é não perder o seu conteúdo que guardamos nessa “essência de vidro” como alguém escreveu, sobre a existência do Ser tão frágil que somos todos…!

É um equilíbrio terrível, sobretudo quando percorremos o caminho da existência, suspensos nessas pontes que percorremos sob abismos de incertezas e perigos que encontramos quando a criação nos depositou neste pedaço de terra…!

E como se isso não bastasse, lá está ela, essa outra “espada de Dâmocles” sustendo a nossa respiração:

“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.” Mt 10,34-38

Amigo Jorge, mais do que “esplendor”… creio que ainda caminhamos numa densa noite onde tacteamos inquietos carregando as nossas interrogações de seres que foram feitos à imagem e semelhança de Deus, mas que continuam sendo vasos feitos dessa “essência de vidro”…!

Anónimo disse...

É verdade: "a vida espiritual oferece esse esplendor". E não é preciso ser ORDENADO para lá chegar. Basta ter uma vida espiritual.

Jorge Pires Ferreira disse...

Concordo consigo, anónimo das 8:56. Vida espiritual não equivale a vida ministerial ou consagrada.

Peter, a vida espiritual ajuda-nos a aceitar o que somos. Julgo que é esse o sentido da frase. Não que devamos ficar contentes com tudo o que somos. Mas só podemos crescer espiritualmente a partir do somos. Passamos da adolescência espiritual para a adultez quando perdemos as peneiras, quando deixamos de ser vítimas ou vedetas. Não devemos tomar como consolo a aceitação de nós próprios, mas pouco conseguiremos ser sem esse são realismo.

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