quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Calos por amor



No livrinho “Saber esperar” (ed. Paulinas), frei Maria Rafael (Maria Rafael Arnáiz Barón 1911-1938), místico espanhol canonizado no dia 11 de Outubro de 2009, cita na pág. 187: “É uma grande consolação ter calos por amor de Deus”. Cita, mas não diz quem cita. Teresa de Ávila?

Nesta frase estão as duas actividades que segundo Freud dão sentido à vida. O amor e o trabalho. Por isso é que é trágico que 12 por cento da população portuguesa se veja privada de um dos âmbitos santificadores, isto é, dadores se sentido, da vida.

O que Maria Rafael pensava de governar impérios.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Céu é um momento de Paz depois de um dia de trabalho honesto em que numa oração agradeço a saude para poder fazer o que me realiza. O Inferno é o contrário de cada uma das partes do que escrevi: ...É falta de Paz interior, na familia, com os vizinhos, no trabalho; ...É a falta de trabalho, o desemprego, a insegurança, a falta de oportunidades para me realizar; ...É a desonestidade, o crime, o roubo, a morte; ...É a falta de oração, relação com Deus, um momento de silêncio, não ser livre de praticar a minha religião; ...É o sofrimento de doença, a dor da morte de quem se ama, a impotência de não poder curar; ...É não poder ser criador da obra de arte que sou eu, limitado pelos outros, limitado pelo "economia", limitado pelas ideologias redutoras de quem sou, pelas religiões minimizantes de quem posso ser.

Jorge Pires Ferreira disse...

Obrigado pelo seu comentário. Concordo com esse céu quotidiano, um pão-nosso dado em cada dia.

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