Fidel Castro nas Nações Unidas, em 1962
Se fosse depois do II Concílio do Vaticano, duvido que Fidel
Castro tivesse sido excomungado. Mas o concílio só começaria uns meses mais
tarde. Aliás, nesta altura, ainda havia a ideia de que um concílio novo não era
necessário porque não havia heresias novas a condenar nem dogmas a declarar.
Fidel Castro foi excomungado no dia 3 de Janeiro de 1962,
por João XXIII, no seguimento de um decreto de Pio XII, de 1949, que determinava
a excomunhão dos católicos que se declarassem marxistas-leninistas.
Ora Fidel, batizado
na fé católica, antigo aluno de jesuítas, além de se proclamar comunista e de determinar
que o Estado cubano é ateu (desde 1992 é “laico”), expulsou 131 padres e fechou
escolas católicas.
Entretanto as coisas mudaram, tanto em Roma como em Havana,
e em 1998, a quando da visita de João Paulo II, Fidel Castro assistiu com o seu
governo a uma missa, a primeira desde a infância – dizem (li aqui).
A excomunhão não foi levantada, mas isso não deverá tem
qualquer influência na visita de Bento XVI a Cuba no final do próximo mês de
Março.
Nota: A partir de hoje vou seguir o Novo Acordo Ortográfico para a língua portuguesa.
Nota de 2 de abril de 2012: Afinal, Fidel Castro não está excomungado. Ver aqui.
Nota de 2 de abril de 2012: Afinal, Fidel Castro não está excomungado. Ver aqui.
7 comentários:
Pois... e Fidel ficou preocupadíssimo com isso, claro! Lol!
Vai seguir o Desacordo Ortográfico ?
Afinal é um blogue "politicamente correcto"... Sempre pensei que um blogue católico não apoiaria o crime,
neste caso um crime linguístico, crime contra o património cultural do povo português. Mas enfim, como no antigamente, o chefe manda e há que obedecer. Sempre, sempre ao lado do chefe!... Assim foi, assim será na catolicíssima e obedientíssima e reverendíssima Europa católica !
Não sei se chegará a ser "crime", mas segundo sou informada ainda não está em vigor ( falta a ratificação de dois países .
E eu também sou contra e escrevo de acordo com a anterior ortografia.
Em relação ao acordo, que tem algumas regras absurdas e estúpidas, é para mim óbvio que se trata de uma cedência da minha parte passar a segui-lo. Mas trata-se apenas da adesão a uma convenção e não de uma questão de consciência. Era o que faltava.
Quem foi que disse que "Deus está no pormenor" ? Parafraseando, Deus está na ortografia... Não se trata de simples "adesão" a uma mera "convenção"... As leis raciais na Alemanha hitleriana e na Itália fascista (passe a enormidade da comparação), quando começaram e enquanto vigoraram, também foram percepcionadas por milhões de alemães e de italianos como "convenções"... É sempre esse o caminho : trata-se de "simples adesões" a "meras convenções"... É a estrada real do conformismo...
Caro anónimo das 19h43, que Deus esteja nos pormenores, seja a frase de Flaubert ou de Mies van der Rohe, não há dúvida. Acredito que Deus está em todo o lado.
Que a comparação com o nazismo é exagerada, sem dúvida que é. Num aspecto concordo com Rui Tavares: quem numa discussão primeiro invoca o nazismo para atacar o outro perde. Porque leva as coisas para o campo do incomparável. Mas adiante.
Quanto ao acordo,continuo a dizer que é só uma convenção. Podemos achar que é estúpida (e tenho algumas razões para concordar, porque, por exemplo, julgo que pára, de parar, deve levar acento; julgo que a diferença com o Brasil não fica resolvida, ou que a aproximação da escrita à oralidade comporta falácias...), mas não me parece que seja maliciosa ou faça de quem a segue pessoas de pouca integridade.
Por outras palavras, critique-me pela minha pouca inteligência na adesão ao acordo - tenho razões substantivas e poderei apresentá-las -, mas não pela minha integridade moral.
Conformismo? Em relação a esta questão menor, porquê criar mártires? Vamos ver como vai ser daqui a dois ou três anos. Veremos se o sr. mudou ou se terei de ser eu a regressar à norma antiga.
Tenho o maior respeito pela sua integridade moral, caro Jorge, se me permite tratá-lo assim.
O Acordo Ortográfico de 1990. para quem fala e escreve em português, não é uma questão menor.
Sou contra. Contra o "Acordo", marchar, marchar...
Não tenciono mudar : nem daqui a três, nem daqui a trinta anos, se Deus me der vida e saúde para lá chegar...
Enviar um comentário