sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Paróquias alternativas lideradas por leigos na Holanda e na Bélgica

Na Bélgica e na Holanda, algo está a mudar na Igreja Católica.

“Dom Bosco é uma das cerca de dez igrejas católicas alternativas que surgiram e cresceram nos últimos dois anos nas regiões de língua holandesa da Bélgica e da Holanda. Elas são uma reacção inquietante a uma combinação de forças: escassez de padres, fecho de igrejas, insatisfação com as nomeações do Vaticano de bispos conservadores e, mais recentemente, a consternação diante do encobrimento de abusos sexuais cometidos por padres.

As igrejas são chamadas «ecclesias», palavra derivada do verbo grego para "convocação". Cinco delas começaram no ano passado na Holanda por católicos que se afastaram de suas paróquias existentes, e outras estão a ser planeadas”.

A reportagem veio no “New York Times” do dia 16 de Novembro. Faz pensar em movimentos laicais como o da "devotio moderna", que surgiu precisamente nesta região. Será que vai aparecer algum Pedro Valdo (francês, séc. XII)? Como não poderia deixar de ser, a notícia está a ser muito comentada em blogues católicos tradicionalistas. Com uma indignação e termos que nada dignificam quem os usa.

3 comentários:

O Ancião disse...

Confesso ter ganas de fazer o mesmo, e organizar novas paróquias. proém para combater o relaxamento da doutrina e a esculhambação total da Igreja no Brasil, liderado por um clero mau-formado e acomodado. A descatolicização do Brasil está aceleradíssima.

Jorge Pires Ferreira disse...

Caro Ancião. Parece que todos vamos sentindo que é necessário fazer algo, pelas mais diferentes razões. Mas quando se trata de saber «o quê», começam as divisões. Por mim, o que devemos fazer é sempre o mesmo: seguir Jesus Cristo. Mas mesmo sobre isto haverá diferentes interpretações.

O Ancião disse...

Como poucos passaram pela estrada de Damasco, o caminho mais seguro é o caminho da fé pela obediência aos apóstolos, ie, ao ensinamento da Igreja. É a Igreja a testemunha e fiadora deste ensinamento de Jesus Cristo, é seu corpo e sua esposa.

Poucos passaram pela estrada de Damasco para terem esta experiência do Cristo - digamos - "extra-ecclesial". Quanto a nós, só nos resta aderir firmemente ao testemunho dos que nos precederam. "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim" - Nós somos eles.

E em certo sentido, é o que Bento XVI prega. Retornar as raízes católicas. Sempre que relaxarmos na doutrina, cairemos. E essencialmente eu vejo um profundo relaxamento hoje em dia, dos quais estamos colhendo os frutos amargos de descristianização

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