João XXI, o único Papa português desde que existe Portugal (o outro, Dâmaso, vimaranense, é anterior à nacionalidade), morreu no dia 20 de Maio de 1277, quando visitava as obras no seu palácio de Viterbo.
Foi eleito no dia 20 de Setembro de 1276, pelo que só esteve oito meses à frente da cristandade. Há quem diga que foi um mau papa, outros que foi politicamente hábil, num tempo em que o papado lidava directamente com os líderes das nações.
Mais do que como papa, é conhecido como intelectual por causa das várias centenas de manuscritos e obras publicadas, a maior parte por estudar. Dante colocou-o no Paraíso, como teólogo e sábio, autor das “Summulae Logicales”: "Pedro Hispano, a reluzir nos doze belos livros".
Em 2000, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (Pedro Hispano, como assinava, ou Pedro Julião, era lisboeta, talvez da freguesia de S. Julião) deu-lhe um sepulcro “digno de um papa” na Catedral de Viterbo, onde estava humildemente sepultado.
Pedro Hispano é uma das personagens do recente romance “O Papa, o Bispo e o Filósofo. Conspiração e morte na Sorbonne”, de Alexandre Dorozynski (Paulus). Ver aqui.
Neste dia, mas em 325, começou o Concílio de Niceia. Ver aqui.
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