terça-feira, 10 de abril de 2012

Os meios ricos da Igreja e os pobres, segundo Maritain



Jacques Maritain (na foto) dizia que a Igreja tem, para os fins espirituais, meios ricos e meios pobres ou humildes. Os ricos não se resumem ao dinheiro, mas, em grande medida, não existem sem ele: as organizações, as reuniões, a arquitetura, a comunicação social, a decoração das Igrejas. Os meios pobres são os que estão marcados pela cruz e não contêm em si a menor necessidade de um triunfo temporal. Li em "Meditações sobre a Fé", de Tadeusz Dajczer, que acrescenta, já sem remeter para Maritain, julgo eu, que os meios pobres são "os joelhos doridos durante a oração, a anulação da vontade própria, a vida em recolhimento, no silêncio e na contemplação", coisas que não cabem nas estatísticas, mas valem muito mais do que os grandes ajuntamentos dos meios ricos. Não vivemos sem os dois. Mas os meios ricos serão ocos se não tiverem por detrás os meios pobres.

3 comentários:

Maria de Fátima disse...

Esta é forte !
E, nos tempos que correm, acertou ma "mouche".

João Silveira disse...

Faz sentido

Anónimo disse...

Os meios ricos são "ocos", ridículos, sem sentido e desnecessários. Passamos muito bem sem eles.

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