sábado, 10 de dezembro de 2011

Não factos, mas convicções



Da entrevista de António Marujo a José Antonio Pagola (autor de “Jesus, uma abordagem histórica", ed. Gráfica de Coimbra 2)

Um dos temas divergentes entre exegetas é o das narrativas de infância. Em que ficamos? São narrativas simbólicas ou devemos lê-las como relatos verdadeiros?
Um estudo crítico e rigoroso dos chamados «evangelhos de infância» mostra que, mais do que relatos de carácter biográfico, são composições cristãs elaboradas à luz da fé em Cristo ressuscitado. Aproximam-se muito de um género literário chamado «midrash hagádico», que descreve o nascimento e a infância de Jesus à luz de factos, personagens ou textos do Antigo testamento.
Não foram redigidos para informar sobre os factos ocorridos (provavelmente sabia-se pouco), mas para proclamar a boa notícia de que Jesus é o Messias esperado em Israel e o filho de Deus nascido para salvar a humanidade. Esta é a posição dos melhores especialistas.

António Marujo, “Deus vem a Público. Entrevistas sobre a transcendência. I volume” (ed. Pedra Angular), pág. 41

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