Cardeal Faulhaber
A leitura de “Meu irmão, o Papa”, de Georg Ratzinger e Michael
Hesemann proporcionou-me uns dias muito agradáveis. Hei de apontar aqui os
pontos que mais apreciei neste livro (e um ligeiro desgosto).
Georg, nos seus 84 anos, fala com grande bonomia e espantosa
memória. A idade, que será certamente causa de uma qualidade, pelos vistos não
afetou a outra.
Nota-se em todas as páginas que tem um grande amor pelo irmão.
Parece, até, que é um amor, uma dependência, maior que o do irmão por ele.
Uma ou outra vez há humor no livro. Boa disposição há muita
mais. Um caso de humor:
Um dia, o cardeal Faulhaber (o cardeal que crismou e ordenou
os Ratzinger; anti-Hitler, foi o principal redator da encíclica “Mit brennender
Sorge”, em que Pio XI condenou o nazismo, e várias vezes defendeu os judeus,
sendo apelidado de “juden-kardinal”) foi visitar o seminário onde estudavam os
irmãos Ratzinger. Conta Georg: “Uma vez, o porteiro, que também servia as refeições,
entornou-lhe molho na batina. Quando o cardeal o fixou repreensivamente, o
porteiro, Sr. Bartl, titubeou: “Eminência, não faz mal, temos mais molho na
cozinha” (pág. 154).
Sem comentários:
Enviar um comentário