O arcebispo de Valência foi a Jerusalém entregar uma cópia
do Santo Cálice da Última Ceia do Senhor (na imagem). Li aqui.
É sempre muito engraçado este folclore à volta de objetos lendários
que de certeza não são nada do que anunciam ser. A seriedade, a celebração, a comitiva, o orgulho, o
vidro de proteção… E ninguém se ri pelo meio?
Se Indiana Jones e Dan Brown soubessem que o Graal estava em
Valência, como ficava empobrecida a nossa cultura pop...
Ainda que estes objetos falsos possam ser um meio de
promoção de fins cristãos, como o apreço pela Eucaristia, os fins não justificam os meios. Prefiro pensar que em
matéria de relíquias, todos podemos ter uma que pertenceu a Jesus: a pedra que
ele não teve para reclinar a cabeça (na realidade, já houve um medieval a
gloriar-se de a possuir).
4 comentários:
Pois é. O humor ao redor destas relíquias é lendário. Apenas um exemplo que conheci, se bem me lembro, no "O Nome da Rosa" de Eco: a Catedral de Colónia tem o crânio de João Baptista quando este tinha 12 anos de idade. Mas há mais: a metade da coluna onde Jesus foi flagelado, e que está em Roma, tem metade do diâmetro da outra metade que está, se bem me lembro, em Jerusalém.
Fernando d'Costa
À igreja católica o que não faltam é mentiras ridículas... INFELIZMENTE!
Mas como é que este arcebispo tem tempo para estas coisas? Porquê perder tempo com crendices ridículas?
Fernando Martins
O mais ridículo e triste, é que há muito boa gente que vai nessa conversa. Gente que se vê nas igrejas a benzer-se com o pó das imagens expostas, gente que enche garrafas com água benta para levar para casa... Enfim, muitos ainda estão na Idade Média.
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