terça-feira, 20 de novembro de 2012

Átrio com poucos gentios

A sessão portuguesa do Átrio dos Gentios chegou aos gentios? Procurei na grande imprensa, "Público", CM, DN, JN, Expresso, Visão, Sábado e... nada. Posso não ter visto tudo, é certo.

A julgar pelo impacto na imprensa escrita não confessional, o Átrio não existiu. Quanto a rádio e tv, só ouço música, não sei.

Para saber algo do Átrio, podemos ler na Ecclesia e no SNPC, ou no "Diário do Minho", mas parece-me muito pouco para o objectivo de sair do templo e falar com gentios.



No "Diário do Minho" de 17 de novembro.

8 comentários:

Anónimo disse...

Jorge,

como já disse aqui, não estive presente, mas o meu filho esteve lá em diversas actividades. O panorama descrito por ele, mesmo quando com uma costela de criticismo herdada do pai, é de uma miséria enorme.

Num texto saído no jornal "Ecclesia" ainda antes do "Átrio", a responsável pela organização já ameaçou contar um dia as peripécias da mesma. Será franca e dizer que ela é a maior responsável pela mediocridade do mesmo? Não sei. Imagino-a, muito mais e pelos contactos que tive com a mesma em algumas conferências dadas pela mesma, a atirar areia para tudo e todos excepto para si. Os "gentios" mereciam mais. Muito mais.

Fernando d'Costa

Anónimo disse...

Fernando: eu estive no Átrio e não partilho da sua opinião sobre a qualidade do mesmo. Mas as palavras da Doutora Isabel varanda só desapontam quem a não conhece. Ela é assim: não dá para mais: uma vez enfermeira, para sempre enfermeira.

Jorge Pires Ferreira disse...

Não sei como foram as outras sessões do Átrio senão por ter lido. E também não estive nesta. Pareceu-me, no entanto, que foi um átrio muito virado para o interior da Igreja, pelos seus participantes, quer intervenientes, quer espetadores.

Nas fotos, vemos sempre uma série se solidéus e monsenhores. Mais um claustro.

Não sei se poderia ser diferente. O Cardeal Ravasi manifestou grande contentamento com a sessão.

Do que li, a "Missa brevis", de João Gil e outros ex-Trovante, foi o momento alto. Gente não conotada com a Igreja mostrando a sua arte. Uma procura de beleza e sentido. Sentimo-nos aproximados.

O "Aleluia" que há tempos pus no blogue é de facto muito bonito.

http://tribodejacob.blogspot.pt/2012/10/aleluia-dos-ex-trovante.html

Mas nesta sessão a Igreja ouviu verdadeiramente gentios?

Já se disse que noutras edições do Átrio os gentios que lá estiveram eram patos-mancos e não verdadeiros ateus. Não sei se os de fé ateia querem de facto participar numa coisa destas, mas esperava que do Átrio saísse mais crítica, mais provocação à Igreja e aos católicos, mais - passe a palavra usada e abusada - desafios.

Anónimo disse...

Jorge,

estou perplexo. O Papa diz no seu livro novo que os "Evangelhos de Infância" não são midrashs, mas relatos de eventos absolutamente históricos. E pronto, está dito. Os fundamentalistas adorarão esta.

Fernando d'Costa

Jorge Pires Ferreira disse...

Ainda não li nada do novo livro, mas com tanta afirmação da historicidade que tem corrido como antecipação do terceiro volume, temo e tremo que se leve à letra os primeiros capítulos de Lucas e Mateus.

Ontem ouvi Xabier Pikaza dizer que é mais provável que Jesus tenha nascido em Nazaré, na linha do que quase todos os biblistas dizem: que Belém não é para levar à letra.

Vamos ver.

Anónimo disse...

Ouvi o que foi transmitido e gostei muito. O cardeal evidenciou uma lucidez, inteligência e um sentido de oportunidade fora de série. Lobo Antunes poderia deixar de lado tanto narcisismo. Divinizou-se e informou a plateia que o dialeto que se usava em casa era o inglês. Falava com o neto em inglês... muito in. O Pe Tolentino Mendonça teve uma intervenção muito adequada como sempre.

Anónimo disse...

O p. Tolentino continua a promover-se para ser o secretário-geral da Associação Portuguesa de padres que falam abaixo de 2 decibéis pois assim parecem mais sensíveis e próximos. Estava em Roma quando ele lá estava a fazer o Doutoramento e era o p. do "jet set": sempre indisposto para ajudar quem quer que fosse, mas sempre a sugar o tempo e a disponibilidade dos demais. Só está onde está pois os artistas o acolheram como um dos seus por pena de ser padre.

João Silveira disse...

Valeu, mais que não seja, por isto: http://senzapagare.blogspot.it/2012/11/palavras-do-papa-bento-xvi-ao-atrio-dos_21.html

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No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...