Há uma incredulidade que acompanha toda a fé. Uma vez chamei a isso «o golpe de Estado do pagão que levo dentro de mim»: esse momento em que «alguém» se te impõe, dizendo dentro de ti: comporto-me assim porque me dá na real gana e estou-me nas tintas para todas as considerações crentes ou morais contra. Sem apelo possível, nem de considerações racionais nem religiosas. É aquela de «creio em Deus, mas só até aqui, não mais».
González Faus
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