quarta-feira, 20 de abril de 2011

Habemus Papam. Uns gostam, outros não. Como sempre

O jornal dos bispos italianos, "L'Avvenire", não gosta do filme de Moretti, que estreou na sexta-feira passada. “Habemus Papam? Sim, já temos” – é o título do texto. O vaticanista Salvatore Izzo diz que o melhor é boicotar o filme:
Boicotemos na bilheteria. Por que temos que financiar a quem ofende a nossa religião? O fato de que devemos conhecer antes de julgar não vem ao caso: não preciso me jogar do sexto andar para entender que poderia me matar.
Nanni Moretti respondeu:
"Habemus Papam" não trata de bispos, mas da dificuldade de estar à altura das expectativas.
Um outro vaticanista (em Itália, os jornais estão povoados de especialistas em Vaticano), Marco Politi, do "Il Fatto Quotidiano", diz que é “um filme genial”. “É uma pesquisa sobre o sentido do poder, da solidão, sobre a necessidade de afeição”, afirma. E sugere que Bento XVI veja o filme:
Moretti  faz-se intérprete de uma busca da sociedade que pede uma Igreja capaz de amor e de compreensão e que esteja em contacto com todos. Por causa disso, então, acho que o secretário do papa deveria levar para ele o videocassete e fazê-lo ver, porque é estimulante.
Li aqui contra o filme.
Li aqui a favor do filme.
Marco Politi gosta

1 comentário:

Anónimo disse...

A Igreja precisa deste tipo de filmes. Assim fala-se dela e faz-nos refletir.

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